deusconosco
Depois
de proclamar a natureza do reino de Deus por meio de parábolas (Mateus
13) e de cercar a edificação da igreja com as verdades gêmeas da sua
identidade e missão (Mateus 16), Jesus agora considera a sua essência,
no capítulo 18.
Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo. (Mt 18, 4-5)
Pikaza diz que este capítulo se trata da “estrutura da igreja”* e não
está longe de ter razão. Sua natureza é composta dos “pequeninos”
(1-4). O desrespeito por estes e por esta natureza essencial da igreja
traz condenação eterna (6-9). A preocupação do Pai por qualquer um dos
pequeninos deve inibir o desdém por estes da parte da igreja (10-14).
Sua preocupação causará a igreja a ser pró-ativa, tomando a iniciativa
para restaurar o pequenino perdido (15-21), porque seu interesse maior é
o perdão (23-25).
Esta verdade da igreja composta dos pequeninos deve nos impedir de
pôr pregadores num pedestal, valorizar demais a educação teológica,
curvar-nos perante os ricos entre nós e inaugurar programas de
construção para impressionar a comunidade.
Ó grande Deus, o Senhor olha do seu trono para os pobres, as
estéreis, os enlutados, os vencidos, para levantá-los. Faça de mim sua
mão que os deposita no reino da sua igreja.
Segure este pensamento: O reino não tem lugar para os grandes e poderosos, mas a igreja foi criada para os pequenos e humildes.
*Javier Pikaza, A teologia de Mateus, 2ª. ed. Trad. José Raimundo Vidigal (Paulinas 1984): 94ss.
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