Imagem da Diocesi Porto-Santa Rufina |
20/06/2012
padremarcelotenorio - Como
bem notou um vaticanista recentemente, Paulo VI fez notar a entrada da
“fumaça de Satanás” na Igreja, mas ninguém a viu sair… De fato, a dúvida, a inquietação, os confrontosque caracterizam uma terrível crise de fé, têm sua causa em buscar a luz fora da Igreja, através das janelas imprudentemente abertas para o mundo no Concílio Vaticano II. É essa mesma crise de fé que penetrou hoje até o fundo no povo católico, expondo-o à influência da modernidade sem nenhum princípio moral. Pois, embora notada e lastimada por Paulo VI em 1972, a crise não foi combatida em suas causas.
A “profecia” de Paulo VI sobre o maligno presente no Sacro
Palácio
A
famosa menção à “fumaça de Satanás no templo de Deus” do Papa Montini,
em sua homilia da festa dos Santos Pedro e Paulo em junho de 1972
Talvez no seu tempo de “corvos”
se falasse pouco no Vaticano, mas certamente alguma coisa tinha que
cheirar, já que Paulo VI, um dos maiores papas do século XX, em 29 de
junho de 1972 – Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, durante a
homilia que marcou o início de seu décimo ano de Pontificado –
surpreendentemente afirmou ter tido a sensação de que “por alguma
fissura a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus.”
No resumo dessa
homilia histórica, conservado pela Santa Sé na página dedicada ao Papa
Paulo VI, lemos: “Há a dúvida, a incerteza, a problematica, a
inquietação, a insatisfação, o confronto. Não se confia mais na Igreja.
e sim se confia no primeiro profeta profano que vem nos falar de algum
jornal ou algum movimento social, para procurá-lo e perguntar se ele tem
a fórmula da verdadeira vida. E não percebemos que em vez disso temos
que ser nós mesmos mestres e professores. Entrou a dúvida em nossas
consciências, e entrou pelas janelas que deveriam estar abertas à luz.
(…) A escola torna-se palco de confusões e contradições, por vezes
absurdas. Celebra-se o progresso para poder, em seguida, demoli-lo com
as revoluções mais estranhas e mais radicais, para negar tudo o que
conquistou, para voltar a ser primitivos após ter tanto exaltado os
progressos do mundo moderno. ”
Daqui a
alguns dias, na igreja de Santa Maria em Vallicella (Chiesa Nuova), em
Roma, haverá uma reunião (patrocinado pela FUCI) para recordar o 49º.
aniversário da eleição para o papado de Giovanni Battista Montini, o
Papa Paulo VI. Nesta ocasião será apresentado o livro “Mons. Montini”,
cujos autores são Fulvio de Giorgi, professor de História da Educação na
Universidade de Modena – Reggio Emilia, eo diretor do” L’Osservatore
Romano “, Giovanni Maria Vian.
É incrível
observar a atualidade do pensamento expresso por Paulo VI há quarenta
anos atrás e que ainda agora volta através das páginas do nossa imprensa
e nos clichés de tantos leitores ingênuos: ”Ninguém confia mais na
Igreja. e sim se confia no primeiro profeta profano que vem nos falar de
algum jornal ou algum movimento social, para procurá-lo e perguntar se
ele tem a fórmula da verdadeira vida.
São
exatamente esses especiais “profetas seculares” a captar hoje as
atenções e a curiosidade de muitas pessoas, anunciadores funestos de
misteriosas tramas e intrigas do Vaticano capazes de insinuar uma dúvida
ainda sobre o ar que respiramos!
Já o
Primeiro Pontífice, através do Espírito de Verdade recebido de Cristo,
advertia: ” Assim como houve entre o povo falsos profetas, assim também
haverá entre vós falsos doutores que introduzirão disfarçadamente seitas
perniciosas. Eles, renegando assim o Senhor que os resgatou, atrairão
sobre si uma ruína repentina. Muitos os seguirão nas suas desordens e
serão deste modo a causa de o caminho da verdade ser caluniado. Movidos
por cobiça, eles vos hão de explorar por palavras cheias de astúcia. Há
muito tempo a condenação os ameaça, e a sua ruína não tardará.”(2 Pedro,
2, 1-3).
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