13 de outubro
Os esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes missionários
franciscanos são devidos a duas cartas encontradas nas suas residências.
Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano
de Gênova, que escrevera ao irmão Elias de Cortona comunicando o
destino glorioso dos missionários. Esse documento teria sido escrito
poucos dias após os acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja.
O irmão Elias de Cortona era o superior
da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos viajaram da Itália para a
Espanha, desejosos de transferirem-se para o Marrocos, na África, onde
pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo
missionário nas jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela memória de
são Francisco, que morrera no ano anterior.
O chefe do grupo era Daniel, nascido em
Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro
provincial da Ordem naquela região; os outros se chamavam Samuel,
Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanência na
Espanha, transferiram-se para a cidade de Ceuta, no Marrocos.
Era um ato verdadeiramente corajoso,
porque as autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de
propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nos
inúmeros mercados de Pisa, Gênova e Marsiglia, enquanto residiam em
Ceuta. Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar
as pregações entre os infiéis.
Nas estradas de Ceuta, falando em latim e
em italiano, pois não conheciam o idioma local, anunciaram Cristo,
contestando com palavras rudes a religião de Maomé. As autoridades
mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão, foram
classificados como loucos, devendo permanecer na prisão.
Depois de sete dias, todos eles voltaram
à presença do sultão, que se esforçou de todas as maneiras para que
negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então, condenou à morte
os sete franciscanos, que se mantiveram firmes no cristianismo. No dia
10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus corpos,
destroçados.
Todavia os comerciantes cristãos
ocidentais recuperaram os pobres restos, que sepultaram nos cemitérios
dos subúrbios de Ceuta. Em seguida, os ossos foram transferidos para a
Espanha. Hoje, as relíquias são conservadas em diversas igrejas de
várias cidades da Espanha, de Portugal e da Itália.
O papa Leão X, em 1516, canonizou como
santos Daniel e cada um dos seis companheiros, autorizando o culto para o
dia 13 de outubro, três dias após suas mortes.
São Daniel e companheiros, rogai por nós!
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