04/10/2012
ihu - Paolo Gabriele (foto), ex-mordomo de Bento XVI, durante anos esteve obcecado pela maçonaria e os serviços de inteligência, segundo duas testemunhas.
A reportagem é publicada no sítio Religión Digital, 03-10-2012. A tradução é do Cepat.
As duas testemunhas colocaram-se, nesta terça-feira (02-10), diante dos três juízes que conduzem o processo contra o antigo ajudante de quarto de Joseph Ratzinger, no segundo dia do chamado “julgamento do século”, que acontece nos tribunais vaticanos, precisamente atrás da Basílica de São Pedro.
Entre os depoimentos que foram escutados, nesta terça-feira, foram destaques os de Gianluca Gauzzi Broccoletti e Costanzo Alessandrini, dois dos quatro gendarmes que revistaram a residência particular de Gabriele, no último dia 23 de maio.
A reportagem é publicada no sítio Religión Digital, 03-10-2012. A tradução é do Cepat.
As duas testemunhas colocaram-se, nesta terça-feira (02-10), diante dos três juízes que conduzem o processo contra o antigo ajudante de quarto de Joseph Ratzinger, no segundo dia do chamado “julgamento do século”, que acontece nos tribunais vaticanos, precisamente atrás da Basílica de São Pedro.
Entre os depoimentos que foram escutados, nesta terça-feira, foram destaques os de Gianluca Gauzzi Broccoletti e Costanzo Alessandrini, dois dos quatro gendarmes que revistaram a residência particular de Gabriele, no último dia 23 de maio.
Essa revista aconteceu por ordem do comandante da Gendarmaria e chefe da segurança particular de Bento XVI, Domenico Giani, em consequência das primeiras suspeitas do círculo de pessoas próximas do Pontífice contra o então mordomo.
Gauzzi Brocoletti destacou
que durante o registro foram descobertos milhares de documentos sobre
os assuntos mais variados, não todos confidenciais e muitos baixados da internet.
“Descobrimos milhares de documentos, não recordo se incluíam algumas
pesquisas de história, contudo, o que observamos é que eram muitíssimos
textos que tinham como assunto a maçonaria”, apontou.
Acrescentou que, inicialmente, pretendeu-se realizar uma seleção entre os documentos confidenciais do Papa e
o restante dos papéis, mas após sete horas de seleção, a grande maioria
do material não tinha sido revistada. Diante dessa situação, decidiu-se
colocar tudo em caixas - próximo de 82 -, que foram levadas para a sede
da Gendarmaria Vaticana.
Durante seu depoimento no Tribunal, Alessandrini reconheceu que conhecia Gabriele há muitos anos, mas nunca suspeitou que ele fosse responsável do roubo de documentos reservados do Pontífice.
“Iniciamos o procura no escritório, abrimos um armário muito, mas muito
grande, que continha milhares de folhas, totalmente desorganizadas.
Começamos revistar uma a uma, e eram textos sobre a maçonaria, os
serviços secretos e documentos de internet, difíceis de catalogar”, precisou.
Alessandrini, que liderou a procura, revelou que também confiscaram material informático, uma memória USB e um computador pessoal do acusado.
A advogada de defesa, Cristiana Arru,
perguntou aos dois gendarmes se usaram luvas durante a inspeção. Eles
responderam que não. Em seguida, deram versões semelhantes sobre o local
onde haviam sido encontrados outros objetos, como uma pepita de ouro e
um cheque de 100 mil euros em nome do Papa.
Aparentemente,
a estratégia da defesa será a de colocar em dúvida a legalidade na qual
se realizaram os trabalhos de investigação, com o objetivo de melhorar a
situação do acusado.
O processo continuará nesta quarta-feira
(03-10), às 9h00s [horário local], quando terá início a terceira
audiência do julgamento, para a qual estão convocados outros quatro
gendarmes vaticanos, para prestar depoimento.
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