Papa Bento XVI
VATICANO, 07 Mai. 12 (ACI/EWTN Noticias)
Nesta manhã, em suas palavras prévias à oração do Regina Caeli, o Papa Bento XVI
recordou que unidos a Jesus, todos os desafios são possíveis, porque
quem lhe segue e cultiva sua fé, colhe grandes frutos espirituais na
vinha do Senhor.
Ante os milhares de fiéis reunidos, apesar da chuva na Praça de São Pedro, Bento XVI explicou que “É indispensável permanecer sempre unidos a Jesus, depender Dele, porque sem Ele não podemos fazer nada”.
Neste
sentido, o Santo Padre recordou uma carta escrita a João o Profeta, que
viveu no deserto de Gaza durante o século V. "Um fiel faz a seguinte
pergunta: Como é possível ter, ao mesmo tempo, a liberdade do homem e o
não poder fazer nada sem Deus? E o monaco respondeu: Se o homem inclina
seu coração para o bem e pede ajuda a Deus, recebe a força necessária
para cumprir a própria obra. Por isso, a liberdade do homem e a potência
de Deus caminham juntas”.
“Isso é possível porque o bem vem do Senhor, mas ele é cumprido graças aos seus fiéis", assinalou o Papa.
"Queridos amigos, cada um de nós é como um ramo, que vive somente se cresce cada dia, na oração, na participação dos Sacramentos e na caridade”.
Ao
explicar o Evangelho de hoje, Bento XVI recordou um dos ensinamentos de
Jesus a seus discípulos, “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor”.
“Muitas vezes, na Bíblia,
Israel é comparada com a fecunda vinha quando é fiel a Deus; mas,
afasta-se Dele, torna-se estéril, incapaz de produzir aquele ‘vinho que
alegra o coração do homem’”, indicou.
Bento XVI sublinhou que
“quem ama Jesus, videira verdadeira, produz frutos de fé para uma
colheita espiritual abundante. Suplicamos a Mãe de Deus para que
permaneçamos firmemente implantados em Jesus e cada ação nossa tenha
Nele o seu início e Nele o seu cumprimento”.
“Senhor Jesus... sem
Ti não podemos fazer nada. Tu, de fato, és o verdadeiro jardineiro,
criador, cultivador e guardião de seu jardim, que planta com Tua
palavra, irriga com Teu espírito, faz crescer com Tua potência”, disse o
Santo Padre, recordando as palavras do Beato cisterciense Guerrico de
Igny.
O Papa assinalou que “A verdadeira vinha de Deus, a videira
verdadeira, é Jesus, que com Seu sacrifício de amor nos doa a salvação,
nos abre o caminho para ser parte desta vinha. E como Cristo permanece
no amor de Deus Pai, assim, os discípulos, cuidadosamente podados pela
palavra do Mestre são unidos de modo profundo a Ele, tornando-se ramos
fecundos, que produzem abundante colheita”.
Bento XVI recordou
que São Francisco de Sales escreveu que “O ramo unido e em conjunto com o
tronco porta fruto não por virtude própria, mas em virtude da estirpe:
agora, fomos unidos pela caridade ao nosso Redentor”.
Através do Batismo, indicou o Papa, “a Igreja
nos envolve como ramos no mistério pascal de Jesus, em sua própria
pessoa. Desta raiz recebemos a seiva preciosa para participar na vida divina”.
“Com
a ajuda dos Pastores da Igreja, crescemos na vinha do Senhor ligado
pelo Seu amor. Se o fruto que devemos produzir é amor, uma condição
prévia é precisamente este 'permanecer', que tem que ver profundamente
com a fé que não se afasta do Senhor”.
Em sua saudação aos
peregrinos de língua espanhola, o Santo Padre ressaltou a formosa imagem
da vinha e os ramos do Evangelho, “com a qual se manifesta como a união
com Cristo é a fonte de vida e nos leva a dar muito fruto”.
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