Nicolás Jouve de la Barreda |
08 Mai. 13
REDAÇÃO CENTRAL, (ACI/EWTN Noticias).-
"Os dados da ciência estão aí, o que deveriam fazer é atendê-los",
exortou o Doutor em Ciências Biológicas, Membro do comitê de bioética da
Espanha e Consultor do Pontifício Conselho para a Família no Vaticano, o espanhol Nicolás Jouve de la Barreda, ao afirmar que a vida começa na concepção e é fundamental que os legisladores se baseiem nesta verdade para estabelecer as leis.
O perito ressaltou que "a ciência foi o motor do bem-estar humano, a
que impulsionou todas as comodidades que nos rodeiam, na saúde, no
transporte –entre outros–e se para todo este bem-estar se teve em conta
os avanços científicos e tecnológicos, porque não o ter em conta em algo
tão importante e tão necessário como o é o respeito da vida humana".
Jouve em diálogo com o grupo ACI em 2 de maio, sublinhou que é "chave ter muito claro que a vida começa desde o momento da fecundação".
Desta maneira se dá a "importância que deve ter o aspecto moral e o
aspecto ético onde devem estar os limites do que eu posso fazer com este
conhecimento que tenho, para logo a sua vez desenvolver leis que sejam
justas".
Desde que "a fusão dos complementos cromossómicos e genéticos dos
dois gametas paterno e materno, desde esse instante se origina uma
célula que é o zigoto e essa é a primeira realidade corporal humana.
(...) Aí está já o ser humano novo que vive a partir desse instante, é a
nova realidade que é diferente ao pai e à mãe, essa é a nova vida",
assinalou o doutor.
O também catedrático de genética que desde 1977 ensina em diferentes
universidades da Europa e América Latina enfatizou que a verdade
científica reconhece que a "nova combinação genética que constitui a
identidade de um novo ser, começa na concepção (…) e o que não há dúvida
é que é uma vida, e é um ser humano porque tem genes humanos, tem uma
combinação, uma identidade genética humana".
Ao falar da situação do aborto
na Espanha, Jouve indicou que "desgraçadamente se promoveu durante os
sete anos que durou o governo anterior até agora, uma espécie de feroz
campanha deixando de lado tudo o que podia ser a defesa da vida para
substitui-lo em minha opinião incondicionada a uma ideologia de gênero".
Esta ideologia "sem nenhum tipo de condicionamentos, não respeita a
vida do ser nascente, mas concede tudo ao capricho, ou ao desejo da mãe
de seguir adiante ou não com a sua gravidez (…) dar direitos à mãe
esquecendo-se que também tem direito o nascituro, o ser que está
crescendo em seu seio (...)", expressou Jouve.
Sobre o futuro da defesa da vida no país europeu, o doutor assinalou
que "agora há um movimento que durante todo este tempo na Espanha está a
favor disto (aborto) e há uma grande esperança e grande expectativa que
o governo atual faça logo uma lei que volte atrás em toda esta dimensão
que houve contra a vida e que tenha em conta também ao nascituro".
Jouve falou também da importância de se abrir "caminho a uma cultura
da vida que sempre será melhor que esta cultura da morte ao desfazer-se
simplesmente (do bebê) por algum desconforto por um momento determinado.
Há esperança que se façam novas leis que permitam a adoção para que não
haja perdas de vidas humanas".
Isto fará que não "tenham que optar pelo pior dos caminhos que é
eliminar essa vida e tentar esquecer-se, coisa que muitas vezes não
acontece porque fica uma sequela psicológica e há muitos estudos já
realizados no âmbito da dimensão psiquiátrica e psicológica do que se
chama a síndrome pós-aborto", enfatizou.
"A mãe que aborta não fica tranquila, fica com sequelas que
permanecem por anos e às vezes toda uma vida porque realmente é
traumático o desfazer-se nada menos que de um filho que leva em seu
ventre".
Por outro lado, Jouve falou da fecundação in vitro e disse que
"quando surgiu esta tecnologia no ano 85 tinha a finalidade de
solucionar problemas de fertilidade", mas que o "problema veio depois
"ao produzir-se embriões fora do ventre materno, que ficam expostos a
sua manipulação e instrumentalização".
Portanto se geraram um leque de problemas éticos "desde a própria
conservação e congelamento que é traumática, muitos destes embriões não
sobrevivem ao congelamento ou o que pode ser a prática da redução
embrionária, (…) implantam-se vários, mas ao final recomenda-se à mãe
que se desfaça de todos menos de um para que a gravidez não seja uma
gravidez de risco, uma gravidez múltipla".
Convertendo-o em "um processo realmente abortivo". Da mesma maneira
estamos vendo consequências "negativas para a saúde destes embriões que
nascem em fecundação in vitro onde há uma percentagem mais elevada que a
população da fecundação natural de alguns tipos de doenças incluindo
câncer infantil e uma série de riscos que vão contra a vida" assinalou
Jouve.
"A ciência é simplesmente descobrir coisas e dizer a verdade dos
fenômenos naturais –portanto dessa verdade – temos a opção por nossa
própria liberdade de utilizar estes conhecimentos por uma vertente
positiva ou negativa", expressou o doutor.
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