7 de outubro
Era o século VII. Osita nascia na Casa dos Essex, nobreza inglesa. Seu
pai era o rei Fredevardo, cristão, piedoso e muito caridoso. A menina
foi educada na tenra idade pelos pais dentro dos rigores da nobreza e no
seguimento de Cristo. Mas depois eles a entregaram aos cuidados das
irmãs beneditinas, que cuidaram tanto da formação espiritual como
intelectual. Posteriormente, o rei a chamou de volta para a vida da
Corte, mundana e frívola, mas necessária.
Costume na época, os casamentos eram
arranjados em acordos entre as casas reais, para fortalecer o poder e
até mesmo para poder mantê-lo. Tal era o destino da bela e jovem
princesa Osita. Obedecendo às regras sociais e políticas da época,
deveria casar-se, com o filho do líder dos saxões, o príncipe Sigero,
ele também muito piedoso e casto.
Apesar de obrigada a obedecer, ela lutou
muito para tentar manter sua virgindade consagrada somente a Cristo,
como havia feito em votos particulares, com autorização do seu
confessor. Mas a pressão familiar foi maior e ela teve de cumprir aquele
contrato entre poderes, títulos e fortunas.
Mesmo assim, não perdeu a fé. Durante a
solenidade do pomposo casamento real, Osita rezou para que um milagre
acontecesse. E conta a tradição que ela foi ouvida, pois o marido
atendeu seu pedido e mantiveram-se casados como irmãos.
Entretanto, na primeira viagem feita
pelo marido, que o obrigou a ausentar-se por algum tempo do castelo,
Osita o surpreendeu no seu retorno. Ela havia cortado seus belos
cabelos, trocado suas roupas por um hábito beneditino e feito do palácio
um convento. Sigero, embora surpreso, permitiu que ela continuasse
reclusa e mandou construir um novo convento para ela, do qual se tornou
abadessa, sendo muito procurado por jovens da nobreza que desejavam ser
suas seguidoras.
Osita, porém, não teve sossego. Anos
depois, quando piratas dinamarqueses invadiram e saquearam a Inglaterra,
Sigero foi morto e o seu convento não foi poupado. O líder dos
invasores encantou-se com a sua beleza e, quando soube que ela era uma
princesa, insistiu para Osita entregar-se a ele. Depois de seguidas
recusas, friamente ele mesmo atravessou seu peito com a espada.
Nos anos seguintes, o túmulo de Osita
foi lugar de uma intensa peregrinação, pois milagres aconteciam e foram
comprovados. Assim, a Igreja autorizou o seu culto e manteve a data da
tradicional celebração em 7 de outubro.
Santa Osita, rogai por nós!
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