[bibliacatolica]
19 agosto 2012
As
Escrituras dizem que o batismo “lava os nossos pecados” (Atos 2:38, 1
Pedro 3:21, Heb. 10:22-23 e outros), assim as crianças e bebês
católicos são batizados, para que possam ser lavados da mancha do pecado
original. Depois do pecado de Adão e Eva no jardim do Éden, todas as
pessoas nascem com o pecado original. Através do dom da graça no
Batismo, Deus lava essa mancha do pecado original e nos torna parte de
Sua família e oferece-nos a vida eterna.
Eis que eu nasci na culpa, e minha mãe já me concebeu pecador. (Salmo 51,5)
Os
católicos acreditam que o nosso amoroso Pai Eterno não pretende negar o
Seu amor e graça a quem quer que seja, inclusive às crianças. O
batismo, ao contrário do que ensinam algumas denominações protestantes,
simplesmente requer receptividade, nem que seja por parte dos pais. Por
isso, Jesus disse sobre as crianças:
“Deixai as crianças virem a mim, e não as impeçais, porque o Reino dos céus pertence a tais como estes.” (Mt 19:14, Marcos 10:14 e Mateus. 18:2-5)
O texto grego de Atos 2:38, diz: “Metanoesate kai bapistheto hymon hekastos.” A tradução disto é:
“Se vos arrependerdes, então cada um que faz parte de vós deve ser batizado.”
Ao
afirmar “cada um que faz parte de vós”, esta passagem está realmente
nos dizendo que as crianças ou filhos, que fazem parte de seus pais,
devem ser batizadas, assim como seus pais.
Este ensinamento é ecoado pelo apóstolo Pedro em Atos 2:39.
Pedro respondeu: “Arrependei-vos
cada um de vós e sede batizado, em nome de Jesus Cristo para remissão
dos vossos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa
é para vós e vossos FILHOS e para todos os que estão longe, para todos
aqueles que o Senhor nosso Deus chamar.” Do mesmo modo São Paulo faz
referência ao batismo como “a nova circuncisão” dos crentes em Cristo:
Nele também vocês foram circuncidados, no adiamento da natureza pecaminosa, não com uma circuncisão feita por mãos de homens, mas com a circuncisão feita por Cristo,
tendo sido sepultados com ele no batismo e ressuscitados pela fé no seu
poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. (Colossenses
2:11-12)
Quando Pedro diz em Atos 2:38-39, que a promessa do batismo é “para você e seus filhos, e aqueles muito longe.” A palavra grega para “filhos” é teknon. Esta é a mesma palavra usada em Atos 21:21 para descrever crianças de oito dias de idade. Sendo
assim, Pedro afirma que o batismo é tanto para crianças quanto para
adultos. Além disso, em Atos 16:15, lemos que Lidia e “sua casa ou lar”
foram batizados. A palavra para ” casa ou lar” éoikos, e sua definição incluía lactentes e crianças. Veja também 1 Coríntios 1:16, Atos 16:33, 10:47-48 – outros exemplos onde “oikos” é usado.
Lembre-se
que a Antiga Aliança incluída crianças, que por sua vez se tornariam
membros da família de Deus aos oito dias de idade, quando eram
circuncidados. Por isso, como afirmado acima, Paulo chama o batismo de “a nova circuncisão” em
Colossenses 2:11-12. Assim, o apóstolo Paulo ensinava que o batismo na
Nova Aliança deve incluir as crianças, assim como Deus as incluiu na
Antiga Aliança. Se Deus tivesse excluído as crianças de sua Nova
Aliança, os judeus convertidos à Cristo teriam considerado a Nova
Aliança inferior ou falha, ao compara-la com a Antiga Aliança.
Quando
colocamos todas essas peças juntos, fica claro que o batismo infantil
não é uma “tradição” não-bíblica adotada pelos católicos, mas uma
doutrina aceita pelos apóstolos de Jesus Cristo. A evidência bíblica
para a entendimento católico é perfeitamente confirmada nos escritos dos
primeiros cristãos, por exemplo, neste texto de Orígenes, apenas alguns
anos depois de Cristo:
“A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição do batismo dado mesmo para crianças. Os apóstolos, aos quais foram confiados os ensinamentos dos Evangelho de Cristo, sabiam que existe em todos nós as manchas do pecado inato, que é lavada pela água e pelo Espírito “(Orígenes, 248 dC – Comentários sobre Romanos 5:9).
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