[ipco]
11 setembro 2012
Nilo Fujimoto
Os fatos revelam que a agenda homossexual nos EUA é imposta de cima
para baixo. Apenas através dos poderes judiciários dos estados e da
união é que medidas de caráter antinatural como o aborto e casamento
homossexual são aprovadas, pois, de 32 referendos sob o “casamento”
homossexual nenhum deles resultou na aprovação.
Desse modo, é crucial ao lobby homossexual vencer ao menos um desses
referendos para conseguir que a mídia espalhe que se trata de uma causa
popular ou democrática. Assim, a batalha que se desenvolve no Estado de
Washington com relação ao referendo sobre o “casamento” homossexual tem
tido colaboradores multimilionários que favorecem o “sim”.
P. J. Ginés no site ReligionenLibertad.com (1) descreve que a
luta entre movimentos religiosos e movimentos homossexuais assemelha-se
à luta entre Golias e Davi. Enquanto Golias é amparado pelos
milionários dos EUA, como exemplo o fundador da Amazon.com que
doou para o lobby homossexual 2,6 milhões de dólares, Davi é
representado pelas paróquias católicas que não podem recolher donativos
diretamente para causas políticas.
O motivo do impedimento é alegado pela porta-voz da Public Disclossure Commision
no episódio em que o Bispo Joseph Tyson enviou uma carta a seus
diocesanos pedindo-lhes para distribuir envelopes de donativos para a
campanha “Preserve Marriage” entre seus paroquianos.
Há quem alegue que arrecadar fundos, para uma causa política, invalida, para efeitos fiscais, o caráter de entidade religiosa.
Discordamos, pois, o casamento é uma questão de esfera de competência mista. Trata-se de um contrato que envolve consequências de ordem civil e moral.
Tratando-se de sucessão, patrimônio, guarda dos filhos, etc. isso é
regulado pelo direito civil. Porém, das consequências morais do ato do
casamento é de competência da Igreja reger. Por isso não é licito aos
membros da hierarquia católica se omitir nessa problemática do
referendo.
Para maior fundamento, recorro ao luminoso arcabouço doutrinário do
pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira. No artigo intitulado “Posição
do ‘Legionário’ em face da política brasileira”, publicado no jornal Legionário, Nº 265 de 10 de outubro de 1937, ele escreve o seguinte:
“A subordinação da política à moral (2),
implica pois, numa subordinação da política à Religião. Mas no seu campo
próprio, a política constrói todo um edifício feito de material
estranho à doutrina e à ação da Igreja. Não se pode, no entanto,
separar a política da moral, da religião, como fez Maquiavel e como
fazem os liberais, os socialistas, os adeptos do Estado totalitário,
mas não se pode também estabelecer os princípios próprios da ciência
política, isto é, da administração ou do governo, com princípios morais
ou religiosos.
“Não existe, pois, uma política teológica, mas há uma teologia política e na medida em que a política se subordina a esta, como deve ser, ela pode ser dita mais ou menos católica.
“Assim fica, também resolvido o problema
de saber se a Igreja tem uma doutrina política. Sim, se por doutrina
política entendermos os princípios que remotamente norteiam a ação dos
governos, ou seja, princípios de ordem moral (teologia moral) aos quais
se deve subordinar a ciência política para não cair nos erros do naturalismo político. Não, se por doutrina política entendermos um sistema completo de organização do Estado e do governo.”
(2) A moral tem por objeto a ordenação da atividade humana para o seu
fim último. As outras ciências práticas tratam de aspectos parciais da
atividade humana. A economia por exemplo, estuda a atividade humana na
ordem dos interesses materiais. Como os diversos fins que o homem pode
ter em vista com a sua atividade se subordinam ao fim último, assim
também as ciências que deles tratam (política, economia, direito, etc.)
se subordinam à moral.

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