sábado, 8 de setembro de 2012

A Incrivel historia de Colm John Cahill (Parte 1)


Colm John Cahill, em Medjugorje


Um dia, quando eu tinha sete anos, estava passeando de carro com o meu pai. Aquele dia iria mudar completamente a minha vida. Quando faziamos o nosso caminho para casa, voltando de um jogo na minha escola, um grande caminhão atingiu a traseira do nosso carro e nos arremessou para baixo da estrada, cerca de nove metros à frente.

Depois disto, comecei a ter convulsões. Os médicos nunca souberam a causa exata. No iníco, eu tinha um ataque por semana. Então, eles ficaram piores e mais frequentes. Aos onze anos, estava tendo múltiplas convulsões: quatro ou cinco, a cada dia. Em cada convulsão, eu perdia a consciência, completamente, e meu corpo se jogava em espasmos, contorcia-me no chão, de 10 até 45 minutos e, por muitas vezes, sofrendo ferimentos graves. Uma vez, estava de pé, no alto das escadas, e a minha lembrança seguinte foi acordar mais tarde, naquele mesmo dia, em um leito de hospital.

Eu não poderia viver uma vida normal. Alguém tinha que tomar conta de mim o tempo todo. Meus nervos estavam desgastados pela ansiedade e o perigo poderia me atacar, a qualquer momento. Eu era forçado a espiar cada quarto, antes que eu pudesse passar por ele, para ter a certeza de que não cairia por cima dos objetos. Eu nunca poderia andar lá fora sozinho, ou praticar esportes, ou visitar a casa de um amigo. Sempre que eu me sentava, tinha que ter um suporte para as costas. Cada movimento meu era planejado.

Eu me sentia extremamente dprimido e preocupado com a vida e qual seria o meu futuro - se existisse. Fui criado em uma familia católica, mas achava muito difícil acreditar em um Deus que deixasse isso acontecesse comigo. Eu não conseguiria ver uma criança sofrendo como eu estava, e como poderia isso, de alguma forma, estar relacionado com o amor. E, naqueles momentos, eu nem percebia o quanto minha familia também estava sofrendo. Eu era o filho do meio, de cinco filhos, e minha doença teve seus efeitos não só sobre os meus pais, mas em todos os meus dois irmãos e duas irmãs, que tinham de olhar constantemente para mim, assumindo muita responsabilidade em suas juventudes.

(Continua...)

Share/Bookmark

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Só será aceito comentário que esteja de acordo com o artigo publicado.