Papa Francisco |
01 Jul. 13
VATICANO, (ACI/EWTN Noticias).-
Em suas palavras prévias à oração
do Ângelus, frente aos milhares de fiéis congregados na Praça de São
Pedro, o Papa Francisco sublinhou a importância de aprender a escutar a
nossa consciência, pois é o espaço "da escuta de Deus".
O Santo Padre indicou que "devemos aprender a escutar mais a nossa
consciência. Mas atenção! Isto não significa seguir o próprio "eu",
fazer aquilo que me interessa, que me convém, que me agrada… Não é
isto!".
"A consciência é o espaço interior da escuta da verdade, do bem, da
escuta de Deus; é o lugar interior da minha relação com Ele, que fala ao
meu coração e me ajuda a discernir, a compreender o caminho que devo
percorrer e, uma vez tomada a decisão, a seguir adiante, a permanecer
fiel".
O Papa assinalou que "o Evangelho deste domingo mostra uma passagem muito importante na vida
de Cristo: o momento no qual – como escreve São Lucas – ‘Jesus toma a
firme decisão de colocar-se em caminho rumo a Jerusalém’. Jerusalém é a
meta final, onde Jesus, em sua última Páscoa, deve morrer e ressuscitar, e assim cumprir a sua missão de salvação".
"Desde aquele momento, depois da ‘firme decisão’, Jesus fixa a meta, e
também às pessoas que encontra e que pedem para segui-Lo, diz
claramente quais são as condições: não ter uma moradia permanente;
desapegar-se dos afetos humanos; não ceder à nostalgia do passado".
Entretanto, apontou o Santo Padre, "Jesus diz também aos seus
discípulos, encarregados de precedê-lo no caminho rumo a Jerusalém para
anunciarem a sua passagem, para não imporem nada: se não encontrarem
disponibilidade de acolhê-Lo, que prossigam, sigam adiante. Jesus não
impõe nunca, Jesus é humilde, Jesus convida. Se você quer, vem. A
humildade de Jesus é assim: Ele convida sempre, não impõe".
Tudo isto nos faz pensar, disse o Papa, particularmente "na
importância que, também para Jesus, teve a consciência: o escutar no seu
coração a voz do Pai e segui-la".
"Jesus, na sua existência terrena, não era, por assim dizer,
"telecomandado": era o Verbo encarnado, o Filho de Deus feito homem, e
em certo ponto tomou a firme decisão de sair para Jerusalém pela última
vez; uma decisão tomada na sua consciência, mas não sozinho: junto do
Pai, em plena união com Ele!".
Jesus, indicou o Santo Padre, "decidiu em obediência ao Pai, em
escuta profunda, íntima da sua vontade. E por isto a decisão era firme,
porque tomada junto com o Pai. E no Pai Jesus encontrava a força e a luz
para o seu caminho".
"E Jesus era livre, naquela decisão era livre. Jesus quer nós
cristãos livres como Ele, com aquela liberdade que vem deste diálogo com
o Pai, deste diálogo com Deus".
Francisco remarcou que "Jesus não quer cristãos egoístas, que seguem o
próprio "eu", não falam com Deus; nem cristãos fracos, cristãos que não
têm vontade, cristãos "telecomandados", incapazes de criatividade, que
buscam sempre conectar-se com a vontade do outro e não são livres. Jesus
nos quer livres!".
"E esta liberdade acontece onde? Acontece no diálogo com Deus na
própria consciência. Se um cristão não sabe falar com Deus, não sabe
sentir Deus na própria consciência, não é livre, não é livre".
Francisco assinalou que recentemente "tivemos um exemplo maravilhoso
de como é esta relação com Deus na própria consciência, um recente
exemplo maravilhoso. O Papa Bento XVI nos deu este grande exemplo".
"Quando? o Senhor o fez entender, na oração, qual era o passo que
devia seguir. Seguiu, com grande senso de discernimento e coragem, a sua
consciência, isso é, a vontade de Deus que falava ao seu coração. E
este exemplo do nosso Padre faz tanto bem a todos nós, como um exemplo a
seguir".
O Papa também recordou que "a Virgem, com grande simplicidade,
escutava e meditava no íntimo de si mesma a Palavra de Deus e aquilo que
aconteceu com Jesus. Seguiu o seu Filho com íntima convicção, com firme
esperança".
"Que Maria nos ajude a transformar-nos cada vez mais em homens e
mulheres de consciência, livres na consciência, porque é na consciência
que se dá o diálogo com Deus; homens e mulheres capazes de escutar a voz
de Deus e de segui-la com decisão, capazes de escutar a voz de Deus e
de segui-la com decisão", concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário