Bento XV |
25/06/2012
UNISINOS - Uma reunião com os chefes de dicastério da Cúria Romana e o secretário de Estado, Tarcisio Bertone, pela manhã e encontros com alguns cardeais à tarde. Bento XVI abordou pessoalmente e com decisão o caso do vazamento de documentos confidenciais e as tensões internas aos muros vaticanos.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no sítio Vatican Insider, 23-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no sítio Vatican Insider, 23-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Na agenda do Santo Padre comunicada pela Prefeitura da Casa Pontifícia", informa a Sala de Imprensa vaticana,
publicam-se os seguintes compromissos: na manhã do último sábado, na
Sala Bolonha, uma reunião dos chefes de dicastério. Enquanto, à tarde,
às 18h, Bento XVI irá se encontrar com o cardeal George Pell, arcebispo de Sydney, Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, Camillo Ruini, vigário emérito para a Diocese de Roma, Jozef Tomko, prefeito emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos. Este último, como se sabe, também é membro da Comissão Cardinalícia encarregada pelo papa de lançar luz sobre o Vatileaks.
O porta-voz vaticano, padre Federico Lombardi,
disse a propósito: "No contexto da situação criada após a divulgação de
documentos confidenciais, o Santo Padre aprofunda as suas reflexões em
contínuo diálogo com as pessoas que compartilham com ele a
responsabilidade pelo governo da Igreja".
"Como se sabe, sábado passado – acrescentou Lombardi –, ele quis ser informado de modo mais amplo sobre o andamento das investigações, no encontro com a Comissão Cardinalícia a isso designada, liderada pelo cardeal Julián Herránz", informou o porta-voz. "O papa decidiu se encontrar com alguns membros do Colégio Cardinalício que,
em virtude da sua grande e variada experiência de serviço à Igreja, não
só no âmbito romano, mas também internacional, podem utilmente trocar
com ele considerações e sugestões para contribuir para restabelecer o
desejado clima de serenidade e de confiança com relação ao serviço da Cúria Romana", afirmou Lombardi.
"Ele
continuará nos próximos dias as suas conversas e as suas reflexões,
aproveitando também a vinda a Roma de tantos pastores por ocasião das
festividades dos santos Pedro e Paulo,
que são uma oportunidade extraordinária para que a comunidade da Igreja
universal se sinta unida a ele na oração, no serviço e no testemunho da
fé para a humanidade do nosso tempo", continuou.
"Na manhã desse
sábado, a participação da reunião com os chefes de dicastério, dedicada
como de costume às questões de boa coordenação do trabalho da Cúria,
foi hoje particularmente importante e urgente para testemunhar
eficazmente a união do espírito que o anima", concluiu.
A decisão
de tornar pública a agenda papal com relação a esses encontros, que se
presume que se refiram ao que surgiu das investigações sobre o Vatileaks mas, mais em geral, à gestão da Cúria Romana,
atesta como o pontífice acompanha em primeira mão a história e decidiu
abordá-la consultando os purpurados mais influentes, sem distinção entre
aqueles que ainda têm um cargo no Vaticano ou nas dioceses e aqueles já eméritos.
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