Foto: Catálogo Toys R Us - Suécia
28 Nov. 12
LONDRES, (ACI/EWTN Noticias).-
Top Toy, a maior produtora de brinquedos da Suécia, encarregada da
franquia Toys R Us nesse país, viu-se "obrigada" a publicar no seu
catálogo publicitário imagens de meninas com brinquedos de armas e meninos com bonecas para não ser acusada de "discriminação de gênero".
Nos
catálogos da Top Toy, uma menina foi apagada digitalmente de uma página
com a figura da "Hello Kitty", a camiseta de outra menina, que
originalmente era rosa, foi pintada de azul claro, e uma menina que
tinha nos braços uma boneca de bebê foi substituída por um menino, entre
outras modificações.
A loja de brinquedos sueca explicou à
imprensa que tinha recebido "treinamento e guia" de uma agência
auto-regulatoria de publicidade para que seus anúncios sejam de "gênero
neutro".
No passado, Top Toy foi repreendida pelos reguladores
publicitários por "discriminação de gênero" em um catálogo anterior, no
qual aparecia um menino disfarçado de super-herói e uma menina vestida
de princesa.
Em declarações recolhidas pelo jornal britânico The
Daily Mail, o diretor de vendas da loja de brinquedos assinalou que "por
muitos anos, vemos que o debate de gênero se tornou tão forte no
mercado sueco que tivemos que nos ajustar".
"Com o novo pensamento
de gênero não há nada que seja correto ou incorreto. Não é uma coisa de
menino ou menina, é um brinquedo para crianças", disse.
Suécia
se viu envolvida na polêmica em meados de 2011, quando foi apresentado
na sua capital Estocolmo, o projeto do jardim de infância Egalia, que
buscava educar os menores sem tratá-los como meninos ou meninas, para
que cada um escolhesse desde pequeno sua "orientação sexual".
Nessa ocasião, a médico psiquiatra Maíta García Trovato explicou ao grupo ACI
que esta situação "além de ser absurda até poderia configurar uma forma
de mau trato infantil" e sublinhou que "as crianças não são porquinho
da índia para serem submetidas a este tipo de experimento social".
"A tentativa de introduzir a ideologia de gênero desde os primeiros anos de vida
é uma das estratégias desenhadas pelos promotores da mesma. No afã de
‘lutar contra os estereótipos’ esquecem coisas tão óbvias como a
diferença sexual que faz a complementariedade de duas pessoas e as leva a
formar um bem que todas as sociedades protegem por ser o hábitat do ser
humano: a família", indicou.
A
Dra. García Trovato remarcou que "a identidade sexual é a íntima
convicção que todos temos de pertencer a um determinado sexo e é uma das
primeiras que se estabelecem na espécie humana".
"Por que
desprezá-la? Por que despertar insegurança nas crianças neste aspecto
tão importante para sua vida? Com que propósito? Que classe de sociedade
se busca? Além disso, e não menos grave, é lícito utilizar os pequenos
para experimentos sociais?", questionou.
A psiquiatra sublinhou
que "As crianças têm direitos. Os adultos, frente a elas, temos deveres.
Entre outros, o de velar pela sua segurança física, mental, emocional e
moral".
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