Como a Renovação mudou a vida de Fulvio Bresciani
Antonio Gaspari
RÍMINI, quarta-feira, 2 de maio de 2012 (ZENIT.org)
- Ele tinha nove anos quando perdeu o pai. A dor o afastou da Igreja.
Ele se tornou dirigente da juventude comunista. Começou a se interessar
pela Renovação Carismática (RC) para entender como eles faziam para
atrair os jovens. Mas o encontro com a oração, com o canto, a amizade
com o Espírito, foram abrindo o seu coração. Com pouco mais de vinte e
quatro anos, ele entrou no seminário. Como leigo, acompanhou dom Dino
Foglio. Como padre, foi secretário do cardeal Tonini. Agora, é o diretor
nacional italiano da Juventude da RC.
O pe. Fulvio Bresciani recebeu ZENIT em Rímini neste 30 de abril,
durante a Convocação Nacional dos Grupos e Comunidades da Renovação
Carismática na Itália.
A perda do pai o afastara de Deus e da Igreja. Fulvio tornou-se um
jovem comunista que "realmente acreditava no comunismo", sublinha ele.
"Eu estava convencido de que o comunismo iria mesmo mudar o mundo".
Trabalhou duro panfletando pelo comunismo. Tornou-se secretário da
Federação Italiana dos Jovens Comunistas, em Brescia. Foi promovido ao
secretariado nacional do partido. Estudava como recrutar os jovens.
Estava preocupado com os movimentos católicos, que roubavam membros dos
comunistas. Tinha que entender como os católicos atraiam os jovens. Foi
designado para estudar e espionar a Renovação Carismática. O professor
de religião, salesiano, o convidava para as reuniões. Fulvio foi. Queria
aprender os seus segredos e acabou conquistado.
Ele foi recebido com carinho. Ninguém lhe perguntou de que lado ele
estava. Falaram de Jesus e da revolução cristã. Testemunharam que
poderiam viver em amizade fraterna, livres de medos e de ideologias.
O que parecia um conjunto de certezas políticas de aço começou a
vacilar. Fulvio ia cada vez menos ao partido e cada vez mais à
Renovação. O partido começou a espioná-lo, mas Fulvio não tinha nada
para esconder: ele ficara fascinado por Cristo.
Fulvio tornou-se motorista, assessor e amigo de dom Dino Foglio, que
estava fundando comunidades da RC por toda a Itália. Durante uma
reunião, ele pediu que Fulvio contasse a sua história e depois lançou um
apelo para a juventude dar a vida a Cristo. Mais de trezentos jovens se
levantaram e começaram a jornada para se tornarem sacerdotes e
religiosos. Destes, 190 atingiram o objetivo. Entre eles, uma menina,
que entrou nas Irmãzinhas de Jesus de Charles de Foucauld e agora é a
superiora geral. A mensagem da RC fascina os jovens. É um carisma que
não nasce de um ser humano, e que prepara o caminho para o Espírito
Santo trabalhar.
O carisma do movimento é baseado em três atrações: a palavra de Deus,
a oração e a alegria. Desde o início, a RC teve confiança na Igreja e
nos bispos e paixão pela palavra prática dos sacramentos, pela oração
constante e alegre, sem impor nada. "A RC foi criada por uma ação do
Espírito Santo, que está na Igreja, e obedece à Igreja", diz Fulvio.
Fulvio fez o serviço militar. Na volta, ia se casar. A data estava
marcada. Mas naquele ano, ele compartilhara com os companheiros soldados
todo o bem que recebera. Falava de Jesus, dava conselhos e procurava
Deus. Muitos que o conheceram se converteram. Formaram família e
batizaram os filhos. Fulvio falou com a namorada e explicou-lhe que Deus
queria algo mais para ele. E, ao voltar do serviço militar, entrou para
o seminário.
De acordo com o padre Fulvio, a tarefa das comunidades da RC não é
criar seminários de acordo com a sua própria espiritualidade. É criar
comunidades que nutram as vocações. O centro da cultura de Pentecostes
da RC se baseia no sacramento da confirmação, porque, afirma o pe.
Fulvio: "Se o Espírito está em nós, podemos ser soldados de Cristo a
serviço da Igreja".
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