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São
Paulo, 21 fev (ANSA/ Por Carlo Cauti) - Para o cardeal brasileiro e
arcebispo-emérito da Arquidiocese de Salvador, dom Geraldo Majella
Agnelo, a eleição do sucessor do papa Bento XVI não será uma questão de
nacionalidade nem de idade, mas “o próximo Papa deverá ter a capacidade
de enfrentar os novos desafios para o ministério de São Pedro”.
Em uma entrevista telefônica à ANSA (agência italiana de Notícias), o cardeal Majella, que vai participar do conclave que elegerá o novo Pontífice, explicou que há “uma expectativa muito grande para esse conclave, considerando o momento que estamos vivendo, com suas dificuldades e seus desafios”. Segundo o cardeal, as maiores dificuldades da nossa época são “a violência, que está por toda a parte, com uma falta generalizada de diálogo, de procurar resolver as questões de modo pacífico. E também o egoísmo das pessoas que fazem o que eles acreditem no melhor e não seguem o que é proposto para o cristão, que não é invenção humana do Papa, mas vem da palavra de Cristo”. “A única razão que levou o Papa à renúncia foi a incapacidade física . Ele já não tem a capacidade física de enfrear os desafios do ministério, mas não está fugindo do dever, está querendo colocar adiante as necessidades da Igreja, e está sentindo que o tempo está passando e as forças estão sempre menores. Ele está preocupado em falhar dando prosseguimento ao seu trabalho”, disse dom Majella, referindo-se aos boatos sobre as razoes que levaram Bento XVI à demissão.
De acordo com ele, o próprio Papa “terá de prosseguir aquilo que Deus confiou a Pedro, terá de administrar a Igreja junto com a cúria romana. O número dos dicastérios aumentou, e tudo isso pede um cuidado maior e sempre mais atento por parte da cúria e do Papa”. Comentando o caso do cardeal norte-americano Roger Mahony, acusado de ter encoberto dezenas de casos de pedofilia nos Estados Unidos, o cardeal Majella disse que é “muito triste que ele seja colocado nessa posição diante da opinião pública, uma posição em que ele é condenado. Deve ser muito sofrido para ele, mas isso não quer dizer que ele possa ser impedido de entrar no conclave”. “Todos podem votar e ser votados. Acusações de pedofilia e homossexualismo são coisas muito graves, mas não pode impedir que ele [Roger Mahony] seja barrado de entrar no conclave. Ele não é o único caso no mundo. O desafio maior para a Igreja, para os cardeais, bispos e para o Papa é acabar com as conivências e com os que não levem até às últimas consequências esses casos, excluindo os culpados do estado clerical, e também apontando muito na formação”, declarou o arcebispo-emérito de Salvador.
Para o cardeal Majella, “isso será motivo de uma revisão muito grande. O próximo Papa tem de agir com força nessa direção. Bento XVI falou com muita clareza, mas cardeais e bispos ainda tem de ser chamados a exercer a disciplina e devem tomar o meio jurídico para fazer que esses que têm o poder, ou melhor, o dever, de agir dessa forma, não fiquem atrás, não fiquem querendo agir com muita paciência, tem de haver uma disciplina muito mais rigorosa”. Comentando o pedido do grupo católico norte-americano, o Catholics United, que o cardeal Roger Mahony não vote na escolha do sucessor de Bento XVI, dom Geraldo Majella disse que “tecnicamente, pelo direito canônico, não é possível impedir a um cardeal de votar, por nenhum motivo. O direito canônico não contempla essa eventualidade”.
Em uma entrevista telefônica à ANSA (agência italiana de Notícias), o cardeal Majella, que vai participar do conclave que elegerá o novo Pontífice, explicou que há “uma expectativa muito grande para esse conclave, considerando o momento que estamos vivendo, com suas dificuldades e seus desafios”. Segundo o cardeal, as maiores dificuldades da nossa época são “a violência, que está por toda a parte, com uma falta generalizada de diálogo, de procurar resolver as questões de modo pacífico. E também o egoísmo das pessoas que fazem o que eles acreditem no melhor e não seguem o que é proposto para o cristão, que não é invenção humana do Papa, mas vem da palavra de Cristo”. “A única razão que levou o Papa à renúncia foi a incapacidade física . Ele já não tem a capacidade física de enfrear os desafios do ministério, mas não está fugindo do dever, está querendo colocar adiante as necessidades da Igreja, e está sentindo que o tempo está passando e as forças estão sempre menores. Ele está preocupado em falhar dando prosseguimento ao seu trabalho”, disse dom Majella, referindo-se aos boatos sobre as razoes que levaram Bento XVI à demissão.
De acordo com ele, o próprio Papa “terá de prosseguir aquilo que Deus confiou a Pedro, terá de administrar a Igreja junto com a cúria romana. O número dos dicastérios aumentou, e tudo isso pede um cuidado maior e sempre mais atento por parte da cúria e do Papa”. Comentando o caso do cardeal norte-americano Roger Mahony, acusado de ter encoberto dezenas de casos de pedofilia nos Estados Unidos, o cardeal Majella disse que é “muito triste que ele seja colocado nessa posição diante da opinião pública, uma posição em que ele é condenado. Deve ser muito sofrido para ele, mas isso não quer dizer que ele possa ser impedido de entrar no conclave”. “Todos podem votar e ser votados. Acusações de pedofilia e homossexualismo são coisas muito graves, mas não pode impedir que ele [Roger Mahony] seja barrado de entrar no conclave. Ele não é o único caso no mundo. O desafio maior para a Igreja, para os cardeais, bispos e para o Papa é acabar com as conivências e com os que não levem até às últimas consequências esses casos, excluindo os culpados do estado clerical, e também apontando muito na formação”, declarou o arcebispo-emérito de Salvador.
Para o cardeal Majella, “isso será motivo de uma revisão muito grande. O próximo Papa tem de agir com força nessa direção. Bento XVI falou com muita clareza, mas cardeais e bispos ainda tem de ser chamados a exercer a disciplina e devem tomar o meio jurídico para fazer que esses que têm o poder, ou melhor, o dever, de agir dessa forma, não fiquem atrás, não fiquem querendo agir com muita paciência, tem de haver uma disciplina muito mais rigorosa”. Comentando o pedido do grupo católico norte-americano, o Catholics United, que o cardeal Roger Mahony não vote na escolha do sucessor de Bento XVI, dom Geraldo Majella disse que “tecnicamente, pelo direito canônico, não é possível impedir a um cardeal de votar, por nenhum motivo. O direito canônico não contempla essa eventualidade”.
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