MSM
19 Abril 2012
"Por
acaso, Sr. Carlos, você já acordou de madrugada com uma planta chorando
de cólica? Você já pegou uma planta no colo e ela abraçou seu pescoço
bem apertado até você sentir sua respiração bem próxima ao seu peito?
Comentário de Klauber Cristofen Pires: Segue a resposta publicada por Joana Schmitz, a mãe da doce menina Vitória de Cristo, sobre levianas acusações de farsa publicadas pelo site G1.
Pois eu digo uma coisa aos sonsos e velhacos: do lado de cá não usamos
da farsa! Farsantes são vocês, os defensores do aborto, que não param um
minuto de tentar passar suas ideias espúrias por meio de números
forjados e argumentos dissimulados!
E
ao sabichão que anda rondando meu blog: aproveite para visitar o blog
da Joana, que graças a Deus está com mais de 2 mil seguidores, para
conhecer também outras crianças diagnosticadas com acrania e anencefalia
que estão vivas e serelepes!
Site G1 publica matéria tendenciosa, cheia de erros sobre Vitória e incita o preconceito
Você sabe qual é a diferença entre Deus e os médicos?
Deus sabe que não é médico.
(piada recolhida da nossa sábia cultura popular)
Gostaria de alertar nossos leitores que o site G1 publicou uma notícia sobre a Vitória com várias informações equivocadas e em meu entendimento extremamente tendenciosa e preconceituosa.
Deus sabe que não é médico.
(piada recolhida da nossa sábia cultura popular)
Gostaria de alertar nossos leitores que o site G1 publicou uma notícia sobre a Vitória com várias informações equivocadas e em meu entendimento extremamente tendenciosa e preconceituosa.
Primeiramente, tenho sempre deixado claro que o diagnóstico pré-natal da Vitória foi de acrania, com prognóstico de anencefalia. Ela recebeu a confirmação do diagnóstico de anencefalia ao nascer,
e não durante a gestação. Outra informação errada no texto é que ela
nasceu com couro cabeludo, o que não ocorreu. Ela nasceu sem calota
craniana e sem couro cabeludo e necessitava de um curativo oclusivo da
região cefálica. Ela hoje tem couro cabeludo devido a uma cirurgia
reparadora feita aos 4 meses de vida extra-uterina (tudo isso está
informado aqui no blog, era só terem checado antes de publicar a
matéria).
Outro
fato grotesco da reportagem é criar uma nova modalidade, a de consulta
médica por meio de um jornal - especialistas convidados a dar um
diagnóstico para a Vitória sem nunca tê-la examinado ou sequer visto
exames seus (se a novidade der certo, eles poderiam criar uma coluna
especial para dar diagnósticos pré-natais de anencefalia pela internet
também).
Estes
"especialistas" afirmam que a Vitória é uma sobrevida vegetativa e tal
informação, tão séria para ser dada publicamente por meio de um jornal
da internet por "especialistas" que nunca a examinaram, tem gerado
inúmeros comentários ofensivos e preconceituosos, vejam bem, contra uma
criança de dois anos, e o site tem permitido tais comentários
livremente.
Lembro
a todos que tudo que o site diz que a Vitória faz "segundo a mãe"
(dando a entender que essa mãe é uma ignorante que está imaginando ou
inventando que sua filha "vegetativa" reage a estímulos e tem vontades)
pode ser comprovado aqui por este blog, por vídeos e por inúmeras testemunhas que a conhecem: sorrir, sentir dor, chorar, tentar engatinhar, etc.
Alucinação coletiva? Photoshop?
Mas
o ápice da matéria é o momento em que o Sr. Thomas Gollop, especialista
em médica genética da Universidade de São Paulo (USP), de quem Vitória
nunca foi, não é e, graças a Deus, nunca será paciente, dá uma consulta
gratuita por meio do site (ou será que o site pagou pela consulta?)
para fechar o diagnóstico da minha filha. Lembrando ainda que nunca
autorizei esse médico a dar informações públicas sobre o estado clínico
de minha filha, a quem ele nunca examinou.
