jbpsverdade: Exelente artigo postado por Rafael de Paula em 19/10/2012, leia com bastante atenção o que escreve o padre Lodi sobre o homossexualismo. Retirado do blog nossasenhorademedjugorje.
POR PADRE LUIZ CARLOS LODI DA CRUZ
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Um amigo que várias vezes defendeu-me enquanto
estava sendo processado pelo uso da palavra “abortista” publicou um artigo em
que afirma não crer que o homossexualismo seja antinatural
Não é fácil nem agradável corrigir um amigo. Mas a
escritura fala da correção fraterna como de um dever grave, por cuja omissão
deveremos prestar contas a deus (ver, por exemplo, ez 3)
Constrangido pelo dever, escrevo no
intuito de demonstrar que os atos libidinosos praticados entre pessoas do mesmo
sexo são antinaturais. Servir-me-ei de
santo tomás de aquino: não de sua
autoridade, mas de sua argumentação, que é puramente racional e não cita um
versículo sequer de bíblia quando trata desse assunto.
Na suma teológica, o santo doutor pergunta “se o vício contra a natureza é o pecado
maior nas espécies de luxúria” (ii-ii, q. 154, a. 12). Começando por enumerar
as possíveis objeções à sua tese – como costuma fazer – o aquinate depois vai
ao “corpo” do artigo e explica que “a pior corrupção é a do princípio”. Um
pecado que corrompe a natureza do ato conjugal – como o a bestialidade
(conjunção carnal com animais), o homossexualismo (conjunção carnal entre
pessoas do mesmo sexo), as práticas aberrantes no acasalamento (entre pessoas
de sexo diverso) e a masturbação (excitação sexual solitária) – é mais grave do
que um pecado que “apenas contraria o que está determinado pela reta razão,
resguardando-se os princípios naturais” – como o adultério (ato sexual entre
uma pessoa casada e outra que não o próprio cônjuge) e a fornicação (ato sexual
entre um homem e uma mulher solteiros)
O homossexualismo pertence à primeira classe dos
pecados de luxúria. Ele não se contenta em usar da
natureza contra a reta razão: viola a própria natureza. Entre os vícios contra
a natureza, ele ocupa o segundo lugar, perdendo apenas para a bestialidade. Talvez
seja por sua especial gravidade que esse pecado tenha sido escolhido como
motivo de “orgulho”, com marchas, campanhas e ameaça de perseguição aos
discordantes (“homofóbicos”). Quem
exalta o homossexualismo deve fazê-lo com a intenção de afrontar a deus ao
máximo
Mas o que é a natureza? O mesmo que essência ou
quididade. É aquilo que caracteriza a coisa em sua intimidade. Responde à
pergunta: “o que é a coisa?”.
Se perguntarmos: “o que é o ato sexual?”, a resposta
deverá incluir três notas: a dualidade, a complementaridade e a fecundidade. Não
pode haver um ato sexual solitário (masturbação), pois isso fere a dualidade.
Não basta que haja duas pessoas, é preciso que elas sejam complementares
(fisiológica e psicologicamente): um homem e uma mulher. É preciso ainda que
tal ato seja realizado de modo a abrir-se à procriação: ele é naturalmente
fecundo. Nada disso existe nos atos de homossexualismo.
Segundo o direito canônico – que extrai suas fontes tanto da revelação quanto
do direito natural – diz-se que o matrimônio foi consumado
“se os cônjuges realizaram entre si, de modo humano, o ato conjugal apto por si
para a geração da prole, ao qual por sua própria natureza se ordena o
matrimônio, e pelo qual os cônjuges se tornam uma só carne“ (cânon
1061, §1º).
este ato consiste em: erectio (ereção), penetratio (penetração), ejaculatio
in vaginam (ejaculação dentro da vagina)
Os que não entendem que o homossexualismo seja
antinatural, talvez usem “natural” no sentido de “habitual”. O hábito, porém,
não se confunde com a natureza. Um hábito acrescentado à natureza produz uma
inclinação que a natureza, por si só, não tem. Um hábito contrário à natureza é
capaz de inclinar a faculdade a agir contra a natureza. Tal inclinação
habitual, não é, porém, natural.
No entanto, diz um provérbio que “o hábito é uma
segunda natureza”, isto é, tanto o hábito quanto a natureza produzem alguma
tendência. Se a tendência produzida pelo hábito aperfeiçoa a natureza (a
tendência de comer moderadamente, adquirida pela repetição de mortificações do
paladar), ótimo. Se a tendência produzida pelo hábito corrompe a natureza (a
tendência de praticar conjunção carnal com pessoas do mesmo sexo adquirida pela
repetição de atos homossexuais), péssimo.
O movimento homossexualista tem tudo a ver com a
causa antivida. Ele tenta destruir a família, que
o saudoso beato João Paulo II chamava “o santuário da vida”. Se quisermos verdadeiramente defender a vida,
temos que defender com todas as forças a virtude da castidade, que regula o
instinto sexual segundo a razão. É aos puros de coração que Jesus fez esta
maravilhosa promessa: “verão a deus” (mt 5, 8)
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