Bispo local recorda a sua colaboração com o então cardeal Ratzinger
Luca Marcolivio
ROMA, quinta-feira, 12 de julho de 2012 (ZENIT.org) - No próximo domingo, 15 de julho, a diocese italiana de Frascati viverá um dia histórico graças à visita do papa Bento XVI, que celebrará a missa na praça principal do centro mais populoso dos Castelos Romanos.
Dom Martinelli é um dos bispos italianos que conhecem mais de perto o papa Bento XVI. Ele passou cerca de vinte e três anos como seu estreito colaborador, quando o cardeal Joseph Ratzinger era o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Em conversa com ZENIT, o bispo de Frascati explica o espírito e o significado desta visita pastoral, recordando a sua histórica colaboração com o Santo Padre.
Este evento incentiva a diocese a reforçar especialmente três aspectos.
Primeiro, redescobrir e aprofundar a natureza e as características da missão que Jesus confiou a Pedro e aos seus sucessores, rocha e sinal de unidade para a comunidade da Igreja.
Segundo, aprender mais sobre os ensinamentos do papa, que regularmente nos oferece belas reflexões, homilias, catequeses e documentos. Em particular, eu estou pedindo que os fiéis leiam as catequeses gerais das quartas-feiras e os ângelus ilustrativos do evangelho dominical, que são facilmente acessíveis para todos através da internet. Antes, a única fonte dos discursos completos do papa era o Osservatore Romano, e agora, alguns minutos depois que o papa fez os discursos, eles já ficam acessíveis nas nossas casas, através da Zenit ou do site do Vaticano. Vale a pena seguir esses dois eventos semanais do papa, que sempre nos oferece muita competência teológica e grande capacidade catequética.
O terceiro elemento é a orar sem cessar pelo Sucessor de Pedro, para que Deus o sustente na sua difícil missão, o encha sempre de coragem e de grande fidelidade apostólica. É por isso que eu pedi que, em todas as missas, seja elevada a Deus a oração que eu compus por ocasião desta visita.
(Trad.:ZENIT)
ROMA, quinta-feira, 12 de julho de 2012 (ZENIT.org) - No próximo domingo, 15 de julho, a diocese italiana de Frascati viverá um dia histórico graças à visita do papa Bento XVI, que celebrará a missa na praça principal do centro mais populoso dos Castelos Romanos.
Dom Martinelli é um dos bispos italianos que conhecem mais de perto o papa Bento XVI. Ele passou cerca de vinte e três anos como seu estreito colaborador, quando o cardeal Joseph Ratzinger era o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Em conversa com ZENIT, o bispo de Frascati explica o espírito e o significado desta visita pastoral, recordando a sua histórica colaboração com o Santo Padre.
Excelência, como a diocese de Frascati está se preparando para este evento histórico?
Dom Martinelli: A visita do Santo Padre foi
anunciada no dia 3 de maio, festa dos santos Filipe e Tiago, padroeiros
da diocese de Frascati. Eu estou insistindo bastante com os sacerdotes e
os fiéis da diocese para nos prepararmos bem, sobretudo
espiritualmente. É um evento extraordinário, que acontece 32 anos depois
da visita de João Paulo II. Outras visitas breves, informais,
aconteceram nos anos seguintes, mas um papa vir celebrar a eucaristia
conosco e para nós é algo que não acontece desde 1980.Este evento incentiva a diocese a reforçar especialmente três aspectos.
Primeiro, redescobrir e aprofundar a natureza e as características da missão que Jesus confiou a Pedro e aos seus sucessores, rocha e sinal de unidade para a comunidade da Igreja.
Segundo, aprender mais sobre os ensinamentos do papa, que regularmente nos oferece belas reflexões, homilias, catequeses e documentos. Em particular, eu estou pedindo que os fiéis leiam as catequeses gerais das quartas-feiras e os ângelus ilustrativos do evangelho dominical, que são facilmente acessíveis para todos através da internet. Antes, a única fonte dos discursos completos do papa era o Osservatore Romano, e agora, alguns minutos depois que o papa fez os discursos, eles já ficam acessíveis nas nossas casas, através da Zenit ou do site do Vaticano. Vale a pena seguir esses dois eventos semanais do papa, que sempre nos oferece muita competência teológica e grande capacidade catequética.
O terceiro elemento é a orar sem cessar pelo Sucessor de Pedro, para que Deus o sustente na sua difícil missão, o encha sempre de coragem e de grande fidelidade apostólica. É por isso que eu pedi que, em todas as missas, seja elevada a Deus a oração que eu compus por ocasião desta visita.
O senhor conhece Joseph Ratzinger há muitos anos. Como nasceu a
sua colaboração com o então prefeito da Congregação para a Doutrina da
Fé?
Dom Martinelli: Eu trabalhei com o cardeal Ratzinger
durante 23 anos. Fui chamado para a Congregação da Doutrina da Fé em
1980, um ano antes da chegada dele. Em 1985, ele foi nomeado pelo papa
João Paulo II como presidente da Comissão para o novo Catecismo da
Igreja Católica, e me pediu para cuidar da secretaria. Desde então, a
minha área sempre foi essa. Ratzinger sabia da minha preparação
catequética, graças ao meu doutorado em teologia na Lateranense, com
especialização em pastoral catequética, além de uma licenciatura em
pedagogia, em Milão. Então, Ratzinger me pediu para cuidar da secretaria
naquela preparação do novo Catecismo. Aquilo me deu acesso imediato e
contato frequente com ele, que era o presidente da comissão. Quando
preparamos o Compêndio do Catecismo, eu também estive envolvido e ele me
pediu para ser redator. Então, o contato sempre foi muito intenso. Eu
considero uma verdadeira e grande graça de Deus ter trabalhado assim com
ele.
No aspecto humano e pessoal, como é Joseph Ratzinger?
Dom Martinelli: Eu sempre admirei a grande
delicadeza e serenidade dele, o jeito de encarar os problemas, com
competência e inteligência, e a disponibilidade para ouvir a todos. Ao
mesmo tempo, sempre admirei a capacidade que ele tem de sintizar tudo o
que ele ouve e de tomar sempre as decisões que cabem ao seu papel,
cuidando do bem da Igreja e da fidelidade à doutrina e ao mistério de
Cristo. Experimentar de perto essas virtudes também foi um presente de
Deus.
Mais de sete anos depois da eleição dele para o papado, que balanço pode ser feito do pontificado de Bento XVI?
Dom Martinelli: Não cabe a mim um balanço desse
tipo. Eu sou um humilde bispo de uma diocese pequena, não tenho nenhuma
intenção de tirar conclusões sobre um tema tão importante! O que eu
posso dizer, e que eu já sabia faz algum tempo, mas agora pude
experimentar mais ainda, é que o papa Bento XVI sabe combinar uma
profundidade teológica peculiar e uma capacidade catequética
extraordinária: ele sabe apresentar para as pessoas os grandes temas de
um jeito muito acessível, compreensível, que é muito útil e educativo
até para nós, bispos, além dos sacerdotes e dos leigos. Deste ponto de
vista, ele está nos dando um grande testemunho e uma grande ajuda.(Trad.:ZENIT)
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