24 Set. 12
Roma (ACI/EWTN Noticias).-
O Vigário Apostólico de Aleppo (Síria) para os católicos de rito
latino, o sacerdote franciscano Abou Khazen, denunciou que do exterior
só chegam à região armas "que alimentam a morte e a destruição".
Em declarações à agência vaticana Fides, o presbítero explica a trágica situação da população frente ao conflito e afirmou que "há dezenas de milhares de famílias deslocadas na zona metropolitana de Aleppo, que fugiram dos bairros onde existem combates. Procuram refúgio nas escolas, igrejas, mesquitas, edifícios públicos e em muitos outras habitações improvisadas".
Em declarações à agência vaticana Fides, o presbítero explica a trágica situação da população frente ao conflito e afirmou que "há dezenas de milhares de famílias deslocadas na zona metropolitana de Aleppo, que fugiram dos bairros onde existem combates. Procuram refúgio nas escolas, igrejas, mesquitas, edifícios públicos e em muitos outras habitações improvisadas".
"Devem comer, beber, dormir, vestir-se, curar-se.
Muitos voluntários de nossas comunidades estão se encarregando deles,
junto com outros grupos de voluntários sírios".
O sacerdote
recorda que as intervenções de atenção às necessidades básicas das
pessoas são as únicas ações coletivas que caracterizam a comunidade
cristã como tal frente ao conflito armado entre os rebeldes e as forças
leais que há dois meses estão destruindo esta cidade síria, com ataques
aéreos e ataques pelas ruas.
Sobre as notícias que circulam a
respeito de grupos de cristãos que decidiram formar patrulhas de
autodefesa armada para defender suas famílias e seus lares dos ataques
que sofrem por parte dos milicianos estrangeiros, o franciscano afirma
que "a Igreja não faz outra coisa que pregar o amor e a paz para todos, inclusive nas situações trágicas como as que estamos vivendo".
"Logo
cada um responde em consciência. Mas a imagem posta em circulação de
grupos cristãos que se armam pode ter efeitos tremendos. É como um
sinal: já que estão armados, (os milicianos) devem ir lá e matá-los
todos".
Precisamente o fluxo de armas que chega do exterior,
segundo o padre Khazen, é a prova mais eloqüente da falta de
responsabilidade internacional no conflito sírio: "outros países
deveriam obrigar os opositores à trégua e logo a ver juntos como é
possível sair desta tragédia".
"Em troca, de fora do país não
chega ajuda para os deslocados. Só enviam mais armas, o que alimenta a
morte e a destruição", concluiu.
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