A morte é uma conseqüência do Pecado Original. Quem nos traz a
vida, novamente, é Nosso Senhor Jesus Cristo, através da Redenção.
Não há segunda chance, como está em S. Paulo: “Está decretado que o
homem morra uma só vez, e depois disto é o julgamento” (Hb 9, 27).
“Assim o homem, quando dormir, não ressuscitará, até que o céu seja
consumido, não despertará, nem se levantará de seu sono” ( Jó, XIV,12).
A doutrina espírita, com o seu reencarnacionismo, defende que o homem
é o seu próprio salvador. Cada um se “auto-salva” através da iluminação
progressiva. Portanto, há uma negação da Redenção de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
A tese de que S. João Batista é Elias reencarnado, como eles
defendem, não procede, visto que S. João respondeu peremptoriamente a
uma comissão de judeus que o interrogavam a respeito: “Não sou Elias”
(Jo.1 , 21)
Depois, na própria Transfiguração do Tabor, apareceram Elias e
Moisés. Ora, pela tese espírita, o espírito toma a forma do último corpo
que habitou. Como S. João já havia morrido, não seria possível ele
aparecer como Elias…
As palavras de Nosso Senhor só podem ser entendidas no sentido que a
Igreja ensina, ou seja, que S. João Batista era como um outro Elias. Se
assim não for, a Bíblia estaria em contradição e a própria tese
espírita-cristã ficaria sem fundamento.
A morte é, pois, uma conseqüência do pecado e um castigo sobre os homens, que precisam da graça que nos vem através da Redenção.
Onde está escrito que a Ressurreição será em nosso mesmo corpo?
A Ressurreição da carne é um dogma católico constante no Credo. Base da Fé católica.
Na Sagrada Escritura, são inúmeros os trechos que afirmam, explicitamente, a ressurreição de nossa mesma carne.
Jó, no meio de seus sofrimentos (com sua carne já corrompida pela
lepra), consolava-se com a lembrança da sua futura ressurreição (Jó, 19,
35), os irmãos Macabeus também (II Mac. VII, 2). Marta também disse a
Nosso Senhor: “Sei que meu irmão há de ressurgir na ressurreição que
haverá no último dia” (S. Jo. 11, 24).
Não apenas os santos ressuscitarão, mas também os réprobos, como se lê em S. João (5, 28), S. Mateus (25, 31).
Além disso, a ressurreição de todos os homens será instantânea e universal (1 Cor. 15, 62).
Nosso Senhor Jesus Cristo declarou muitas vezes que ressuscitaria os
mortos: “Virá uma hora em que todos os que se acham nos sepulcros
ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que obraram bem, sairão para a
ressurreição da vida; mas os que obraram mal, sairão para a
ressuscitados para a condenação” (S. Jo. 5, 28). E: “O que come a minha
carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no
último dia” (S. Jo. 6, 55).
Cristo provou, diversas vezes, que tem o poder de ressuscitar os mortos e nos disse: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo. 11, 25). Ao mesmo tempo, se só a alma fosse punida ou recompensada, a retribuição aos méritos dos homens não seria perfeita. Diz Tertuliano: “porque muito boas obras, como o jejum, a castidade, o martírio, não podem ser realizadas senão por meio do corpo, é pois justo que ele participe da felicidade da alma”.
Cristo provou, diversas vezes, que tem o poder de ressuscitar os mortos e nos disse: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo. 11, 25). Ao mesmo tempo, se só a alma fosse punida ou recompensada, a retribuição aos méritos dos homens não seria perfeita. Diz Tertuliano: “porque muito boas obras, como o jejum, a castidade, o martírio, não podem ser realizadas senão por meio do corpo, é pois justo que ele participe da felicidade da alma”.
“Quando, diz Teodoreto, se levanta uma estátua a um general
vitorioso, gosta-se de o representar com a armadura que usava no
combate; e a alma não deveria ser glorificada no corpo em que venceu o
seu inimigo?” “A retribuição é, pois, a razão última da ressurreição”
(Tert). Depois, Cristo quis salvar o homem todo, em corpo e alma; se,
portanto, pelo seu sacrifício só tivesse salvado a alma, sem o corpo, a
redenção seria incompleta (Tert.); o demônio, na sua obra de destruição,
teria sido mais poderoso que Cristo na sua obra de restauração; isto é
impossível: o triunfo de Cristo foi completo. “Por um só homem entrou a
morte no mundo, e por um só homem a ressurreição” (1 Cor. 15, 2). (apud.
