Colm John Cahill, em Medjugorje |
Veja a primeira parte aqui!
Eu venho de uma das ilhas do canal ao longo
da costa da Normandia, França, chamada de Jersey, pertencente à Coroa Inglesa,
ligada ao Reino Unido. Em 2003, aos doze anos, viajava para dentro e para fora
dos hospitais, na ilha, o tempo todo. Duas vezes, fui levado de helicóptero, de
Jersey a Londres, para me consultar com diferentes neurologistas, dos quais
esperava oferecer alguma ideia da natureza do meu problema e, portanto,
tratá-lo melhor. Mas, infelizmente, não tiveram resultado. De oito anos de
idade em diante, eu tomava um coquetel diário de drogas, que mudava a cada dois
meses, a partir do Epilim para o Tegretol, do Lorazapan ao Diazepan, e assim
por diante.
Eu vivia em uma situação crítica constante, e
não havia esperança para o futuro. Eu não sentia muitas emoções, porque
qualquer aumento da atividade emocional poderia desencadear uma convulsão. O
sentido da minha vida e meu estado interior estavam frágeis, indefesos. Eu não
considerava o suicídio, porque até onde eu entendia, eu estava vivendo a vida
de alguém que estava morto.
Minha família tentava de tudo para evitar as
minhas convulsões e me curar. Eles entraram em contato com especialistas, em
todo o mundo, da América à Austrália, mas sem sucesso. Quando eu tinha treze
anos, minha família, relutantemente, decidiu que eu teria que ser colocado em
uma instituição. Eu temia isso, mas concordei, sabendo que não havia outra
maneira para que eles tivessem um único dia de uma vida normal. Eu ainda ia em
casa, às vezes, e se eu estava bem o suficiente, meus pais me levavam à igreja,
mas eu viveria na instituição, sob constante cuidado e vigilância, até a minha
morte inevitável, porque ninguém usaria tantas drogas, com essa doença, por
tanto tempo.
Neste mesmo ano, em 2004, um novo sacerdote
veio a Jersey, e minha família ficava perto dele. Eu o conheci, pela primeira
vez, quando ele veio para ungir-me durante uma das minhas estadias no hospital,
mas eu não o conhecia bem. Em maio daquele ano, ele veio à minha casa e pediu
para falar comigo. Ele me disse que estava indo para um lugar chamado
Medjugorje. Eu não sabia o que era ou onde ficava. “Eu quero ir rezar por você
lá”, disse ele.
“Ok” – disse eu, sem o menor entusiasmo.
(continua...)
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