21/03/2013
O deputado federal Jean Wyllys (Psol) chamou o papa Bento
XVI de hipócrita em um tweet direcionado ao Chefe de Estado e líder
máximo da Igreja Católica.
A mensagem do parlamentar foi considerada desnecessária por muitos
internautas. “Foi uma agressão gratuita”, disse ao blog o carioca
Cleiton Ramos.
“Eu pergunto diante disso: quem são os intolerantes aqui? os
religiosos ou os ativistas gays? Acho que o deputado é a resposta para
essa pergunta”, foi o questionamento feito pelo jornalista Kaio
Leonardo, do Espírito Santo.
Já o Baiano João Batista relembra outra colocação infeliz do deputado em que chama os evangélicos de “fundamentalistas, e analfabetos funcionais “.
Para os católicos que se sentiram ofendidos pelo pronunciamento do
deputado federal uma possibilidade é ligar para o gabinete do
parlamentar e, com muito respeito e tranquilidade, registrar a ofensa à
sua chefia de gabinete. O número é: (61) 3215-5646 .
Uma carta aberta ao deputado Jean Wyllys circula na internet
creditada a Renata Gusson. Os internautas tem mudado apenas o
primeiro parágrafo e utilizado o restante do texto de Renata: dep.jeanwyllys@camara.leg.br
Carta aberta ao deputado Jean Wyllys
(em negrito está a parte que pode ser alterada )
V. Exa. deputado Jean Wyllys,
Chamo-me Renata e resido em São Paulo. Sou cidadã brasileira, casada,
mãe de família e profissional.O intuito dessa mensagem é dirigir-me a
V. Exa. no sentido de expor-lhe, data venia, minha indignação e repúdio a
diversas mensagens que V. Exa. postou em seu twitter, como resposta à
primeira mensagem oficial do Santo Padre enviada por este meio de
comunicação.O senhor, em uma clara mensagem que incita o ódio e a humilhação ao
Papa, afirma diversas acusações contra a Igreja Católica. Duas coisas me
chamaram a atenção: primeiro, o senhor, como uma pessoa pública e
representante do povo brasileiro que o elegeu (este povo, que em último
censo realizado pelo IBGE mostrou-se majoritariamente religioso), teve
uma postura desrespeitosa e impertinente.Gostaria de lembrá-lo que o Papa é um chefe de Estado. Aos chefes de
Estado deve-se o respeito e a consideração,por mais que discordemos de
suas posturas éticas, filosóficas ou religiosas. O senhor, neste
ponto,considerou-se acima do respeito devido a um chefe de Estado.Em segundo lugar, eu quero pedir-lhe que me envie as fontes
“primárias” que comprovem TODAS as acusações que o senhor levantou
contra a Igreja Católica. Quero lembrá-lo que, para tanto, será
necessário ir às fontes, não aos impropérios que qualquer professor de
cursinho repete, sem nem mesmo saber o que faz, nas aulas de História,
completamente ideologizadas pela visão marxista antireligiosa.O senhor em seus comentários deveria, por força de justiça, junto com
suas acusações à Igreja, dizer quais foram os bens legados e ainda hoje
mantidos pela MAIOR INSTITUIÇÃO DE CARIDADE EXISTENTE NA FACE DA TERRA.
Se não o fez, prova que a intenção não era a de simplesmente discordar
da visão do Santo Padre e da Igreja Católica, mas a de incitar o ódio
contra eles. O senhor deveria, por exemplo,citar que a Igreja Católica
criou os conceitos de :
- Universidade,
- Hospital (com seu ápice em São Camilo de Lelis, o qual foi o
fundador dos padres e freiras que se dedicam aos cuidados dos doentes e
que deu origem à “Cruz Vermelha”)- Atendimento “humanizado”, baseado na antropologia cristã de que
somos todos imagens e semelhança de Deus. Aqui, vale lembrar que na
India, por exemplo, o sistema de castas afirma que existem os
“intocáveis”, que não devem nem ser tocados pelas pessoas de castas
superiores – vide o trabalho de Madre Teresa de Calcutá)- Avanço nos estudos astronômicos (uma pequena pesquisa pode fazê-lo
ver que grande parte das estrelas e demais corpos celestes mais
importantes receberam nomes de padres jesuítas, exímios astrônomos)- Genética (o monge beneditino Gregor Mendel é considerado o pai da
Genética por ter sido o primeiro a perceber que os fatores hereditários
transmitiam-se de acordo com uma proporção matemática evidenciável)- Cuidado de doentes incuráveis (os leprosários onde ninguém queria
entrar eram cuidados por padres e freiras cujos nomes permanecem no mais
total anonimato, mas que foram heróis da caridade, muitas vezes vindo a
morrer pelas doenças transmitidas pelos doentes dos quais cuidavam
desinteressadamente)- Caridade: apesar de a máxima “fazer aos outro o que quer que ele
lhe faça” ser universal, não podemos negar que ela encontrou um eco
forte e vigoroso entre os cristãos, especialmente os católicos (vide São
Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, São Vicente de Paulo e
tantos e tantos católicos que não vão nunca aparecer na mídia, mas que
são os verdadeiros herois da humanidade)- Ecologia – o respeito pela criação, que vibra tão pujantemente das palavras e ações do “pobre de Assis”.
…
Como podemos evidenciar, deputado, sua mensagem deixou muita coisa
por dizer. Evidenciou uma verdade distorcida, caluniadora e de fracos
argumentos. Entendemos que, com isso, o senhor não teve uma verdadeira
intenção de contrapor-se às ideias do Papa, mas em desrespeitá-lo e
levar outros a fazer o mesmo.Concluo esta mensagem pedindo-lhe que venha a público desculpar-se
pelo viés causado por suas mensagens e também pedir-lhe que, em um
próxima vez, lembre-se que com a fé das pessoas não se brinca; se
respeita, por mais que dela discordemos.
Atenciosamente,
Renata Gusson
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