27 Set. 12
MONTEVIDÉU (ACI).-
"Tomara que possamos dar marcha ré a tudo isso, e se reconheça efetivamente o direito à vida
do ser humano, que é o concebido não nascido. Temos que continuar
comprometidos em batalhar pela vida", expressou o sacerdote jesuíta
Marcelo Coppetti, Vice-reitor da Universidade Católica do Uruguai depois
da despenalização do aborto nesse país.
Em
declarações a Rádio Vaticano e depois da despenalização do aborto até a
12ª semana de gestação, decidida na última terça-feira, o Padre Copetti
disse que "embora, hoje o resultado seja adverso, confiamos em que será
possível seguir trabalhando para que possam haver projetos de lei
alternativos em próximas legislaturas, que, de algum jeito, invertam a
situação".
O sacerdote recordou a carta aberta publicada pela
Universidade Católica do Uruguai e assinalou que a missiva foi escrita
em essência para reconhecer que "desde o momento mesmo da concepção
estamos ante um ser distinto, um ser distinto a sua mãe e ao seu pai,
com um DNA distinto, que começa a se desenvolver desde esse mesmo
instante e, portanto, estamos, sem dúvida, frente a um indivíduo da
espécie humana, logo, o aborto é cometer um delito".
Finalmente
expressou que a decisão tomada pela Câmara dos Deputados (com 50 votos a
favor do aborto e 49 a favor da vida) "é negativa para a vida e
negativa para os valores fundamentais que nós queremos defender e
estamos comprometidos a defender".
A iniciativa legislativa,
aprovada após mais de 13 horas de debate e um dia depois de que na
capital, Montevidéu, milhares de pessoas se manifestassem expressando
apoio à defesa da vida desde a concepção, espera agora a ratificação por
parte do Senado e a promulgação do presidente José Mujica, quem já
manifestou que a apoiaria.
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