ESTRUTURA
I - LITURGIA DA PALAVRA
» acolhida
» ato penitencial
» glória
» coleta
» I leitura
» salmo
» II leitura
» aleluia
» evangelho
» homilia
» credo
» oração dos fiéis
II - LITURGIA EUCARÍSTICA
» apresentação das ofertas
» oração
ORAÇÃO EUCARÍSTICA:
» prefácio
» epiclese
» anámnese (memorial,
consagração)
» intercessões
» doxologia
RITO DA COMUNHÃO:
» Pai-nosso
» rito da paz
» fração do Pão
» comunhão da assembléia
» silêncio sagrado
» oração após a comunhão
RITOS FINAIS:
» eventuais avisos
» bênção
» despedida
4 - Como preparar a celebração eucarística
O local da celebração
-
Sendo a Eucaristia ação sagrada por excelência,
não deve ser celebrada em qualquer local. O ambiente normal
da celebração é o templo. Somente extraordinariamente pode
ser celebrada fora da igreja e, nas residências, somente com
licença expressa do Bispo.
- O ambiente da Eucaristia deve:
* ser digno: limpo, bem conservado, iluminado, ornamentado com bom gosto e simplicidade;
* ter um altar
coberto com uma toalha sempre de cor branca. Não se deve
usar uma mesa qualquer para a Eucaristia! A toalha deve
ser, sempre que possível, de linho e de forma retangular. No altar
devem-se colocar sempre duas velas e, nele ou a seu lado
esquerdo, um crucifixo com a imagem do Crucificado. Não é
correto se colocar flores sobre o altar. Nele deve
também estar o missal, aí colocado depois que o padre o
tiver marcado na sacristia.
* ter sempre uma estante
(ambão) para a leitura da Palavra de Deus no lado direito do
altar. Assim como é indispensável a mesa do Pão eucarístico,
é também indispensável a mesa do Pão da Palavra! Do ambão
são feitas as leituras e o salmo (que faz parte da
liturgia Palavra e não pode ser modificado ou substituído por
um canto de meditação), a proclamação do Evangelho e a
oração dos fiéis. Na estante deve estar o lecionário (livro de leituras). Nunca se deve fazer as leituras da missa pelo jornalzinho. Também não é correto fazê-la na Bíblia. O comentarista não deve fazer os comentários no ambão...
* ser preparada do lado direito uma mesinha
(credência) coberta de branco. Na credência devem estar:
= o cálice com o sanguinho (o pano que serve de guardanapo),
= a patena
(de preferência funda) com a hóstia grande e partículas
para a comunhão dos fiéis,
= o corporal (pano grande e
quadrado, dobrado, que é forrado sobre o altar),
= a pala (pequeno quadrado forrado de branco para cobrir c cálice),
= se necessário, uma âmbula
(cálice tampado com as demais partículas que serão
consagradas. Também é chamada de cibório),
= as galhetas com vinho e água,
= uma pequena bacia com um jarro com água para o padre lavar as mãos,
= o manustégio (uma toalha para enxugá-las).
* ser preparada uma cadeira digna para o
Presidente da celebração. Essa cadeira nunca deve ficar
na frente do altar, mas atrás ou a seu lado. A cadeira
não deve ter forma de poltrona ou de trono. Os banquinhos
para os acólitos não deveriam estar ao lado da cadeira
do presidente, mas no canto, para não dar a impressão que estes
estão concelebrando canto.
* ser reservado um local para os cantores.
Os participantes da celebração
-
Participa da Eucaristia todo fiel batizado. Um não batizado
pode assistir, jamais participar, pois não faz parte do Corpo
sacerdotal de Cristo.
O sacerdote torna presente Cristo Cabeça; os
fiéis são o Corpo sacerdotal do Senhor. Padre e fiéis tornam
presentes sacramentalmente o Cristo Total no seu ofício
sacerdotal.
- Na celebração cada um tem seu ofício. A regra mestra para participar é esta: cada um faça tudo e somente e que lhe compete.
Por exemplo: é errado o padre fazer as leituras ou cantar o
salmo: isto compete aos leigos; como é completamente errado
um leigo fazer a homilia! Um erro muito comum é os leigos
dizerem a oração da paz e a doxologia «por Cristo, com
Cristo, em Cristo» - isto compete somente ao padre. O missal explica
tudo e, por ser celebração de toda a Igreja, ninguém nem
grupo particular nenhum, pode modificar o que é determinado
pelo missal! Um padre que quisesse celebrar do seu
jeito estaria deixando se ser ministro (servo) da Igreja para
ser usurpador, fazendo da Santa Missa a sua «missinha»
particular. Os fiéis devem rejeitar um tal comportamento!
- O comentarista não deve fazer também a leitura ou salmo.
-
Os acólitos que servem na celebração devem estar digna e
modestamente vestidos. O correto é estarem sempre de túnica.
O que se canta, o que se comenta
-
Os comentários devem ser breves e claros.
Podem-se fazê-los: na introdução, antes de cada leitura,
antes da apresentação das ofertas, após a oração
pós-comunhão. O comentarista nunca deve anunciar o livro a
ser lido (é o leitor quem o fará). Nunca se deve dizer capítulo e
versículo da leitura a ser feita ou do salmo a ser cantado. Também
nunca se diz “palavras do Senhor”, mas “Palavra do Senhor”.
