Dia Arquidiocesano da família em Braga, Portugal
BRAGA, quarta-feira, 23 de maio de 2012 (ZENIT.org) - No dia 20 de maio, na paróquia das Caxinas, Vila do Conde, realizou se o Dia Arquidiocesano da Família. D. Jorge Ortiga, Arcebispo primaz de Braga, que celebrou a Eucaristia de Encerramento, recordou a importancia da Palavra de Deus para as familias.
D.Jorge iniciou sua homilia lançando uma pergunta: “Onde estavas tu no dia 15 de Maio de 1982?” E recordou as palavras de Joao Paulo II perante meio milhão de pessoas, que o aclamavam no Monte do Sameiro, em Braga : “Dai a todas as famílias de Portugal a graça de saberem ouvir e guardar fielmente a Palavra de Deus!”.Passados 30 anos a Arquidiocese de Braga neste ano pastoral faz o mesmo pedido a todas as famílias: alimentar-se da Palavra de Deus!
Sobre a narrativa evangélica da Ascensão de Jesus ao Céu, após a Ressurreição, D.Jorge lembrou que apesar de pensarmos que significa a saída, abandono ou a ausência de Jesus neste mundo, o Papa Bento XVI instrui-nos dizendo: “a ascensão não é a partida para uma zona distante do universo ou para um planeta longínquo, mas a proximidade permanente.”
Ou seja, Jesus já não Se encontra agora num lugar concreto do mundo, mas em toda a parte, podendo assim ser evocado, amado e vivenciado por todos os homens. Trata-se, por isso, de uma presença divina e não meramente espacial.
Na verdade, a linguagem dos cristãos resume-se a uma palavra:amor. Foi esse o mandato de Jesus antes de subir para o Pai: “ide por todo o mundo e anunciai o amor a toda a criatura!” Uma consequência do anúncio deste amor é a família humana. Sem amor não há família, mas um aglomerado de pessoas a viver num mesmo espaço comum. E sem família, a sociedade perde as suas células, acabando por se auto-destruir, continuou D.Jorge.
Dom Jorge fez referencia a um dever urgente que as famílias nunca poderão esquecer, citado no documento Familiaris Consortio, onde o Papa João Paulo II incumbiu a família cristã de uma exigente tarefa, quando refere:«Onde uma legislação anti-religiosa pretende impedir até a educação na fé, onde uma incredulidade difundida ou um secularismo invasor tornam praticamente impossível um verdadeiro crescimento religioso, aquela que poderia ser chamada "Igreja doméstica" fica como único ambiente, no qual crianças e jovens podem receber uma autêntica catequese»
Partindo deste legado, D. Jorge afirmou que a nova-evangelização, tão desejada pelo Papa Bento XVI , passa precisamente também pela evangelização da família. Sois simultaneamente evangelizados e evangelizadores! Sois um cativeiro de vocações! Sois um areópago que dispõe de vantagens únicas e propícias para a evangelização!
Para terminar o arcebispo citou a Beata Madre Teresa de Calcutá que dizia: “a tuberculose e o cancro não são as piores doenças. Creio que a pior doença é não ser amado.” Daí que ao encerrar mais um Dia Arquidiocesano da Família, não vos apresente soluções, mas apenas vos ofereça de novo aquelas palavras que presidiram ao vosso encontro: Comunhão, Alegria e Palavra.
Se não queremos sentir a pior das doenças, alimentemo-nos da Palavra de Deus, afirmou D.Jorge, “que é um amparo precioso”! Dela surgirá a comunhão familiar! E desta, a alegria de uma família que, no meio das tristezas e alegrias, sente a força redentora do Senhor Jesus, que subiu aos céus para estar mais perto de nós!
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