27 Mar 2013
A Via Sacra ‒ também conhecida como Via Crucis, Estações da Cruz ou Via Dolorosa ‒ é uma devoção que consiste numa peregrinação feita em oração e ajudada por uma série de quadros ou imagens que representam cenas da Paixão de Cristo.
A Via Sacra mais conhecida hoje é a rezada no Coliseu de Roma, na Sexta-Feira santa, com a participação do próprio Papa.
As imagens representando as cenas da Paixão podem ser de pedra, madeira ou metal, pinturas ou gravuras.
Elas estão dispostas a intervalos nas paredes ou nas colunas da igreja.
Mas, às vezes podem se encontrar ao ar livre, especialmente nas estradas que conduzem a uma igreja ou santuário. Uma Via Sacra muito conhecida é a do santuário de Lourdes, França.
Nos mosteiros as imagens são muitas vezes colocadas nos claustros.
O
exercício da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram
espiritualmente o percurso de Jesus carregando a Cruz desde o Pretório
de Pilatos até o monte Calvário, meditando à Paixão de Cristo.
Dados históricos da devoção
A tradição afirma que a Virgem Santíssima costumava visitar diariamente os locais da Paixão de Cristo.
A Via Dolorosa de Jerusalém foi reverentemente sinalizada desde os primeiros tempos e foi uma meta dos piedosos peregrinos desde os dias do imperador Constantino.
São Jerônimo fala das multidões de peregrinos de todos os países que costumavam visitar os lugares santos e percorriam piedosamente a Via da Paixão de Cristo.
A tradição afirma que a Virgem Santíssima costumava visitar diariamente os locais da Paixão de Cristo.
A Via Dolorosa de Jerusalém foi reverentemente sinalizada desde os primeiros tempos e foi uma meta dos piedosos peregrinos desde os dias do imperador Constantino.
São Jerônimo fala das multidões de peregrinos de todos os países que costumavam visitar os lugares santos e percorriam piedosamente a Via da Paixão de Cristo.
O
desejo de reproduzir os lugares sagrados em outras terras, a fim de
satisfazer a devoção daqueles que estavam impedidos de fazer a
verdadeira peregrinação, apareceu muito cedo.
No século V, São Petrônio, bispo de Bolonha erigiu no mosteiro de São Estévão (Santo Stefano em italiano) um conjunto de capelas com as estações.
O mosteiro ficou familiarmente conhecido como “Hierusalem”.
Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve forte expansão na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII).
O romeiro inglês William Wey que visitou a Terra Santa em 1458, em 1462 descreveu a maneira usual para seguir as pegadas de Cristo em Sua jornada de dores redentores.
No século V, São Petrônio, bispo de Bolonha erigiu no mosteiro de São Estévão (Santo Stefano em italiano) um conjunto de capelas com as estações.
O mosteiro ficou familiarmente conhecido como “Hierusalem”.
Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve forte expansão na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII).
O romeiro inglês William Wey que visitou a Terra Santa em 1458, em 1462 descreveu a maneira usual para seguir as pegadas de Cristo em Sua jornada de dores redentores.
As 14 Estações
A Via Sacra se tornou uma das mais populares devoções católicas.
O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.
O número de estações, passos ou etapas, da dolorosa procissão do Bom Jesus, nosso Redentor, foi definido paulatinamente chegando à forma atual, de quatorze estações, ou passos, no século XVI.
As 14 estações são as seguintes: (CLIQUE PARA VER)
1ª Estação: Jesus é condenado à morte
2ª Estação: Jesus carrega a cruz às costas
3ª Estação: Jesus cai pela primeira vez
4ª Estação: Jesus encontra a sua Mãe
5ª Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus
6ª Estação: A Verônica limpa o rosto de Jesus
7ª Estação: Jesus cai pela segunda vez
8ª Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
9ª Estação: Terceira queda de Jesus
10ª Estação: Jesus é despojado de suas vestes
11ª Estação: Jesus é pregado na cruz
12ª Estação: Jesus morre na cruz
13ª Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe
14ª Estação: Jesus é enterrado
Em cada estação é feita uma meditação sobre o passo e o costume é rezar também um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Padre.
O percurso da Via Sacra não deve ter interrupções. Mas é permitido assistir a uma Missa, confessar e comungar em meio ao piedoso exercício.
A indulgência plenária
Não existe uma devoção mais ricamente dotada de indulgências do que a Via Sacra.
As indulgências estão ligadas à cruz posta sobre as imagens que devem ser canonicamente erigidas.
Condições para ganhar a indulgência
Concede-se
indulgência plenária a quem pratique o exercício da Via Sacra. Para que
este se possa realizar, requerem-se quatorze cruzes postas em série
(com alguma imagem ou inscrição, se possível) e devidamente bentas. O
cristão deve percorrer essas cruzes, meditando a Paixão e a Morte do
Senhor (não é necessário que siga as cenas das quatorze clássicas
estações; pode utilizar algum livro de meditação). Caso o exercício da
Via Sacra se faça na igreja, com grande afluência de fiéis, de modo a
impossibilitar a locomoção de todos, basta que o dirigente do sagrado
exercício se locomova de estação a estação.
Quem não possa realizar a Via Sacra nas condições acima, lucra indulgência plenária lendo e meditando a Paixão do Senhor pelo espaço de meia-hora ao menos.
Quem não possa realizar a Via Sacra nas condições acima, lucra indulgência plenária lendo e meditando a Paixão do Senhor pelo espaço de meia-hora ao menos.
(cfr. d. Estevão Bettencourt, Catálogo das Indulgências)
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