12 Set. 12
ROMA (ACI) -
O Festival de Cinema
de Veneza premiou o filme controvertido "Paradise: Faith" (Paraíso: Fé)
que mostra uma esposa católica masturbando-se com um crucifixo.
No
sábado, 8 de setembro os organizadores decidiram premiar o filme do
austríaco Ulrich Seidl, no qual também se vê uma mulher flagelando-se e
seu marido mulçumano tirando os símbolos religiosos da própria casa com a
sua bengala.
O filme é parte de uma trilogia que será distribuída
nos Estados Unidos pela empresa Strand Releasing que planeja projetá-lo
nas salas de cinema no início do próximo ano.
Sobre o prêmio e o
filme, o presidente da Liga Católica nos Estados Unidos, Bill Donohue,
assinalou que "uma das marcas dos enganadores culturais é a propensão a
insultar aos cristãos, especialmente aos católicos, e depois declarar
que sua ofensa é criativa".
"Se alguém quer saber por que o filme
‘Paradise: Faith’ ganhou um prêmio de um jurado especial, permitam-me
poupá-los a necessidade de ler sobre isso: ganhou porque mostra a uma
devota católica masturbando-se com um crucifixo".
O filme começa
com a mulher, Anna Maria, interpretada por Maria Hofstaetter, chorando
com o torso nu ante um crucifixo. Ela vai andando de joelhos pela casa
rezando o terço. Costuma também ir de porta em porta levando uma imagem de 60 centímetros da Virgem Maria com a qual converte as pessoas.
Hofstaetter,
como o diretor, Ulrich Seidl, foi criada como católica. Admite que
"quando era jovem me rebelei contra a autoridade da Igreja Católica". Entretanto, assinala Donohue, ela afirma que tem "profundos valores cristãos".
Bill Donohue critica que dizem ter valores cristãos "aqueles que, evidentemente, permitem masturbar-se com um crucifixo".
Donohue
cita o que disse Seidl quando assinala que "durante séculos o
catolicismo suprimiu a sexualidade e, é obvio, isto gerou um movimento
contrário".
Isto explica, prossegue Donohue "a razão pela qual ele
(Seidl) pode dizer que ‘é correto mostrar a mulher masturbando-se
usando uma cruz, como se estivesse fazendo um ato de amor a Jesus. Só
porque é um tabu não quer dizer que não se possa mostrar`".
"Mas quanto valor é preciso para insultar aos católicos?", questiona o líder da Liga Católica.
"De
qualquer modo, Seidl é um mentiroso. No seu país, Áustria, prendem os
que negam o Holocausto. Não aprovamos isso, mas um verdadeiro
quebrantador de tabus também romperia este. Entretanto, não esperem que
Seidl o faça: os enganadores culturais não têm coragem para romper tabus
que não sejam seguros", conclui o presidente da Liga Católica.
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