sexta-feira, 1 de março de 2013

Medo do Juizo Final?

Trechos do Livro "Os dons de Santificação do Espírito". De Luciano do Amaral.
Por João Batista

Uma coisa é certa: O medo não vem de Deus. Dito isto, analisaremos á luz da Palavra de Deus se devemos ter medo do Juizo Final.
Jesus Cristo diz no evangelho de São João o seguinte: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida. (Jo 5, 24).
Há várias espécies de temores: O temor mundano, o temor servil e o temor filial a Deus. E só o último é o Temor de Deus, e é justamente sobre este que o apóstolo São João escreve em sua primeira carta o seguinte: Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no dia do julgamento, pois, como ele é, assim também nós o somos neste mundo. No amor não há temor. Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor.(1 Jo 4, 17-19). Meditar as escrituras faz com que compreendamos as maravilhas que o temor de Deus provoca em nós. Lemos nos Salmos que o temor de Deus nos leva a uma vida de santidade, logo não poderemos temer o dia do Juizo final. O apóstolo Pedro nos diz que aqueles que confiam no Pai vivem no temor de Deus durante a peregrinação por este mundo, ou seja, "Se invocais como Pai aquele que, sem distinção de pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com temor durante o tempo da vossa peregrinação". (1 Pd 1, 17). Viver no temor de Deus é temer nos afastar de Deus por causa do pecado, é temer ofender a Deus que, por amor, sempre nos perdoa. O Temor de Deus cria em nós o horror profundo e eficaz de nos afastar do Criador. É um Temor filial que brota do amor, um Temor filial, perfeito e amoroso. Fica fácil entender quando São João escreve... Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor...
O Temor de Deus cria em nós as seguintes atitudes: O vivo sentimento de grandeza de Deus e extremo horror a tudo o que ofenda sua infinita majestade; uma viva contrição das menores faltas cometidas, por haverem ofendido a um Deus infinito e infinitamente bom, do que nasce um desejo ardente e sincero de as reparar, por atos de penitência e amor; um cuidado constante para evitar ocasiões de pecado.
O Temor a Deus produz em nós o horror ao pecado e forças para vencer as tentações, levando-nos à vitória contra as tentações.
É por isso que não devemos temer (medo) o Juizo Final, isto porque, os que temem o Senhor têm o seu nome escrito no livro de Deus. Assim falavam os que temem o Senhor. Mas o Senhor ouviu atento: diante dele foi escrito o livro que conserva a memória daqueles que temem o Senhor e respeitam o seu nome. Eles serão para mim um bem particular - diz o Senhor dos exércitos - no dia em que eu agir; tratá-los-ei benignamente como um pai trata com indulgência o filho que o serve. E vereis de novo que há uma diferença entre justo e ímpio, entre quem serve a Deus e quem não o serve. Porque eis que vem o dia, ardente como uma fornalha. E todos os soberbos, todos os que cometem o mal serão como a palha; este dia que vai vir os queimará - diz o Senhor dos exércitos - e nada ficará: nem raiz, nem ramos. Mas, sobre vós que temeis o meu nome, levantar-se-á o sol de justiça que traz a salvação em seus raios. Saireis e saltareis, livres como os bezerros ao saírem do estábulo. (Ml 3, 16-20) 
Santa Teresinha de Jesus escreveu no seu livro "Caminho da Perfeição" o seguinte: Pelo amor de Deus, minhas irmãs, se vocês quiserem adquirir o temor de Deus, prestem atenção ao que lhes digo. É preciso compreender a suma gravidade das ofensas a Deus. Temos de estar sempre atentas a essas considerações. Devemos encher nossas almas com o santo temor de Deus. É uma questão de vida ou morte. Enquanto vocês não se abrirem a esse dom, tenham sempre muito cuidado. Afastem-se das ocasiões e das companhias que não as auxiliam a ir para o Senhor. Fujam  de conversas que não sejam de Deus. É preciso empenhar-se para ter na alma o temor de Deus, o que se consegue rapidamente quando há um verdadeiro amor a Deus (perfeito amor). É bom saber que haverá algumas quedas, devido a nossa fraqueza. Não podemos confiar em nós mesmos, mas somente de Deus há de vir nossa confiança. Quando temos em nossa alma a resolução firme de nunca ofender a Deus, estamos no bom caminho.

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