07/09/2012
A reportagem é de Luca Rolandi, publicada no sítio Vatican Insider, 06-09-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Em todo caso, o atual primaz permanecerá no cargo até o dia 31 de dezembro e participará em Roma, no dia 11 de outubro, da solene celebração do início do Ano da Fé, em memória do 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II.
A escolha do novo arcebispo será feita pela Crown Nominations Commission, iniciada por Gordon Brown em 2007, para restituir à Igreja a escolha do seu líder.
Ela é composta por 16 membros, seis escolhidos pelo Sínodo, o órgão que governa a Igreja Anglicana, e seis da diocese de Canterbury. Há ainda dois bispos, James Newcome, de Carlisle, e Michael Perham, de Gloucester, além de Barry Morgan, arcebispo de Gales, representando a Comunhão Anglicana, e Lord Luce,
um leigo ex-ministro das Relações Exteriores conservador. No passado,
de fato, cabia ao primeiro-ministro selecionar, de uma lista de dois
nomes, o primaz anglicano.
Ao sucessor de Williams caberá
a difícil tarefa de manter unidas as três facções da Igreja, a
anglocatólica, a evangélica e a liberal, e de encontrar uma forma para
sobreviver às divisões em torno da ordenação das mulheres bispos e dos
casamentos gays. Divisões que envolvem, além da Igreja da Inglaterra,
toda a Comunhão Anglicana.
Foi no dia 16 de março deste ano que Rowan Williams fez o anúncio da sua renúncia, dizendo que havia assumido a direção de uma importante faculdade universitária em Cambridge.
Pela primeira vez na história, os membros da Comunhão Anglicana de todo o mundo são convidados a compartilhar as suas opiniões sobre o ministério do próximo arcebispo de Canterbury, enviando seus pareceres via e-mail ou correio.
O
processo de busca pelo próximo arcebispo teve amplas consultas também
com vários representantes da Igreja da Inglaterra, de outras confissões
cristãs e de outras fés.
A escolha, depois, será aprovada, de modo definitivo, pelo primeiro-ministro David Cameron. Entre os favoritos, segundo a imprensa britânica, está John Sentamu, da Uganda, 62 anos, que agrada tanto à ala católica quanto à ala liberal da Igreja, mas é hostilizado por uma parte da Igreja Anglicana.

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