03 Out. 12
LOS ANGELES (ACI).-
O apoio expresso pela Loyola Law School, uma instituição vinculada à
Companhia de Jesus (jesuítas) em Los Angeles (EUA), pelo apoio dado por
esta casa de estudos à fecundação in vitro na Costa Rica foi duramente
criticado por defensores da vida
recentemente. Se a Corte Interamericana de Direitos humanos aprovar
esta medida, pró-vidas envolvidos com o caso alertam que o tribunal
estaria abrindo as portas para o aborto em toda a América Latina.
No dia 3 de setembro, a escola de leis que pertence à Loyola Marymount University em Los Angeles apresentou um "amicus brief" (relatório de um “amigo” da corte) a favor da fecundação in vitro na Costa Rica, em um caso no qual vários casais desse país estão processando o Estado pela proibição desta prática.
O documento foi preparado por um grupo de alunos na International Human Rights Clinic, sob a supervisão do professor Cesare Romano. Com o texto, indicam, "só procuram aconselhar a corte em um assunto que se refere ao litígio".
No dia 3 de setembro, a escola de leis que pertence à Loyola Marymount University em Los Angeles apresentou um "amicus brief" (relatório de um “amigo” da corte) a favor da fecundação in vitro na Costa Rica, em um caso no qual vários casais desse país estão processando o Estado pela proibição desta prática.
O documento foi preparado por um grupo de alunos na International Human Rights Clinic, sob a supervisão do professor Cesare Romano. Com o texto, indicam, "só procuram aconselhar a corte em um assunto que se refere ao litígio".
O "amicus brief"
assinala ademais que a Corte "deve ser clara sobre o debate em relação
ao início da vida e qual é o status legal do embrião" e que a decisão
deve ser tomada considerando "os direitos dos homens e mulheres
inférteis".
O documento indica que sobre o tema do início da vida
"é melhor deixa-lo à vontade dos Estados e suas práticas" e questiona a
Costa Rica por sua decisão de não legalizar a fecundação in vitro.
Uma
declaração da Loyola Law School explicando as razões do relatório
amicus assinala que o texto está "em harmonia com a identidade católica
institucional da Escola de Leis assim como com a herança inaciana".
Por
outra parte, o Dr. Anthony Lilles, professor de teologia espiritual no
St. John Vianney Seminary em Denver, Coolorado, assinalou ao grupo ACI que a "liberdade acadêmica significa ter liberdade para procurar a verdade".
O
perito disse que "as universidades católicas precisam ser instrumentos
da verdade" e expressou sua esperança de que "a faculdade siga
trabalhando com esses alunos (autores do amicus brief) para que tenham
melhores juízos morais".
Até a data desta edição ACI Digital tentou contatar o professor Romano e os autores do texto sem obter resposta.
O
apoio dos alunos da escola jesuíta se une ao já expresso por vários dos
juizes da Corte Interamericana de Direitos humanos, entre os quais se
destaca o presidente Diego García Sayán, do Peru, quem há poucos dias
publicou um artigo a favor do aborto nesse país utilizando as cifras
infladas do Instituto Guttmacher para sustentar sua postura.
Os
outros dois juizes que expressaram seu apoio à fecundação in vitro na
Costa Rica, que abriria as portas ao aborto na América Latina ante a
possibilidade de modificar legalmente o conceito do início da vida
humana, são a jamaicana Margarette May Macaulay e o uruguaio Alberto
Pérez.
Na opinião dos defensores da vida presentes nas últimas
sessões deste caso em São José, Costa Rica, os juizes "mostraram-se
absolutamente parciais ao questionar abertamente se a vida deve ser
protegidaa partir da concepção".
A doutrina católica se opõe à
fecundação in vitro por duas razões primordiais: primeiro, porque se
trata de um procedimento contrário à ordem natural da sexualidade que
atenta contra a dignidade dos esposos e do matrimônio.
Em
segundo lugar porque a técnica supõe a eliminação de seres humanos em
estado embrionário tanto fora como dentro do ventre materno, implicando
vários abortos em cada processo.
A universidade Loyola Marymount
não é a primeira casa de estudos vinculada à Companhia de Jesus
(Jesuítas) que expressaram posturas ou apoio a temas explicitamente
contrários à Doutrina Católica.
No Brasil, a universidade jesuíta
Unisinos (São Leopoldo-RS) organizará este mês um congresso de teologia
continental no qual estarão presentes teólogos e escritores criticados, e
até mesmo censurados pelo Vaticano, por seu apoio à Teologia Marxista
da Libertação como o ex-franciscano Leonardo Boff.
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