18 Out. 12
MONTEVIDÉU (ACI/EWTN Noticias).-
O Senado do Uruguai ratificou, por 17 votos contra 14, a despenalização do aborto
até a semana 12 da gravidez, uma decisão que espera agora a promulgação
do presidente José Mujica que já ofereceu seu apoio à norma anti-vista.
Anteriormente o projeto já havia recibido aprovação na câmara de deputados do país no dia 25 de setembro deste ano.
A votação ocorreu pouco depois do resultado de uma pesquisa realizado com 100 mil ligações telefônicas que mostrou que 56 por cento de uruguaios se opõe ao aborto e está favor da defesa da vida desde a concepção.
Anteriormente o projeto já havia recibido aprovação na câmara de deputados do país no dia 25 de setembro deste ano.
A votação ocorreu pouco depois do resultado de uma pesquisa realizado com 100 mil ligações telefônicas que mostrou que 56 por cento de uruguaios se opõe ao aborto e está favor da defesa da vida desde a concepção.
O
artigo 2 do projeto aprovado assinala que "a interrupção da gravidez
(aborto) não será penalizada, e em conseqüência não serão aplicáveis os
artigos 325 e 325 bis do Código Penal, no caso de que a mulher cumpra
voluntariamente os requisitos estabelecidos nos artigos seguintes e seja
realizado antes das 12 semanas de gravidez".
O projeto
estabelece que as mulheres que queiram abortar deverão comparecer diante
de uma comissão de médicos e assistentes sociais aos quais deverá as
informar sobre sua decisão. Depois de cinco dias de reflexão as grávidas
decidirão se submetem ou não ao aborto.
A norma também faz
referência à objeção de consciência e assinala que os médicos e
profissionais da saúde que rejeitem praticar abortos deverão comunicar
na instituição onde trabalham e essa medida será aplicável em todas as
instituições de saúde onde trabalhem.
Sofía Reyes do movimento
Pró-vida disse que os legisladores que aprovaram este projeto
discriminam as mulheres e assegurou que "com lei ou sem lei o trabalho
vai seguir sendo apoiar a mulheres grávidas para que possam ter esse
bebê".
Em agosto deste ano, 20 organizações pró-vida denunciaram
graves faltas à democracia que mostravam a intenção do lobby anti-vida
de impor o aborto no Uruguai.
Os Bispos
do Uruguai expressaram em diversas ocasiões seu rechaço à
despenalização do aborto, recordando a possibilidade de gerar "um
projeto de lei alternativo, que respeite e proteja amulher, a
maternidade, a família e a vida do concebido (…) sem eliminar o direito à vida do concebido não nascido".
No
ano 2008 a Câmara de Deputados aprovou (por 49 votos contra 48) um
projeto de lei que despenalizava o aborto também até a semana 12 de
gravidez.
Naquela oportunidade, o Presidente e médico de
profissão, Tabaré Vásquez, vetou a norma, apoiado pela então Ministra de
Saúde Pública, Maria Julia Muñoz, e o Ministro do Interior Hector
Lescano.
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