23 Out. 12
BRASILIA, (ACI).-
Leonardo Boff, considerado um dos principais impulsores da teologia
marxista da libertação (TML), pediu reinterpretar o cristianismo para
ajudar a "Mãe Terra" que "está crucificada” e é nossa tarefa tirá-la da
cruz, como os teólogos da libertaçã “o fizemos durante décadas com os
pobres".
Boff, que na década de 90 abandonou o sacerdócio, casou-se com uma mulher divorciada, e se afastou da Igreja Católica para converter-se no que ele chama um "ecoteólogo de matriz católica" dedicado a escrever livros sobre ecologia e temas alheios ou contrários à doutrina católica, afirmou em uma recente palestra que o grito da terra é o grito dos pobres e o grito dos pobres é o grito da terra, nossa Mãe Terra.
Boff, que na década de 90 abandonou o sacerdócio, casou-se com uma mulher divorciada, e se afastou da Igreja Católica para converter-se no que ele chama um "ecoteólogo de matriz católica" dedicado a escrever livros sobre ecologia e temas alheios ou contrários à doutrina católica, afirmou em uma recente palestra que o grito da terra é o grito dos pobres e o grito dos pobres é o grito da terra, nossa Mãe Terra.
A reinvidicação do ex-franciscano ocorreu no marco do
Congresso Continental de Teologia, realizado em São Leopoldo (RS) na
universidade jesuíta UNISINOs entre os dias 7 a 11 deste mês com a
intenção de equiparar o Concílio Vaticano II com a teologia marxista da
libertação. Leonardo Boff assegurou que a "marca registrada" desta
vertente de teologia, condenada em seguidas ocasiões pela Igreja, é "a opção pelos pobres, contra a miséria e a opressão".
"Dentro
dessa opção pelos pobres é preciso colocar o grande pobre que é a Mãe
Terra, que é a Pachamama, a Magna Mater, a Tonantzin, a Gaia, é o grande
pobre devastado e oprimido", afirmou.
Para Boff, "este organismo
que chamamos Terra e do qual formamos parte" pode, em qualquer momento,
"expulsar-nos como se fôssemos células cancerígenas".
Segundo o
“ecoteólogo”, a "Mãe Terra" estaria preparando um novo ser capaz de
"suportar o espírito". Citando outro conhecido promotor da teologia
marxista da libertação, sancionado pela Congregação para a Doutrina da
Fé, Jon Sobrino, Leonardo Boff sublinhou que "esta terra crucificada,
deverá descer da Cruz, é preciso ressuscitá-la e esta é a tarefa de uma
eco-teologia da libertação".
"A teologia da libertação nasceu
escutando e explicando o grito dos pobres, mas não só os pobres gritam,
gritam as águas, gritam as árvores, gritam os animais, gritam os ventos,
a terra grita", disse.
Segundo Boff, "o universo é autoconsciente”, tem um propósito, e a Terra "começou a pensar, sentir e amar".
O
autor disse ainda que a trindade deve ser entendida como "a grande
energia fundamental", e que trindade significa "comunhão e relações
inclusivas de todos com todos".
Boff pediu também que o conceito
de Revelação seja revisado, afirmando que houve muitas manifestações de
Deus na história, por isso deve-se deixar de buscar que outros se
convertam ao cristianismo.
"Deus chega sempre antes dos missionários e sempre atua antes que os missionários", assinalou.
Para
o defensor da TML, o cristianismo, vai além das "margens estreitas do
catolicismo atual" e que para sobreviver necessita reformular-se e
entrar em harmonia com a "Mãe Terra".
Entre os participantes no
evento também se encontrava o sacerdote peruano Gustavo Gutiérrez,
considerando o pai da teologia marxista da libertação, Jon Sobrino, e o
Bispo de Jales (SP), Luiz Demétrio Valentini, entre outros teólogos
sancionados mais de uma vez pela Igreja.
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