04 Dec 2012
Julio
Severo
Durante anos, tenho defendido a excelente
postura do Vaticano sobre o aborto e o homossexualismo. Além disso, o Vaticano
é a única instituição cristã grande que tem uma posição correta sobre a
contracepção.
Contudo, quando toca no assunto de
Israel, o Vaticano não demonstra a mesma excelência que mostra em suas posturas
morais. Recentemente, o WND
noticiou que o Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho do
Vaticano para a Cultura, comentou sobre o episódio recente em que, depois de
receber uma chuvarada de mísseis, Israel atacou o agressor, o grupo terrorista
Hamas. O cardeal criticou fortemente o povo judeu, dizendo: “Penso no ‘massacre
dos inocentes’. Crianças estão morrendo em Gaza, os gritos de suas mães são
incessantes e universais.”
O cardeal comparou a retaliação
israelense em Gaza com a história no Novo Testamento onde bebês judeus foram
assassinados por Herodes num esforço para matar Jesus.
Mas essa comparação é ridícula,
pois em seus contra-ataques aos terroristas, Israel não mira especificamente
crianças, porém sabe-se que os terroristas propositadamente se misturam em
áreas com famílias e crianças justamente para tentar impedir Israel de
atacá-los.
Será que o Vaticano acha que a
chuvarada de mísseis palestinos tem como alvo terrenos baldios? São mísseis
inteligentes que não acertam crianças israelenses?
O fato é que há registros de
ataques terroristas palestinos específicos contra ônibus escolares de Israel. O
alvo deliberado eram crianças. Mas nesses casos, o Vaticano nunca comparou a
matança de crianças israelenses com o massacre de Belém.
No entanto, os erros grosseiros do
Vaticano não terminam aí.
De acordo com NewsMax,
o Vaticano saudou com alegria o fato de que em votação da semana passada, a ONU
reconheceu um Estado palestino dentro do território que Deus deu aos
descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Aproveitando a votação, o Vaticano pediu
que Jerusalém fosse internacionalizada, tirando de Israel todo direito à sua
eterna cidade.
No ano 2000, o Vaticano e a
Organização para a Libertação da Palestina assinaram um acordo básico sobre
Jerusalém, num esforço para quebrar o controle judeu sobre sua cidade. Os palestinos
— que são majoritariamente árabes e muçulmanos — reivindicam Jerusalém como sua
capital.
Para internacionalização: Vaticano ou Jerusalém? |
O próprio presidente Ronald Reagan entendia
que Jerusalém não podia ser dividia, e que não pode haver um Estado palestino,
porque um país palestino, na opinião dele, significaria o fim de Israel.
Nem todo católico acompanha o
Vaticano nos seus erros sobre Israel. Geert Wilders, político católico
holandês, é não somente um defensor de Israel, mas tem também denunciado, mediante
seu vídeo Fitna, o terrorismo islâmico de uma forma que o Vaticano nunca fez.
Seu vídeo está disponível aqui: http://youtu.be/3ShUH3qEDD4
Wilders não é o único católico
pró-Israel. No Rio de Janeiro, conheci jovens católicos pró-vida que, como eu,
defendem Israel.
Depois da recente chuvarada de
mísseis que o grupo terrorista Hamas mandou sobre Israel, a vasta maioria dos
países da ONU, inclusive o Brasil, votou para dar legitimidade a um Estado
palestino que agride Israel, sob a saudação do Vaticano. É a própria ONU dando
a mensagem de que o terrorismo compensa.
O Vaticano, que tem escolhido o
caminho da excelência moral na questão do aborto e homossexualismo, cometeu o
erro estúpido de saudar com alegria a oficialização de um estado terrorista.
Será que deveríamos também saudar com alegria quando algum grupo terrorista
também reivindicar o Vaticano?
Com relação ao pedido do Vaticano
para que Jerusalém seja internacionalizada, por que o Vaticano não dá o exemplo
e entrega todo o seu território para a internacionalização?
Tenho certeza de que os palestinos
muçulmanos adorariam transformar a sede do Vaticano numa suntuosa mesquita e
base de operações.
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