28 de abril
Luís Maria Grignion nasceu em Montfort, França, em 1673. Descendente de uma família cristã bem situada, recebeu uma excelente instrução e educação. Ainda menino, decidiu seguir o caminho da fé e vestiu o hábito de sacerdote em 1700.
Seu maior desejo era ser um missionário
no Canadá, mas acabou sendo enviado a Poitiers, ali mesmo na França.
Logo ficou famoso devido à sua preparação doutrinal e o discurso fácil e
atraente. Todos queriam ouvir suas palavras, mas sua caridade era
outra: cuidar de pacientes com doenças repugnantes.
A idéia de ser missionário não o
abandonava. Mesmo contrariando seu superior, foi pedir permissão
diretamente ao papa. Para tanto, fez uma viagem a pé, ida e volta, de
Poitiers a Roma. Entretanto, o papa Clemente XI disse-lhe que havia
urgência, naquele momento, em pregar aos franceses, que viviam sob o
conflito entre Roma e a doutrina jansenista, uma nova heresia.
Luís Maria obedeceu e passou a pregar
nas cidades e no meio rural e, quando necessário, confrontava os
doutores jansenistas com discurso igualmente douto, munido de sua
autoridade teológica. Ainda assim, sua linguagem era extremamente
acessível aos mais humildes, adaptado ao seu cotidiano, à sensibilidade
popular, combinada com o exemplo de uma conduta coerente e cristã. Usava
de um discurso fraterno, convidando o povo a adorar e confiar num Jesus
amigo, em vez de temê-lo como um rígido juiz. Outra característica
muito importante de sua pregação era a devoção extremada a Maria
Santíssima.
Embora a Igreja daquele tempo estivesse
questionando certos aspectos do culto mariano, ele pregava a veneração
sem excessos, firme e constante a Maria, a Mãe de Deus. Por meio dela é
que Jesus fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná. Esse argumento,
de fato, sempre esteve muito presente em todos os seus escritos e
exortações, como o tratado da “Verdadeira devoção à Santa Virgem”, e
todos eles relacionados com a prática do Rosário. Seus textos foram
publicados em 1842 e tornaram-se os fundamentos da piedade mariana. Em
meados de 1712, Luís Maria de Montfort elaborou as Regras e fundou uma
nova ordem masculina: a dos Missionários da Companhia de Maria.
Esses religiosos, chamados habitualmente
de montfortianos, estenderam, aos poucos, as suas atividades pela
Europa, América e África. Contudo seu fundador acompanhou apenas o seu
início, porque morreu no dia 28 de abril de 1716, poucos anos depois de
sua aprovação. Em 1947, o papa Pio XII proclamou-o santo.
São Luís Maria de Montfort, rogai por nós!
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