-
Quanto aos cânticos: devem ser sempre litúrgicos. É proibido
cantar nas celebrações litúrgicas cânticos profanos! Só se
canta um cântico composto especificamente para a liturgia!
No Glória, Credo e Santo e Cordeiro de
Deus não é permitido alterar a letra que vem no missal.
Mesmo quando cantados, devem ter seu texto alterado. O
mesmo vale ainda mais para o Pai-Nosso
-
Não existe na liturgia o "canto da paz"; não
se deve cantá-lo, pois o abraço da paz deve ser simples
e discreto. Caso teime-se em cantá-lo, deve-se, então,
necessariamente, cantar o Cordeiro de Deus.
Como organizar a procissão das ofertas
-
Rigorosamente, não se devem oferecer coisas que depois serão
retomadas! Isso seria um teatrinho! O que é oferecido
deveria ser coisas para a celebração, para a manutenção da
Igreja e para ajudar aos necessitados.
A ordem da procissão é a seguinte: primeiro
as ofertas que se queiram trazer. Por último o vinho, a água e
o pão. Não se traz o cálice vazio, nem as velas, nem a cruz,
nem o missal, e muito menos a bacia com o jarro d’água!
As ofertas são entregues ao Padre ou ao Diácono.
Como comungar
- Há somente dois modos de comungar:
* um mais antigo: na mão. O fiel estende as
duas mãos, a direita sob a esquerda. O padre coloca o Corpo
do Senhor, dizendo: «o Corpo de Cristo»; o fiel toma a
hóstia, responde «amém» e comunga, observando se ficou algum
fragmento na mão para limpá-lo.
* um modo mais recente: na boca. Após
responder «amém», o fiel abre a boca e estira a língua um
pouco.
- Quando a comunhão é sob as duas espécies é dada sempre na boca.
- É errado:
* ir ao altar e pegar a hóstia. A
comunhão deve ser sempre recebida: «Tomai!», disse Jesus!
* pegar a
partícula das mãos do padre antes que ele a deposite na
palma de nossa mão.
As cores litúrgicas
- De acordo com os tempos litúrgicos e com as festas celebradas, mudam-se as cores litúrgicas. São elas:
- Verde: usada no tempo comum, quando não há
nenhuma comemoração especial. Significa a esperança cristã,
fundamentada na Ressurreição do Senhor e na sua presença na
Igreja: na aparente banalidade da vida, o cristão espera
sempre, pois o seu Senhor está presente.
- Branco: usada no tempo do Natal e Pascal,
nas festas de Cristo, da Virgem Maria e dos Santos não
mártires. Significa a pureza da vida cristã, a fé e a vida
nova trazida por Cristo.
- Vermelho: usada na Sexta-feira Santa, na
Solenidade de Pentecostes e nas festas dos Santos mártires.
Significa o fogo do amor divino doado pelo Espírito que faz,
inclusive, derramar o sangue no testemunho de Cristo.
- Roxo: usada nos tempos de penitência:
Advento e Quaresma, bem como nas missas exequiais (pelos
mortos) e celebrações penitenciais. Significa a sobriedade e o
luto de um coração contrito e humilhado.
- Rosa: é facultativa. Trata-se de um roxo
mitigado e pode ser usada no Terceiro Domingo do Advento e no
Quarto da Quaresma.
Ritos e gestos da celebração
- Eis alguns dos gestos mais significativos:
* abrir os braços: era o modo de rezar dos
judeus e dos antigos cristãos recorda também os braços
abertos do Crucificado.
* estar em pé: atitude de atenção, de disponibilidade, de respeito.
* ajoelhar-se: atitude de adoração, de
dependência é a atitude básica do cristão diante do
Senhor ressuscitado: diante dele se dobre todo joelho, no
céu e na terra (cf. Fl 2,10). O mesmo sentido tem a genuflexão
diante do Santíssimo. É bom recordar que é obrigatório ajoelhar-se durante a consagração.
Há padres que, de modo abusivo e autoritário, proibem
o povo de ajoelhar-se. Isto é contrário às
normas da Igreja. O padre que faz isso está totalmente errado:
está ensinando o povo a agir de modo contrário ao
que a Igreja orienta!
* inclinar-se: sinal de respeito, humildade, dependência, súplica.
- Eis alguns ritos:
* abraço da paz: é o modo tipicamente
cristão de saudar-se em Cristo. na Igreja antiga os cristãos
trocavam entre si o ósculo (beijo na face) em sinal da
fraternidade em Cristo. saudar-se em Cristo é desejar ao
outro a paz que Cristo nos deu; é também reconhecer que o outro está
comigo na mesma Paz, ou seja, na mesma e única Igreja de Cristo.
* a fração do Pão: é um gesto que recorda o
próprio nome da Missa.foi o gesto de Jesus. Em Roma, o rito
chamado “fermentum” adquiriu um significado
belíssimo: após partir o Pão consagrado, o Bispo enviava uma
partícula para seus presbíteros, que celebravam nas várias
paróquias. Esses padres, misturavam esse pedaço com o vinho da missa
que eles celebravam, indicando, assim, que a missa celebrada por
eles era a mesma do Bispo. Assim, esse gesto significa que a
Eucaristia é uma só, é sacramento de unidade! Atualmente, o
rito recorda que ambas as espécies pertencem à única pessoa
do Cristo glorioso em sua totalidade: Cristo todo no pão e
todo no vinho, vivo, ressuscitado.
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