ihu - “Anunciar, testemunhar, adorar” são os três verbos que o Papa Francisco propôs aos fiéis ao celebrar a missa a poucos metros do túmulo de São Pedro,
“um humilde e grande apóstolo do Senhor, que o anunciou com a palavra,
com o testemunho, com o martírio e o adorou com todo o seu coração.
[...] O anúncio de Pedro e dos Apóstolos não é feito
somente de palavras, mas a fidelidade a Cristo toca suas vidas, que
mudam, recebem uma nova direção, e é justamente com suas vidas que eles
ofereceram o testemunho da fé e do anúncio de Cristo”.
A reportagem é de Giacomo Galeazzi e publicada no sítio Vatican Insider, 14-04-2013. A tradução é do Cepat.
A reportagem é de Giacomo Galeazzi e publicada no sítio Vatican Insider, 14-04-2013. A tradução é do Cepat.
Com alguns minutos de antecipação em relação ao programado e acolhido pelo cardeal arcipreste norte-americano James Harvey e o vigário de Roma, o Pontífice dirigiu-se esta tarde ao Sepulcro de São Paulo para rezar. Na Basílica romana de São Paulo Extramuros concelebraram com o Santo Padre o próprio Harvey e os arciprestes eméritos, Andrea Cordero Lanza di Montezemolo e Francesco Monterisi, e o abade da Abadia de São Paulo dom Edmund Power. Também estava presente toda a comunidade beneditina, que recebeu o Papa esta tarde.
O abade brasileiro Edmund Power explicou: “Francisco chegou,
como todos os Papas, no quadríptico, na parte da fachada da Basílica e,
depois de ter saudado a comunidade, vestiu os paramentos sacros”.
Depois da grande procissão de entrada, presidiu a missa desde o trono,
na abside. Ao final, um momento dedicado à veneração da imagem da
Virgem, diante da qual Santo Inácio de Loyola, no século XVI, pronunciou sua profissão religiosa.
Depois que o novo Pontífice ocupara a sede, o cardeal James Harvey dirigiu-lhe uma breve saudação em que também rendeu homenagens ao seu “iluminado predecessor”, Bento XVI.
“A incoerência dos fiéis e dos Pastores entre o que dizem e o que fazem corroi a credibilidade da Igreja”, advertiu Bergoglio.
Com palavras muito fortes, pois, o Papa exortou os crentes a se
interrogarem sobre os “ídolos” que, muitas vezes, ocupam os nossos
corações e o lugar que deveríamos “reservar para Deus”.
O convite
do Papa argentino foi muito claro: “desnudar-nos de tantos ídolos,
pequenos ou grandes, que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais
buscamos e muitas vezes colocamos a nossa segurança”. Estes ídolos,
explicou o Pontífice na homilia, “são ídolos que, muitas vezes, estão
escondidos em nós. Poder ser a ambição, o carreirismo, o gosto pelo
sucesso, colocar-se a si mesmo no centro, a tendência de prevalecer
sobre os outros, a pretensão de ser os únicos padrões de nossa vida,
algum pecado ao qual estamos vinculados, e muitos outros”. Por isso,
indicou o Papa Francisco, “esta tarde
quisera que uma pergunta ressoasse no coração de cada um de nós, e que
respondêssemos com sinceridade: tenho pensado em qual ídolo escondido
tenho eu em minha vida e que me impede de adorar o Senhor?”.
Pela segunda vez, como fez na Basílica de São João de Latrão, o Papa Francisco carregava a cruz usada por Paulo VI e João Paulo II (e Bento XVI durante os dois primeiros anos de seu pontificado). Esta tarde, o Papa Francisco tomou posse da Cátedra da Basílica de São Paulo Extramuros, repetindo o mesmo gesto que realizou no domingo passado em Latrão.
“A
incoerência dos fiéis e dos Pastores entre o que dizem e o que fazem
corroi a credibilidade da Igreja”, destacou o Papa durante a missa que
celebrou na Basílica de São Paulo Extramuros. “Mas, em muitas partes do mundo – continuou – também há muitos que sofrem, como Pedro e
os Apóstolos, por causa do Evangelho; há quem entrega a sua vida para
permanecer fiel a Cristo com um testemunho marcado pelo preço do sangue.
Recordemos muito bem: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o
testemunho concreto da vida. Os que nos escutam e nos veem devem poder
ler em nossas ações o que escutam de nossa boca”.
Ao final da cerimônia, o Papa dirigiu-se à Capela do Crucifixo para venerar a ícone da Virgem Theotokos Hodigitria (do século XIII), diante da qual, no dia 22 de abril de 1541, Santo Inácio de Loyola e seus primeiros companheiros fizeram sua solene profissão religiosa, evento com o qual se fundaria a Companhia de Jesus, à qual também pertence o Papa Bergoglio.
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