Paulo R. Campos
Nesta Babel de notícias que revelam a
existência de um plano internacional para se acelerar a destruição da
instituição da família (com a aberrante promoção do homossexualismo, do
controle de natalidade, do aborto, da eutanásia, do divórcio etc.),
deparei-me hoje com uma reportagem auspiciosa para as famílias.
Por ocasião do XIV Congresso de Católicos e Vida Pública,
realizado nos dias 16, 17 e 18 de novembro na Universidade San
Pablo-CEU, de Madrid, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban,
discorreu sobre o tema “Esperança e resposta cristã à crise”, tendo sido calorosamente aplaudido.
Entre outras coisas, ele afirmou que a crise econômica europeia se
deve principalmente a uma crise de ordem espiritual, e que somente por
meio da restauração dos valores cristãos é que a Europa poderá ser
regenerada.
A seguir, um resumo da conferência de Orban
que preparei para os nossos leitores, pois sua tese vale para Brasil —
tanto quanto à solução apresentada para a crise, quanto ao que ele fala
de políticos europeus, que se pode aplicar aos quadrilheiros que operam
(assaltam) neste Pindorama.
A CRISE ECONÔMICA NÃO VEIO POR ACASO
O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban respondeu à pergunta de como foi possível o desmoronamento do sonho de união europeia.
Segundo ele, a crise europeia não veio por acaso, mas pela falta de responsabilidade de seus líderes políticos, quando questionaram as raízes cristãs da Europa, que são a força motriz do Velho Continente.
Como exemplo do atual colapso econômico europeu, citou a questão do
crédito, que antes era concedido a pessoas responsáveis, mas que depois
passou a ser concedido a representantes de países não comprometidos com o
cristianismo.
O que levou nações inteiras a se escravizarem ao crédito — o que não teria acontecido numa Europa verdadeiramente cristã.
Ele lembrou que no Antigo Testamento a usura era proibida, e que a
Igreja sempre rejeitou cobrança de juros abusivos, mas que atualmente os
créditos foram desvinculados de responsabilidades morais. O que
aprofundou a crise.
Segundo Orban os líderes europeus fizeram carreira, ganharam muito
dinheiro e desprezaram os valores cristãos, especialmente a defesa da
família e da vida.
O primeiro-ministro húngaro declarou sua crença de que por trás de
uma economia bem-sucedida há “algum tipo de força motriz espiritual” e
que “a Europa governada de acordo com os valores cristãos se
regeneraria”.
Deu o exemplo do seu país, explicando que aHungria —
uma nação pobre devido ao legado do regime comunista, que a subjugou
por décadas e na qual a pensão média era de apenas 250 euros — teve
início uma reconstrução moral.
Ele lembrou que seu primeiro rei, Santo Estêvão, ofereceu suas armas e o reino à Virgem Maria.
Assim, a nova Constituição húngara é baseada na dignidade, na liberdade, na família, na fidelidade, com obrigação expressa de ajudar os pobres.
Ou seja, ela é baseada nos valores cristãos. O que irritou
profundamente a esquerda europeia, que chegou a condenar a Hungria no
Parlamento de Estrasburgo. Este deseja converter a Europa num continente
ateu, no qual o conceito de família seja substituído pelo
individualismo.
Armas da Hungria: a coroa de Sto. Estevão, o cetro, a espada e o globo |
Com base em sua própria experiência, Viktor Orban propôs uma renovação da cultura e da política baseada nos valores cristãos. Para ele, não há outro caminho.
Ao afirmar isso, o primeiro ministro foi entusiasticamente aclamado pelo público com aplausos que duraram alguns longos minutos.
***
Com essas excelentes ideias, o valoroso primeiro-ministro húngaro seria convidado a falar em Brasília?
Parlamento Húngaro, em Budapeste (Capital) |
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