domingo, 24 de fevereiro de 2013

Deus pediu dedicação à oração, disse papa Bento 16 em último Angelus


Do UOL, em São Paulo



24.fev.2013 - Papa Bento 16 celebra sua última missa dominical, no Vaticano, antes da renúncia marcada para 28 de fevereiro Efe/Osservatore Romano
 "Deus me pediu para dedicar-me à oração e à meditação", afirmou neste domingo o papa Beto 16 para milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro para sua última oração do Angelus como pontífice, mas ele completou que não abandonará a Igreja.
Com a voz marcada pela emoção e interrompido pelos aplausos, o papa declarou: "Neste momento de minha vida, sinto que a palavra de Deus está dirigida a mim. O Senhor me chama a subir ao monte, a dedicar-me ainda mais à oração e à meditação".
Mas, mesmo fora do comando da Igreja Católica, o papa disse que estará sempre junto e próximo aos fiéis e à Santa Sé em "oração". "Isso não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é para que eu possa continuar a servi-la do mesmo modo dedicado com que o fiz até agora, mas de acordo com a minha idade e as minhas forças", disse Bento 16.
O pontífice reforçou o valor da oração, que, segundo ele, dá fôlego a vida espiritual. "Orar não é isolar-se do mundo e de seus problemas, mas tomar o caminho da ação."
Ao fim, agradeceu ainda aos fiéis pelas orações dedicadas a ele e à igreja nesta fase de transição. O agradecimento foi feito em sete diferentes idiomas, entre eles alemão, italiano, polonês, espanhol e português. 
"Obrigado pela presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações que estão me acompanhando todos esses dias."
Cerca de 200 mil fiéis, peregrinos e turistas acompanham a cerimônia para se despedir do pontífice alemão. A segurança do local foi reforçada por 2.000 homens, entre agentes de polícia e voluntários. Também foram instalados detectores de metal na praça.

A renúncia 

O papa Bento 16 anunciou sua renúncia no dia 11 de fevereiro em um discurso pronunciado em latim durante um encontro de cardeais no Vaticano. Ao justificar sua decisão, o pontífice de 85 anos alegou fragilidade por conta da idade avançada.

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