sábado, 16 de junho de 2012

Londres perto do ''sim'' ao casamento gay. Igreja anglicana se insurge

16/06/2012

IHU - Há um ar de cisma. Passaram-se cinco séculos, mas a história se repete. Adaptando-se em parte às exigências da modernidade. E, desta vez, é a Igreja Anglicana que ameaça a divisão. Não mais com Roma, mas com a sua Londres, não mais com o papa, mas com David Cameron, conservador que, de repente, decidiu não conservar.

A reportagem é de Andrea Malaguti, publicada no jornal La Stampa, 13-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
No centro do confronto, o tema não mudou: o casamento. Para garantir a seu próprio (o segundo) com Ana Bolena, Henrique VIII, em 1534, assinou o Ato de Supremacia – "O Rei é o único chefe da Igreja da Inglaterra" –, fechou e saqueou os mosteiros e pisoteou o título de "Defensor Fidei" que lhe foi reconhecido por Clemente VII pelo seu confronto com Lutero (mas uma coisa, como se sabe, são as batalhas de princípio; outra coisa, são as pessoais).

Para permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o governo Tory se confiou a uma consulta popular que irá encerrar na próxima quinta-feira e será discutida na Câmara dos Comuns na sexta-feira. Vocês são favoráveis aos gay marriages? Um plebiscito: 550 mil súditos de Elizabeth deram o seu assentimento a essa nova revolução. Pequena, inevitável e já na prática para a coletividade, assustadora e inaceitável para a alta hierarquia eclesiástica. "Podemos nos ver forçados a não celebrar mais casamentos em nome do Estado", informou o arcebispo de Canterbury, Boom.

Theresa May, severa ministra do Interior, salientou que a escolha do governo não obrigaria nenhuma Igreja a celebrar matrimônios contra a própria vontade. "Simplesmente restabeleceria um plano de igualdade". As explicações não adiantaram.

O compreensivo reverendo Tim Stevens, bispo de Leicester, se encarregou de expor as posições da Igreja Anglicana. "Em um momento em que os matrimônios estão em crise e estamos tentando manter a tradição, uma escolha desse tipo seria prejudicial", disse. "Com isso, se alteraria a natureza intrínseca do matrimônio como união entre homem e mulher. como sancionada pelas organizações humanas ao longo da história e pelos nossos cânones".

Pode parecer a visão bizarra de quem considera os casamentos gays não um autêntico ato de amor, mas só a tentativa decrépita de dois homens ou de duas mulheres de movimentar a suposta monotonia das suas frequentações. Na verdade, por baixo disso, há um mundo de fé, poder e frágeis equilíbrios.

Hoje, as diferenças entre uma união civil e um matrimônio se reduzem a pouca coisa. Sobre as pensões, herança, bens compartilhados, as obrigações e os direitos são idênticos. Mas os casamentos são sancionados com um sim; as uniões civis, com uma assinatura. Sobretudo os casamentos são celebrados em um local de culto, com tudo o que implica a sacralidade. Se não é mais o sacerdote que é o titular das regras que permitem a união eterna, então o seu papel é inútil.

"É uma leitura equivocada. Não nos preocupamos com isso, mas apenas com o fato de que homem e mulher são diferentes. O governo confunde igualdade com homologação. Mais de uma Corte Europeia poderia nos obrigar a celebrar contra a vontade", afirma Stevens. O governo desmente: "Esse risco não existe".

Mas a questão permanece controversa. Os ativistas dos direitos humanos atacam: "A Igreja diz que essa é a mais grave desordem nas relações com o Estado desde o saque dos mosteiros. A verdade é que eles são mestres do melodrama e da intimidação", diz Ben Summerskill, responsável pelos ativistas de Stonewall, enquanto para o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha "a proposta não ajuda e não é necessária". Mas não está claro "quem" não ajuda e não "a quem" não serve. Ou talvez esteja muito claro.


2 comentários:

Joelma Benicio*´¯`*.¸¸.*´¯ disse...

A paz de Cristo amigo, passei para lhe deixar um carinhosos abraço! Forças na caminhada pela intercessão de Nossa Senhora.

stefan disse...

O HOMOSSEXUALISMO INSTIGADO E EXACERBADO DO SÉCULO XXI
A prática do homossexualismo é grave distorção dos planos iniciais de Deus para a humanidade. Em Gn 1.27, cria o homem e a mulher; em Gn 2.24, abençoa a união sexual dos dois e em Gn 1.28 confia-lhes a missão de se multiplicarem.
Essa mesmas atribuições são confirmadas em Ef 5,32; Mt 19-12 e Mc 10,6-9. Nas Ss. Escrituras o homossexualismo é grave pecado de depravação, com várias contundentes condenações: 1 Cor 6,10 Rm 1,24-27, 1 Tm 1,10, Ap 21,8 e Ap 22,15 etc., ou seja, os que vivenciam essa aberração não entrarão no Reino dos Céus.
Observe que a Igreja não condena o homossexual em si, trata-o com todo respeito e deferência; para merecerem-no, devem adotar a castidade, sem aderirem às práticas sodômicas.
Simultaneamente participam desses graves pecados e se excluindo da Igreja por excomunhão todos os defensores da causa e das práticas e favoráveis aos direitos unitivos gays, glbts, assim como votantes em candidatos e a partidos socialistas e comunistas, os quais defendem o aborto, pedofilia, indistinção sexual, etc. - piores ainda os que têem militância ativa. Note-se que têem ódio particular a Cristo-Igreja Católica e a seus fiéis por condenar veementemente todos os seus desnaturados e satânicos procedimentos.
De forma como se entusiasmam os gays com leis ateístas reconhecendo-lhes os procedimentos como naturais, talvez em breve a fraudada edição bíblica, adaptada às suas conveniências grupais; afinal, se há-a no mercado adaptada à marxista e herética Teologia da Libertação, TL - Edição Pastoral, da Editora Paulus, dos pes Ivo Storniolo e Euclides M Balancin, por que não mais uma distorção?
O pior é que há muitos eleitores católicos(?) de procedimentos alienados promovem e votam em candidatos e partidos socialistas que apóiam tais mazelas.
As recentes e talvez próximas pichações adversas em templos e outros locais, e mais subversões de fotos de ícones católicos em paradas gays, ou mais possíveis confrontações, são externalização do ódio à Igreja-Cristo, desafio público à sua pessoa e poder, por a sua Igreja censurar-lhes suas posturas satânicas; têem sido muito necessárias devido terem chegado a evidentes sinais de total degradação.
Acha boa idéia confrontar a Jesus-Igreja e desde já se associar a Satanás para a eternidade?

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