Ignacio Arsuaga
09 Nov. 12
MADRI, (ACI/EWTN Noticias).-
O presidente do grupo pró-vida
HazteOír, Ignacio Arsuaga, assegurou que apesar da recente sentença do
Tribunal Constitucional (TC) da Espanha que permite o mal chamado "matrimônio" gay, "não chamarei de matrimônio aquilo que não é".
Em uma carta dirigida aos mais de 300,000 membros do grupo espanhol defensor da família,
Arsuaga assinalou que "o Tribunal Constitucional diz que a união de
dois homens ou duas mulheres é um matrimônio. Eu sei que não é assim".
"O
matrimônio e as uniões homossexuais são realidades distintas e,
portanto, não podem ser regulamentadas da mesma forma", assegurou.
Arsuaga
advertiu em sua missiva que "se o matrimônio se desnaturalizar, se
qualquer outra realidade for um matrimônio, então, a família, que é o
refúgio mais seguro da liberdade e do amor, corre um sério perigo".
"Se as crianças
perderem o direito a ter um pai e uma mãe, então, nossos legisladores
os estão usando como cobaias em um irresponsável experimento de
engenharia social", denunciou.
O presidente do HazteOír advertiu
que o TC também aprovou que casais do mesmo sexo possam adotar crianças,
por isso estes "já não têm direito a um pai e uma mãe".
"Nego-me a aceitar que sejam feitas experiências com as crianças", disse.
Por
sua parte, Álvaro Zululeta, em representação do HazteOír e do Congresso
Mundial de Famílias (WCF), apresentou-se na sede das Nações Unidas em
Genebra (Suíça), na sala em que se realizam as reuniões plenárias do
Conselho de Direitos Humanos, e denunciou ao Tribunal Constitucional
espanhol por recortar os direitos e liberdades individuais, ao legalizar
o "matrimônio" gay.
Zululeta assinalou que o respeito devido aos
direitos das pessoas com atração ao mesmo sexo (AMS) não deve levar a
restringir ou violentar a liberdade de quem não compartilha esta
redefinição da instituição matrimonial, afastada da realidade.
A equiparação do matrimônio a outras uniões é um atentado direto contra a família, sublinhou.
Zululeta
indicou que a resolução do TC viola o direito à objeção de consciência,
ao impor sanções, incluídas expulsões e multas, a quem não acate a
imposição da ideologia gay.
O TC também violenta a liberdade
educativa, pois os menores serão doutrinados desde pequenos na nova
"ortodoxia homossexual", tirando dos pais o direito de ser os primeiros
educadores de seus filhos, denunciou.
A liberdade de expressão e
religiosa também se encontram ameaçadas penalmente, assinalou, pois quem
não aceite as uniões homossexuais como equivalentes ao matrimônio
natural será acusado de discriminação, e poderá ser denunciado, como
ocorreu com o Bispo de Alcalá de Henares, Dom Juan Antonio Reig Plà.
Zululeta
remarcou que a sentença do TC a favor dos "matrimônios" homossexuais
agravará a crise social que a Espanha sofre atualmente, ao minar a
natureza da instituição fundamental da família.
Os recortes de
liberdades, assinalou, só favorecem aos interesses de um grupo de
pressão minoritário, que com tais imposições demonstra sua intolerância.
Ignacio
Arsuaga sublinhou que equiparar o matrimônio às uniões homossexuais
seria dizer que "a contribuição do matrimônio e da família ao bem-estar e
à prosperidade da sociedade terão o mesmo valor que a de outras
realidades que não contribuem o mesmo".
"É injusto que as leis reconheçam e regulem da mesma forma realidades que são diferentes".
Por
isso, Arsuaga anunciou o lançamento da campanha "Eu não o chamarei
matrimônio", que tem como objetivo enviar petições ao presidente do
governo espanhol, Mariano Rajoy, pedindo-lhe "que recupere o matrimônio
no Código Civil".
"As palavras importam. Respeitar a natureza das coisas e seu significado é transcendental, quando falamos de leis", indicou.
Esta
carta, explicou o presidente do HazteOír, é também um pedido a Rajoy
para que seja consequente com o recurso de inconstitucionalidade
apresentado pelo Partido Popular em 2005 contra o "matrimônio" gay, que
foi recentemente desprezado pelo TC.
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