[promamiga]
Na Idade Média, os homens tinham uma devoção enlevada pela pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para libertar seu túmulo dos pagãos muçulmanos fizeram cruzadas.
A história da festa de Corpus Christi tem origem nessa devoção.
Pelo fim do século XIII, na Abadia de Cornillon, em Lieja, Bélgica,
nasceu um Movimento Eucarístico que deu origem à Exposição e Bênção do
Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos na elevação na Missa e a própria
festa do Corpus Christi.
A abadessa Santa Juliana de Mont Cornillon ardia em desejos de que o Santíssimo Sacramento tivesse uma festa especial.
Ela teve uma visão em que a Igreja aparecia como uma lua cheia com uma mancha negra, sinal da ausência da solenidade.
Santa Juliana comunicou a visão a vários prelados. Entre estes estava o futuro Papa Urbano IV.
O bispo Roberto de Lieja, em 1246, instituiu a celebração na diocese.
O exemplo se estendeu especialmente por toda a atual Alemanha.
Em 1263, o Papa Urbano IV estava em Orvieto, ao norte de Roma. Numa
localidade vizinha, o padre alemão Pedro de Praga celebrava Missa na
Igreja de Santa Cristina em Bolsena.
Ele tinha
sérias dúvidas sobre a realidade da presença de Cristo na Hóstia
consagrada. Assim que ele completou as palavras da Consagração, o Sangue
começou a escorrer da Hóstia Consagrada e correr por suas mãos abaixo,
sobre o altar e sobre o linho (corporal). Vendo isto, ele interrompeu a
Missa e viajou depressa a Orvieto onde o Papa Urbano IV residia.
Ao ouvir a história dele, o Papa o perdoou por ter dúvidas e enviou
os representantes a Bolsena, para investigarem. Paroquianos e outras
testemunhas confirmaram a história do padre; e a Hóstia e os linhos
manchados estavam lá para todos verem.
Este se conserva até hoje na basílica de Orvieto ― construída, aliás,
para guardá-lo ― onde pode ser visto e venerado pelos fiéis.
O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos,
estendeu a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula
“Transiturus” de 8 setembro do mesmo ano de 1264.
Urbano IV encarregou o ofício e a liturgia das horas a São Boaventura e a Santo Tomás de Aquino.
Mas quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por
Santo Tomás, São Boaventura, despretensiosamente foi rasgando o seu em
pedaços.
As procissões de Corpus Christi se fizeram comuns a partir do século XIV.
Quando os protestantes conceberam a estultice de negar a Presencia Real
de Nosso Senhor Jesus Cristo na Hóstia consagrada, o Concílio de Trento
reforçou o costume.
O Concilio de Trento dissipou os ignaros erros contestatários,
determinado que fosse celebrado este excelso e venerável sacramento com
singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja
levado em procissão pelas ruas e lugares públicos.
A contestação reapareceu no século XX, sob rótulo
de progressismo, particularmente desconhecedor da Igreja e odiento de
tudo quanto o Espírito Santo inspirou à Esposa Mística de Cristo, em
especial, durante a Idade Média.
Veja vídeo dos primeiros milagres de Corpus Christi:
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