"É
uma variante da anencefalia que também é morte cerebral e, portanto, é
um caso em que o prognóstico está fechado, não há tratamento e há morte
certa e em caso maior ou menor todos eles caminham para óbito, todos
eles são definidos pelo Conselho Federal de Medicina como morte
cerebral. [...] Entra no âmbito das mal formações incompatíveis com a
vida. O caso dela ainda assim é incompatível com a vida, a morte dela é
certa do mesmo jeito, é uma sobrevida vegetativa e há um diagnóstico
médico seguro de morte", afirmou Gollop.
Interessante,
será que o Sr. Gollop, além do que me parece aqui estar tentando se
colocar no lugar de Deus e definir que a morte de minha filha é certa,
também se considera agora imortal? Acaso ele nunca vai morrer? Acaso a
morte de todos nós, reles seres humanos, não é também certa? Ou será que
o jornalista se enrolou junto com ele e o que saiu foi esse parágrafo
truncado e sem nexo?
Além
de a medicina ter errado no caso da Vitória, dizendo que ela era
incompatível com a vida extra-uterina, o Sr. Gollop parece insistir
insanamente neste erro para não se contradizer, e afirma ainda que a
Vitória tem morte cerebral! Para ele minha filha está morta, é isso
mesmo? Desde janeiro de 2010 estou aqui escrevendo a história de vida de
uma criança com morte cerebral - que estando nesta condição de
"sobrevida vegetativa" já viveu tantas aventuras, desafios, já obteve
vitórias inacreditáveis, já viajou de avião do sul ao centro-oeste, já
fez tanta gente sorrir e chorar de emoção e mudou a concepção de
incontáveis pessoas sobre a vida e sobre o amor, sim, para ele, isso é
tudo é coisa da nossa cabeça?
Não sei se o mais grave neste caso é a falta de seriedade jornalística ou médica.
Vejam
na reportagem do site UOL como o Sr. Gollop mudou o tom do seu discurso
e rapidamente acharam uma nova palavra para descrever casos raros como a
da Vitória.
Só
para encerrar essa triste postagem no meio de tanta luz e beleza deste
blog - me desculpem, às vezes lamentavelmente isso é necessário - um
leitor do site que se apresenta como Carlos faz o seguinte
comentário: "uma planta deve ter mais sentimento do que ela,
infelizmente". Por acaso, Sr. Carlos, você já acordou de madrugada com
uma planta chorando de cólica? Você já pegou uma planta no colo e ela
abraçou seu pescoço bem apertado até você sentir sua respiração bem
próxima ao seu peito? Você já fez carinho em uma planta e ela sorriu e
suspirou? Você já teve dificuldade em limpar as orelhas de uma planta
porque ela tentava fugir de você e empurrava sua mão? Viva à evolução da
botânica.
Essa
é a nossa ignorante cultura da internet, cada um escrevendo o que quer,
sem informação, sem base, sem escrúpulos e sem respeito. Esse é o
preconceito velado aflorando com toda a força em nossa sociedade, do
desprezo pelos fracos, pelos deficientes, do ser humano descartável.
Entramos
em contato com o site G1 hoje pedindo correções da matéria e exclusão
dos comentários ofensivos, ameaçando inclusive uma ação judicial, eles
ficaram de nos retornar, o que obviamente não fizeram. Não seriam tão
sérios a esse ponto. Só me resta aqui pedir aos queridos leitores que
conhecem a Vitória que a defendam dessa gente ignorante e
preconceituosa, porque eu aqui estou a lhe amar e lhe proteger de todo
esse mal que há nesse injusto mundo.
Agradeço inclusive minha irmã que a tem defendido fielmente e confrontado toda a monstruosidade desses comentaristas levianos.Por hoje é só.
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