[ipco]
11 novembro 2012
Nilo Fujimoto
Reproduzo
um e-mail que enviei para meus contatos a propósito dos recentes
acontecimentos violentos que estão sendo perpetrados por criminosos
cujos propósitos não ficam muito claros. Porém, vislumbra-se uma meta:
criar um ambiente propício ao desenvolvimento da guerra psicológica
revolucionária em especial no estado de São Paulo.
* * *
Caros amigos,
A guerra psicológica revolucionária está em curso.
Leiam o trecho marcado na notícia. Não é estranho?
Há gente que recebe ordens por aí, e as cumprem…
Leiam o trecho marcado na notícia. Não é estranho?
Há gente que recebe ordens por aí, e as cumprem…
Nilo Fujimoto
Mas, antes leiam Dr. Plinio:
19 de maio de 1983
Entrevista sobre: a obra
“Revolução e Contra-Revolução”; o movimento pacifista (“Peace
Mouvement”); explanação a respeito da guerra psicológica revolucionária;
a posição da Igreja hoje em relação ao problema da Revolução e da
Contra-Revolução
(Locutor: O senhor fala na III parte no livro sobre a
guerra psicológica revolucionária. O sr. poderia explicar a relação
disso com o fenômeno Revolução?)
De bom grado. A guerra psicológica revolucionária está baseada num fato experimental que é o seguinte:
Os homens não são governados apenas por silogismos, mas eles são
governados também por reflexos, por movimentos de alma vários que os
levam, os impelem de um lado para outro sem que eles racionalmente se
deem conta do que estão fazendo. Isso é especialmente claro na infância, é especialmente claro na outra extremidade da vida, quando a pessoa imerge na senilidade.
Mas também é claro em muitos aspectos na alma do homem contemporâneo,
tão amigo de uma “espontaneidade” que se deveria pronunciar como se
estivesse escrito entre aspas, e que não é senão o realizar
absolutamente livre de todos os caprichos, mesmos quando irracionais.
São reflexos de alma.
Ora, esses reflexos de alma podem ser influenciados por
circunstâncias externas. Isso é da experiência de todos os dias. A
pessoa está alegre, entra numa sala decorada com gravidade, pode por
isso sentir-se triste. Ou pode sentir convidada para a reflexão. Uma
pessoa pelo contrário está muito refletida e ponderada, passa por um
jardim com uma apresentação botânica muito agradável, seu estado de
espírito pode mudar e ele sente-se alegre. As circunstâncias estranhas
condicionam a atitude temperamental do homem.
Compreende-se também que a vontade de lutar ou a vontade de
descansar, a vontade de avançar ou a vontade de fugir, enfim, os mil
movimentos do instinto de conservação, ou do desejo de predomínio, esses
mil movimentos possam ser condicionados por fatores extrínsecos.
(…)
Essas coisas produzem estados de espírito diversos.
A partir disso, que é corrente, desenvolveu-se uma ciência que visa o seguinte: conhecer quais são as circunstâncias que influenciam a vontade da pessoa,
do especialista, o estado de espírito de terceiros, sem que os
terceiros percebam. Esses terceiros podem ser 1, 2, 3 pessoas, que o
especialista quer influenciar. Mas pode ser uma multidão também.
Influenciar as multidões por meio de estímulos desses, músicas, canções,
prédios, hábitos sociais – que sei eu! – até uma forma nova de sorvete,
pode condicionar em algo o estado de espírito de uma multidão.
Nessas condições a gente compreende que um país possa ter
eminentes especialistas que provoquem no país adversário, ou pelo menos
rival, as reações temperamentais que levam a opinião pública a atitudes desanimadas, atitudes moles, atitudes frouxas, a um otimismo tolo, na hora da luta e do sacrifício. (…)
Guerrear tirando do adversário a vontade de fazer a guerra é um modo
ainda de guerrear. E a isto se chama hoje em dia uma arma a mais.
(…)
Agora o que é guerra psicológica revolucionária? Pode ser que uma
determinada corrente empenhada em fazer uma Revolução use esses recursos
contra as classes sociais ou contra as correntes ideológicas que se
oponham a essa Revolução. É o caso do comunismo. Ele usa contra a
burguesia toda a forma de recursos destinados a tirar da burguesia a
vontade de resistir; a tirar a classe popular a conformidade e boa
amizade com a burguesia e a jogá-la contra burguesia,
subconscientemente, por meio de estímulos. Esta é a guerra psicológica
revolucionária.
A reportagem é a que segue. Prestem bem atenção, e perceberão que há uma mão invisível mexendo aqui, lá e acolá.
