[contraoaborto]
Dr. Gosnell e sua clínica
"Na infecta sala de cirurgia, há manchas de sangue no chão. A paciente, sedada com medicamentos comprados não por sua eficiência e segurança, mas por seu preço barato, sequer sabe o que está acontecendo, após assinar inúmeros formulários que provavelmente isentam o médico e seus auxiliares de quaisquer danos à sua saúde. O médico, utilizando instrumentos mal esterilizados e até mesmo reutilizando equipamentos que deveriam ter sido descartados, está fazendo um aborto.
Este médico é especialista em abortos de bebês já totalmente formados, os chamados "late term abortions", que são aqueles feitos em crianças em estado avançado de gestação. Mas o doutor não executa o procedimento "corretamente" e a criança, que deveria ser morta ainda no ventre de sua mãe, vem à luz e está viva. Então o médico, exatamente como já fez dezenas -- talvez centenas... -- de outras vezes, faz o que ele chama de "snipping": com uma tesoura ele abre um buraco na nuca do bebê que luta pela vida em seus primeiros momentos entre nós e corta-lhe a medula espinhal. O bracinho do bebê dá um espasmo e mais nada. Seu corpo sem vida será tratado como lixo hospitalar ou será armazenado em algum recipiente que permanecerá ainda por um tempo na clínica do médico. Outros bebês terão seus pezinhos cortados e guardados em recipientes junto a outros pés de bebês que tiveram o mesmo destino.
A mãe, acordada após a anestesia, acerta os últimos detalhes burocráticos, paga as despesas e vai embora. O médico, este profissional que foi treinado para salvar vidas, fatura por volta de US$ 15.000 diariamente com estes procedimentos em sua clínica, que fica localizada em um bairro junto à população mais humilde da Pennsylvania."
O descrito acima não é
retirado de algum filme de terror e tampouco é a descrição do que
acontece em algum abortório de fundo de quintal em um país do terceiro
mundo, conforme muitos abortistas brasileiros dizem que existem em cada
esquina entre nós para criar na população a falsa necessidade de
normalizar coisa tão abjeta como o ofício de matar bebês indefesos.
O relatado acima
aconteceu no estado norte-americano da Pennsylvania, no rico e abastado
nordeste dos EUA. Não é uma transcrição literal de um caso acontecido,
mas todos os fatos são verdadeiros, mesmo os mais horríveis e
asquerosos. O médico em questão é o Dr. Kermit Gosnell, que está sendo
julgado pelo homicídio de uma mãe e de sete outras crianças que haviam
nascido com vida em sua clínica. Podemos apenas imaginar a número de
outras crianças que tiveram o mesmo destino e das quais não mais existe
nenhum traço neste mundo. Dr. Gosnell já foi assunto de outras postagens aqui no blog ("Assim é a indústria do aborto..." e "Aborto: lições para o Brasil")
A grande mídia
norte-americana vem tentando ignorar o caso, pois estão bem cientes do
efeito nocivo que os detalhes deste caso terá na opinião pública, que
cada vez mais vem mostrando-se contrária ao aborto. Mas os detalhes que
vêm aparecendo são tão horrivelmente impressionantes que até mesmo gente
favorável ao aborto vem se perguntando como foi que se chegou a isto.
"Como se chegou a isto?"
-- é uma pergunta apenas retórica, claro está para os pró-vidas. Quando
se relativiza o valor da vida humana como fazem os abortistas, estamos
criando as condições para que surjam mais gente como Dr. Gosnell. Quando
se diz que uma mãe tem o direito que procurar a morte de seu filho
ainda no seu ventre, estamos colocando a tesoura na mão do carrasco com
jaleco de médico. Quando encaramos nossas crianças como problemas a
serem resolvidos, ajudamos aquela mulher a caminhar para sua morte na
mão de tais médicos ou para uma vida inteira de arrependimento e
problemas psicológicos e físicos.
E a tudo isto muitos
chamam de "direito", outros chamam de necessidade das mulheres, outros
dizem que faz parte da autonomia feminina, que isto é um direito humano.
Na verdade, é chamar o vício de virtude; o errado de certo. Outros
gostam de chamar tudo isto de "escolha", de "direito de decidir". São
estas escolhas que nos trazem gente como Dr. Gosnell.
O caso de Dr. Gosnell
não é trivial. Tampouco é incomum; é assim, exatamente, a indústria do
aborto mundo afora. E, sim, isto é realmente uma indústria, e de milhões
de dólares. Seus clientes são pessoas desesperadas, na maior parte das
vezes, e seu produto final é a morte de inocentes. A clínica do Dr.
Gosnell estava localizada exatamente junto à população mais humilde
daquela rica região dos EUA não por acaso, mas porque lá ele sabia que
poderia utilizar medicamentos baratos, reutilizar equipamentos
descartáveis, ter um quadro de auxiliares de baixo conhecimento na área
médica e, principalmente, que praticamente ninguém iria denunciar as
condições do estabelecimento. Em resumo, ele poderia maximizar seus
lucros.
O vídeo abaixo é um documentário
(infelizmente, apenas em Inglês) ainda em desenvolvimento mostrando um
pouco do que acontecia na clínica de horrores do Dr. Gosnell. É mostrado
o depoimento de mães/vítimas do médico, mulheres que hoje em dia não
mais poderão ter filhos devido ao que passaram lá na clínica.
Em um dado momento, o
promotor encarregado do caso diz que a última vez que alguém do
Departamento de Saúde da Pennsylvania esteve presente na clínica para
uma inspeção foi em 1993. Após isto, houve relatos de negligência médica
e até de mortes na clínica sem que houvesse sequer uma investigação. O
mesmo promotor declara que, absurdamente, aquele estado tem mais cuidado
com a fiscalização de salões de cabeleireiros e manicures do que com as
clínicas de aborto.
Isto só indica que o aborto é o sintoma de uma sociedade que vai profundamente doente.
Agora, transportemos
tudo isto para o Brasil... Pensemos em um futuro onde o aborto seja
liberado e feito através do SUS ou em nossos hospitais. É possível
sequer imaginar o horror que isto seria? Aqui entre nós, um médico
semelhante ao Dr. Gosnell abriria sua clínica na periferia de São Paulo
ou na Baixada Fluminense e, como todos sabemos, fiscalização de serviços
à população não é bem o nosso forte. Alguém acha mesmo que algo por
aqui sairia melhor que a casa de horrores encontrada na Pennsylvania? É
isto que os abortistas desejam para as mulheres? É este o resultado da
autonomia feminina? Creio que as mulheres merecem bem mais que isso,
merecem, tanto quanto seus filhos, serem tratadas com a dignidade devida
a seres humanos.
Não, o aborto não é um
caso de Saúde Pública, é um caso bem mais profundo. É um indicador da
saúde de uma sociedade e de como ela valoriza a vida humana e como
deseja encarar seu futuro. O aborto só se torna um caso de Saúde Pública
quando se permite que um pervertido sádico como o Dr. Gosnell seja
chamado de médico.
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