Dom Jean Laffitte |
31 Jul. 12
ROMA (ACI/EWTN Noticias) -
O Secretário do Pontifício Conselho para a Família, Dom Jean Laffitte, recordou que as pessoas divorciadas que voltam a casar devem participar da Santa Missa e participar da Comunhão somente de maneira espiritual.
Em uma entrevista concedida ao grupo ACI
no dia 25 de julho em Roma, Dom Laffitte assinalou, que as pessoas
divorciadas que voltaram a casar, embora não possam receber a comunhão
eucarística "continuam estando plenamente dentro da Igreja" e "sempre podem ter uma comunhão espiritual frutífera".
Ao lembrar a Exortação Apostólica do Beato João Paulo II,
Familiaris Consortio, o Prelado explicou que existe uma diferença entre
a comunhão espiritual e a comunhão eucarística, que afirma que sem a
primeira, não pode existir a segunda.
Neste sentido, Dom Laffitte
indicou que a comunhão espiritual é a forma em que a pessoa se une
pessoalmente a Cristo no momento da redenção do Santo Sacrifício, para
assim, depois, receber a comunhão eucarística.
Nesta perspectiva,
"as pessoas que por alguma razão não podem receber a Santa Comunhão,
sempre podem ter uma comunhão espiritual frutífera", remarcou.
"Isto não é uma disciplina inventada pela Igreja" e, portanto, no matrimônio,
"os cônjuges fazem um pacto com Deus, e Deus faz um pacto com eles",
que cria um sacramento indissolúvel. Uma segunda união "o converteria em
algo contraditório e contrário ao sacramental".
Finalmente, Dom
Laffite explicou, que para a comunhão é necessário preparar o coração
para receber ao Senhor, e deste modo, quando os divorciados que voltaram
a casar deixam de comungar, "dão muito mais honra ao Senhor com seu
sacrifício e oferecendo-se eles mesmos, através da dor que têm nos seus
corações, no sacramento da Eucaristia".
"Eles
sofrem por isso, mas, há mais honra dada pelo corpo de Cristo nesta
situação, que quando os batizados vão de maneira superficial e às vezes,
de maneira pouco digna, a receber a Comunhão, seja qual seja o estado
de suas almas", concluiu.
Os divorciados que voltam a casar e o sacramento da Comunhão
A Congregação da Doutrina para a Fé expressou na sua carta a todos os bispos
do mundo de outubro de 1994, que uma pessoa divorciada que volta a
casar não pode participar da Comunhão, porque o matrimônio "é a imagem
da relação entre Cristo e a sua Igreja".
Nesse aspecto, a Igreja
explica que os divorciados que voltam a casar sem um decreto de nulidade
para o primeiro matrimônio, encontram-se em uma relação de adultério
que não lhes permite arrepender-se honestamente, para receber a
absolvição de seus pecados e, por conseguinte, a Santa Comunhão.
Neste contexto, para aproximar-se dos Sacramentos
da Penitência e da Eucaristia, devem resolver a irregularidade
matrimonial pelo Tribunal dos Processos Matrimoniais ou outros
procedimentos que se aplicam aos matrimônios dos não batizados, se for o
caso.
Ao respeito o Beato João Paulo II assinala que "a Igreja deseja que estes casais participem da vida
da Igreja até onde lhes seja possível (e esta participação na Missa,
adoração Eucarística, devoções e outros serão de grande ajuda espiritual
para eles) enquanto trabalham para obter a completa participação
sacramental".
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