terça-feira, 9 de abril de 2013

AS INFILTRAÇÕES MAÇÔNICAS NA IGREJA - INTRODUÇÃO

[catolicosribeirao]

Quando seguramos fortemente os dois extremos de uma corrente, diremo-nos modificando uma expressão célebre, temos que evitar soltá-los pelo motivo de que não vemos como os anéis se unem entre si.
Eis aí uma máxima sobre a qual os católicos devem regular inicialmente seu julgamento, e, consequentemente, sua conduta em relação às infiltrações maçônicas na Igreja. como que ofereceria a explicação desta invasão lhes escapa; mas isso não poderia ser para eles um pretexto razoável para fechar os olhos sobre um fato que está incontestavelmente ligado a dois outros cuja realidade é tão clara quanto o dia.

A Maçonaria criou o propósito infernal de corromper insensivelmente os membros da Igreja, tanto do clero quanto da hierarquia, em lhes inoculando, sob formas especiosas e aparentemente inofensivas, os falsos princípios com os quais ela prometeu agitar o mundo cristãoEis o primeiro desses dois fatos e um dos extremos da corrente.

De outra parte, o observador, ainda que seja pouco atento, não pode se impedir de constatar que os dogmas sociais sobre os quais numerosos católicos e padres baseiam hoje a renovação do cristianismo têm uma fórmula idêntica àqueles que a Franco-maçonaria se propunha em lhes fazer aceitare que os procedimentos dos quais eles se servem para determinar, arrastar a Igreja nesta transformação, são identicamente aqueles cuja Maçonaria tinha decretado o empregoEis o segundo fato e o outro extremo da corrente

Daí, a conexão entre esses dois fatos não pode ser o objeto de dúvida. Há realmente infiltrações maçônicas na Igreja. 

Como elas se produziram? Como elas acontecem mesmo sob nossos olhos? A quais cumplicidades ou a quais vaidades práticas elas são devidas? Eis a explicação que permanece misteriosa, ou, ao menos, que não saberemos, no momento, dar completamente. Não há nada de singular nisso, pois estamos diante de umcomplô tramado com uma habilidade satânica e perseguido segundo um método igualmente prudente e sábio, regulado pelos cálculos de um ódio tão frio quanto feroz.

O triunfo deste método é de nos iludir. Mas, hoje, a ilusão seria culpável, pois ela poderia ser apenas o efeito de uma cegueira voluntária. Longe, portanto, de desviar os olhos de um mal cujas devastações aumentam a cada dia sob o pretexto de que eles não entendem a forma, os católicos têm um dever rigoroso de se prevenir contra seus golpes, de vigiar, de se determinar em reconhecer os indícios e a extirpar as menores raízes dele.

É no próprio fato que eles devem se deter no esforço de um exame e de uma investigação sinceros de seu estado, sem procurar responsabilidades indefiníveis, e, a priori, de forma alguma colocar em questão as intenções, a cumplicidade das pessoas ou das obras católicas. Mas, de outra parte, o que provariam os protestos destas, e a pureza de seus propósitos, contra o fato da infiltração devidamente constatada?

Não nos propomos aqui em fazer um estudo geral, mas somente em esboçar muito sumariamente a demonstração dele, a fim de darmos completamente seu valor à certos documentos inéditos, os quais seguiremos e que têm uma importância capital, singularmente instrutiva, para a história desta invasão da qual certo número de católicos se fazem inconscientemente os cúmplices.

Abbé Emmanuel Barbier. Les infiltrations maçonniques dans l'Église. De Brouwer et Cie, France.
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