Boatos sobre toque de recolher em São Paulo ‘apavoram’ pais e levam escola a suspender aulas
Do UOL, em São Paulo, 09/11/2012 17h11
Mesmo sem a confirmação oficial de um suposto toque de recolher na
cidade de São Paulo, o Núcleo de Aprendizagem Profissional, localizada
em Santo Amaro, zona sul da capital, decidiu dispensar todos os seus
alunos, além dos funcionários que moram na região. Foi o que informou
Eliane Valério de Souza, assistente administrativa da escola.
“A decisão foi tomada pela superintendência do núcleo, que mediante a
onda de violência nos bairros da zona sul da cidade optou por assegurar
a segurança de seus alunos e profissionais”, disse ela, que
caracterizou a medida como preventiva. O núcleo tem cerca de 100 alunos
por dia.
A Secretaria do Estado de Segurança de São Paulo, no entanto, alertou
que não há o registro de toque de recolher em nenhum município do
Estado, nem mesmo na capital paulista.
Ainda assim os boatos amedrontam pais e alunos. No CEU (Centro
Educacional Unificado) Vila Rubi, também na zona sul da capital, muitos
pais foram buscar seus filhos mais cedo, como informou Claudio José
Alves Ferreira, gestor do local. “Há muitos pais apavorados com o que
têm visto na TV e, principalmente, com os boatos do suposto toque de
recolher”, afirmou. Segundo ele, a ronda escolar no local foi reforçada
pela crescente onda de violência na região.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Miguel Vieira Ferreira,
na Cidade Dutra, não suspendeu as aulas e informou que os alunos só
serão liberados mediante a autorização dos pais. As aulas também serão
normais na Escola Professora Beatriz Lopes, na mesma região. Segundo a
atendente, apenas um aluno saiu mais cedo devido ao medo.
Os boatos também motivaram uma operadora de turismo na rua
Sete de Abril, na República, região central da capital, a dispensarem
seus funcionários cerca de 30 minutos antes. Um deles, que preferiu não
divulgar o nome, disse ter sido informado da liberação por causa do
toque de recolher na cidade. Mas, quando ele questionou sobre a
procedência da informação, o gestor não soube responder. “Se ele não
sabe de quem veio a informação, está claro que não passa de boatos. Até
porque os bares da rua continuam todos abertos e com a movimentação
normal”, relatou ele.
Onda de crimes no Estado de São Paulo
7.nov.2012 – Um delegado da Polícia Civil foi baleado na noite desta
terça-feira (6) na avenida Celso Garcia, na Penha, zona leste de São
Paulo (SP). Mesmo ferido, ele dirigiu até batalhão da PM para pedir
socorro Mais Hélio Torchi/Futura Press
Onda de violência
Em menos de 15 horas, a região metropolitana de São Paulo registrou
15 mortes. Os casos ocorreram entre a noite de ontem (8) e a manhã desta
sexta-feira (9) nas zonas sul e leste da capital, bem como nas cidades
de Santana de Parnaíba e Santo André, no ABC Paulista.
Desde setembro, a violência na cidade já causou a morte de 982 civis,
assim como a de 90 policiais, a maioria fora de serviço. A violência é
atribuída pelas autoridades como uma reação do Primeiro Comando da
Capital (PCC), a principal organização criminosa de São Paulo, que é
comandada de dentro das cadeiras. Na quinta-feira (8), Antônio Cesário
da Silva, o Piauí, apontado como chefe do tráfico de drogas na favela de
Paraisópolis, foi transferido da penitenciária do Avaré para o presídio
federal de Porto Velho (RO).
Em Santo André, cinco pessoas morreram a tiros em dois ataques.
Outras três foram baleadas, mas sobreviveram aos ferimentos. Segundo
informações da Polícia Militar, todos eram moradores de rua e usuários
de drogas.
Outros dois homens foram assassinados em uma praça de Santana de
Parnaíba, a pouco metros da Guarda Civil da cidade. Os criminosos
passaram atirando e atingiram três homens, apenas um deles conseguiu
sobreviver.
A capital paulista também registrou algumas mortes. No Jardim São
Luís, zona sul de São Paulo, foram registrados ataques em mais quatro
ruas num intervalo de 30 minutos, que deixaram quatro mortos e duas
pessoas feridas. Entre os mortos estão um motociclista baleado por dois
suspeitos que também estavam numa moto e um homem de 27 anos que saiu
para fumar na frente de casa.
Também na zona sul da cidade, no bairro de Cidade Dutra, dois homens
em uma moto atiraram contra um grupo de pessoas que estava em frente a
um sacolão. Um homem morreu. Nesta mesma região, um ônibus foi
incendiado. O cobrador não conseguiu deixar o veículo em tempo de
escapar das chamas e foi levado, em estado grave, ao Pronto-Socorro do
Grajaú.
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