IHU - As decisões da Suprema Corte dos Estados Unidos do dia 26 de junho, que derrubaram parte do Defense of Marriage Act e que se recusaram a se pronunciar em mérito a uma objeção à Proposição 8 da Califórnia, marcam "um dia trágico para o matrimônio e para a nossa nação", disseram o cardeal Timothy Dolan, de Nova York, presidente da Conferência dos Bispos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês), e Dom Salvatore Cordileone, arcebispo de San Francisco, presidente da Subcomissão Episcopal para a Promoção e Defesa do Matrimônio.
A declaração foi publicada no sítio da USCCB, 26-06-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Hoje é um dia trágico para o matrimônio e para a nossa nação. A Suprema Corte cometeu uma profunda injustiça com o povo norte-americano, derrubando em parte o Defense of Marriage Act federal.
A Corte entendeu de forma equivocada. O governo federal deve respeitar a
verdade de que o matrimônio é a união de um homem e de uma mulher,
mesmo onde os Estados não o fazem. A preservação da liberdade e da
justiça requer que todas as leis, federais e estaduais, respeitem a
verdade, incluindo a verdade sobre o matrimônio.
Também é lamentável que a Corte não aproveitou a oportunidade para defender a Proposição 8 da Califórnia,
mas, ao contrário, decidiu não legislar sobre o assunto. O bem comum de
todos, especialmente das nossas crianças, depende de uma sociedade que
se esforce para defender a verdade do matrimônio. Agora é hora de
redobrar os nossos esforços para testemunho essa verdade. Essas decisões
fazem parte de um debate público de grandes consequências. O futuro do
matrimônio e do bem-estar da nossa sociedade estão suspensos na balança.
O matrimônio é a única instituição que reúne um homem e uma mulher
para toda a vida, que providencia a qualquer criança que nasça da sua
união o fundamento seguro de uma mãe e de um pai.
Nossa cultura tomou como evidente por muito tempo o que a natureza
humana, a experiência, o bom senso e o sábio desígnio de Deus confirmam:
a diferença entre um homem e uma mulher tem importância, e a diferença
entre uma mãe e um pai tem importância. Embora a cultura tenha falhado
de muitas formas em fortalecer o matrimônio, essa não é uma razão para
desistir. Agora é hora de fortalecer o matrimônio, não de redefini-lo.
Quando Jesus ensinou sobre o significado do
matrimônio – a união por toda a vida e exclusiva do esposo e da esposa
–, ele apontou para "o início" da criação da pessoa humana por parte de
Deus como masculina e feminina (veja-se Mateus 19).
Diante dos costumes e das leis da sua época, Jesus ensinou uma verdade
impopular que todos podiam entender. A verdade do matrimônio perdura, e
nós vamos continuar a proclamá-la corajosamente com confiança e
caridade.
Agora que a Suprema Corte emitiu suas decisões, com
renovado propósito, convocamos todos os nossos líderes e as pessoas
desta boa nação a ficarem firmes juntos na promoção e na defesa do
significado único do matrimônio: um homem, uma mulher, por toda a vida.
Também pedimos orações para que as decisões da Corte sejam revistas e as
suas implicações, esclarecidas.
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