Papa Francisco na Missa da Quinta-feira Santa. Foto: News.va |
03 Abr. 13
ROMA,(ACI/EWTN Noticias).-
O Padre Gaetano Grego, capelão da prisão de menores Casal del Marmo onde o Papa Francisco presidiu a Missa da Quinta-feira Santa, explicou as razões que levaram a incluir a duas mulheres no ritual do lava-pés.
O Papa Francisco foi o primeiro pontífice da história em incluir duas
mulheres presas neste gesto, fato que levantou polêmica na imprensa
internacional e inclusive em alguns setores católicos.
Em declarações ao grupo ACI, o
Padre Grego, que concelebrou a Missa da Quinta-feira Santa com
Francisco, recordou que "o Papa é o pastor da humanidade em sua
totalidade", e que lave os pés tanto de homens como de mulheres deveria
ser visto como algo "normalísimo".
"Acho justo, porque na minha opinião o
Papa é o pastor do homem, o homem em sua totalidade, que está formada
pelo homem e pela mulher, e portanto faz um serviço para toda a
humanidade", acrescentou.
O Vaticano recordou que o lava-pés é um rito e não um sacramento, e
embora seja costume lavar os pés de 12 homens para recordar os
apóstolos, na prática pastoral da Igreja é lícito considerar a situação concreta da comunidade onde se celebra e o significado deste gesto.
O Pe. Grego, que por ser o capelão da prisão conhece bem às duas
jovens que participaram do lavatório –uma italiana e outra albanesa-
assegurou que ambas "choraram de emoção depois do encontro com o Papa".
Em um primeiro momento as moças não estavam incluídas entre os doze
reclusos, e os de maior idade, "para dar exemplo", foram convidados a
ceder seus lugares, de maneira que pudéssemos incluir as jovens em
representação da seção feminina do correcional.
Finalmente, o Pe. Grego explicou que escolheu os representantes dos
doze apóstolos em função de sua nacionalidade e crença religiosa,
procurando a máxima variedade possível. Seu desejo era recordar que o
Papa faz um serviço para toda a humanidade.
No lava-pés participaram jovens católicos, muçulmanos, ortodoxos e ateus da África, do Leste Europeu, Itália e Equador.
Esta não é a primeira vez que o Papa Bergoglio lava os pés de
mulheres pela Quinta-feira Santa, quando era Arcebispo de Buenos Aires,
Argentina, também costumava fazê-lo.
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