A primeira votação do conclave, realizada na tarde desta terça-feira
(12), terminou sem a escolha do novo papa. Às 15h41 (horário de
Brasília) a chaminé da capela Sistina soltou fumaça de cor preta,
indicando que os cardeais não chegaram a um consenso sobre o próximo
líder da Igreja Católica Apostólica Romana. Narração da TV do Vaticano.
A primeira votação do conclave, realizada na tarde desta terça-feira
(12), terminou sem a escolha do novo papa. Às 15h41 (horário de
Brasília) a chaminé da capela Sistina soltou fumaça de cor preta,
indicando que os cardeais não chegaram a um consenso sobre o próximo
líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
Amanhã os cardeais voltam a se reunir para realizar outras quatro
votações --duas pela manhã e duas à tarde. A fumaça (negra ou branca)
deverá sair por volta de 12h (7h em Brasília) ou 19h (14h em Brasília).
Se o nome do novo papa for escolhido, a fumaça que sairá da chaminé será
a de cor branca, e os sinos da basílica de São Pedro tocarão para
reforçar o anúncio do novo sumo pontífice.
Iniciado 12 dias após a renúncia de Bento 16, o processo de escolha do
novo papa é realizada por 115 cardeais, sendo cinco brasileiros: dom
Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella
Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64.
São aptos a votar apenas os cardeais com menos de 80 anos. A presença
deles, segundo o Vaticano, é obrigatória. No entanto, dois eleitores
conseguiram a dispensa necessária para não participarem da votação, um
por motivo de saúde (cardeal indonésio Julius Darmaatjadja) e outro que
renunciou ao cargo (cardeal britânico Keith O'Brien).
Os processos para a escolha de um novo papa são marcados pelo sigilo e
imprevisibilidade, mas se depender do palpite dos apostadores
britânicos, o cardeal brasileiro Odilo Scherer chega ao primeiro dia do
conclave como o segundo mais cotado para a escolha.
Tempo de duração do conclave
Se seguir o tempo médio dos conclaves dos séculos 20 e 21, a eleição do
sucessor de Bento 16 deve durar até quatro dias e ser resolvida em até
sete votações.
Entre 1903 e 2005 --quando foi realizado o último conclave que elegeu o
então papa emérito--, nove pontífice foram eleitos. As eleições de Pio
10º e Pio 11 foram as mais longas do período, com duração de cinco dias.
A mais curta foi a de Pio 12, que conseguiu ser concluída em apenas
três votações e dois dias. Bento 16 também foi eleito em dois dias, mas
com quatro votações.
O
italiano Gianfranco Ravasi (esquerda), 70, é cardeal do Conselho
Pontifício de Cultura da Itália. De linha centrista, já defendeu a
compatibilidade da teoria da evolução com a visão da igreja Pier Paolo Cito/AP
Regras e rituais
Durante o conclave, todos os eleitores ficam confinados na Capela
Sistina. Na hora da votação, cada cardeal escreve o nome do candidato
escolhido em uma cédula sob a frase "Escolho como sumo pontífice" e
deposita seu voto em uma urna.
Os nomes escritos nas cédulas são lidos em voz alta pelo cardeal camerlengo, Tarcisio Berto, e seus três assistentes.
Será declarado papa aquele que obtiver dois terços mais um dos votos.
Com um Colégio de Cardeais de 115 eleitores, o próximo pontífice terá de
receber ao menos 77 votos.
Se nenhum cardeal receber essa quantidade de votos, as cédulas serão
queimadas e a votação será retomada. Caso não haja um consenso até o
quarto dia de votação, é feita uma pausa para oração e diálogo entre os
eleitores. A votação reinicia no sexto dia e vai até o 12º. Outras
pausas são feitas no sétimo e décimo dia.
Após 12 dias e 34 votações, o sistema muda e a escolha passa a ser
entre os dois mais votados no 34º turno. No entanto, permanece o quórum
de dois terços. Após a escolha, o novo papa é apresentado aos fiéis com a
frase "Habemus Papam!".
Nenhum comentário:
Postar um comentário