Heitor Buchaul
Analisando a Historia, podemos constatar que as táticas
revolucionárias variam de acordo com os espíritos e o momento histórico.
No século XX, eram comuns — principalmente na America Latina — grupos
guerrilheiros como as FARC, que pregavam a luta armada para a conquista
do poder. No século XXI ainda vemos ações violentas como as das próprias
FARC e a dos terroristas islâmicos que praticaram o famoso ataque
contra as torres gêmeas em Nova York.
Mas agora, mesclado com esses atos que se tornaram um pouco
antiquados, podemos constatar um neoterrorismo, que atua no campo da
moral, repleto de blasfêmias e de vilipêndio religioso.
Exemplo disso são as ações perpetradas por um grupo feminista ucraniano denominado FEMEN,
que usando mulheres seminuas promove atos de extrema agressividade
contra os defensores da religião, da família tradicional, da vida e do
direito natural.
Neste contexto, foi com horror que milhares de pessoas no mundo
acompanharam a noticia de que no 12 de fevereiro, oito dessas feministas
entraram na Catedral de Notre-Dame de Paris para comemorar o que
chamavam de “a partida de Bento XVI”, postando-se junto aos novos sinos que serão instalados na Catedral.
Golpeando os sinos com pedaços de madeira, como demônios, elas gritavam:“Papa nunca mais”; “acabem com a homofobia”; “nos homossexuais está a verdade”. Escandalizado, o público reagiu com indignação contra essa profanação em lugar sagrado.
Recentemente,
este mesmo grupo realizou uma ação semelhante na Praça de São Pedro, em
Roma [foto à esq.] , no momento em que Bento XVI recitava oAngelus.
O referido movimento pretende formar o que chama de“soldados” de um novo feminismo. Sua presidente declarou: “Abrimos
o primeiro Centro de treinamento internacional para feministas, que se
transformarão em soldados [...] a França tem muitas associações
feministas clássicas, mas nada que represente o Novo Feminismo, que é o
sextremismo do terrorismo pacifico”.
Voltemos nosso olhar para o passado, quando no início do século XX as
primeiras feministas protestavam ousadamente, reivindicando sua
participação na política, nos diversos setores empregatícios, etc. Tendo
conseguido tudo isso, as“descendentes intelectuais” delas
mostram hoje sua verdadeira face. E unidas ao movimento homossexual,
evidenciam em palavras e atos seu ódio contra tudo quanto é orgânico,
belo, puro e ordenado.
Porém, este tipo de protesto evidencia algo muito interessante: o
grande mar que vem dividindo a sociedade em nossos tempos, que são
justamente os temas morais e religiosos. Depois de toda a revolução
cultural começada nos anos 60 do século XX, são as gerações mais novas
que portam as bandeiras mais conservadoras. Para constatá-lo, basta
lançar um olhar nos movimentos anti-aborto espalhados por todo o mundo,
nas manifestações contra o “casamento” homossexual na França, etc.
Foi assim que nas comemorações em 2008 da revolução da Sorbonne de Maio de 68, um desanimado “soixante-huitard”
(geração do movimento de Maio de 68) parafraseou no site do “Le Nouvel
Observateur”, semanário socialista francês, o famoso slogan “Corra,
camarada, que o mundo velho está atrás de você” — “Pare de correr,
camarada! O mundo velho te superou numa virada à direita”. Observou com fino espírito o semanário.
Essa virada à direita num movimento totalmente espontâneo faz com que
os revolucionários se amedrontem e o surgimento de grupos como as FEMENindignem ainda mais a opinião pública. Enquanto os governos fazem vistas grossas, qualificando como direito à “liberdade de expressão”
essas ações verdadeiramente antifamília e cristofóbicas praticadas por
estrangeiras, os defensores dos valores perenes que durante séculos
guiaram a civilização cristã são constantemente atacados na imprensa
como extremista, integristas, etc.
Porém a marcha vitoriosa rumo à restauração plena da Cristandade já
não pode ser alterada nem contida. E com nossas orações confiantes
unidas à luta ordeira e pacífica requerida pelas circunstâncias, fazemos
eco à promessa de Nossa Senhora em Fátima: “Por fim meu Imaculado Coração triunfara!”.
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