Francisco Spirago “Catecismo Popular”)
Podemos transcrever citações múltiplas na mesma linha, o que não
deixa margem à dúvidas em relação à ressurreição da carne: “Este [corpo]
corruptível revestirá a incorruptibilidade e este [corpo] mortal, a
imortalidade” (1 Cor. 15, 52).
“Nós teremos, portanto, os mesmos corpos e não outros novos, a fim de
que um receba o que é devido às boas ou más ações que houver praticado
enquanto andava revestido do seu corpo” (2 Cor. 5, 10).
Filosoficamente, explica Santo Tomás de Aquino: “Ainda que dentro de
10 ou 12 anos todas as moléculas materiais do nosso corpo hão de estar
mudadas, o nosso corpo conserva-se idêntico a si próprio, porque o
princípio, a substância são os mesmos; assim os corpos ressuscitados
conservarão a sua identidade, ainda quando todas as moléculas materiais
lhes não fossem restituídas” (Santo Tomás de Aquino).
A comunicação com os mortos é real ou ilusória
Existe a possibilidade de almas que estão no purgatório pedirem orações pelos vivos.
Todavia, a comunicação com os mortos nunca pode ser provocada: “Não
se ache no meio de ti quem pratique a adivinhação, o sortilégio, a
magia, o espiritismo, a evocação dos mortos: porque todo homem que fizer
tais coisas constitui uma abominação para o Senhor” (Dt 18, 9-14)
As diversas condenações ao espiritismo na Sagrada Escritura
“Se uma pessoa recorrer aos espíritos, adivinhos, para andar atrás
deles, voltarei minha face contra essa pessoa e a exterminarei do meio
do meu povo”. “Qualquer mulher ou homem que evocar espíritos, será
punido de morte” (Lev 20, 6 – 27).
Em Isaias, vemos que é do espiritismo que se trata, quando Deus fala
de feitiçaria, adivinho, etc… pois no cap. 8, 19, se lê a queixa de Deus
“Acaso não consultará o povo o seu Deus? Há de ir falar com os mortos
acerca dos vivos”? Em Jeremias lemos: “Não vos seduzam os vossos
profetas, nem os vossos adivinhos… eu não os enviei” (19, 8,9). No
Levítico (20, 27), Deus ordena a pena de morte de apedrejamento contra
os pitões e adivinhos, que seriam – e eram de verdade – como os médiuns e
esoteristas de hoje (vê-se isso especialmente em Isaías 47, 13).
No Deuteronômio (13, 1 a 5) se encontram passagens bem sugestivas de
como Deus se ira contra os que forjam religiões falsas: “Quando profeta
ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou
prodígio e suceder tal sinal ou prodígio… não ouvirás as palavras de tal
profeta e sonhador, porquanto o Sr. vosso Deus vos prova se amais o
Senhor vosso Deus… E aquele profeta sonhador de sonhos morrerá, pois
falou rebeldia contra o Senhor vosso Deus.”
A quem consultar? A Deus ou aos espíritos?
Além disso, temos o fato de que esses espíritos entram em contradição
entre si (Ver “O Livro dos Espíritos” cap. V, no. 222, p. 139, do
próprio Alan Kardec). Mesmo em relação à reencarnação, os espíritos
divergem em seus pronunciamentos (“Livro dos Médiuns” C. 27, No. 8, p.
338).
A Igreja católica considera que esses espíritos podem ser demônios
(como descreve a Sagrada Escritura) ou simples manifestações subjetivas
dos envolvidos (como descreve a psicologia).
Como explicar o sofrimento na visão católica
Sobre o sofrimento, o que ocorre é que a mentalidade do século XX é
muito influenciada por uma visão de “gozo da vida”. Nosso Senhor, que
não tinha nenhum pecado, sofreu por todos nós. Santa Terezinha do Menino
Jesus, quando descobriu sua doença (tuberculose), ficou muito feliz por
poder sofrer em união à Cristo.
Ensina S. Paulo: “Agora eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e
completo, na minha carne, o que falta das tribulações de Cristo”
(Colossenses 1, 24).
Nosso Senhor também disse: “quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Ora, a vida do católico (e de toda a criatura), neste terra, é um “vale de lágrimas”.
O sofrimento é um sinal de benção de Deus, que ama seus filhos e os
ajuda e chegarem até Ele. Quando você conhecer alguém que não tenha
sofrimento, desconfie. Ele pode estar recebendo nessa terra o pagamento
pelo que já fez de bom, pois não receberá na eternidade… O homem justo
expia os seus pecados e os dos outros, como Cristo expiou por nós na
Redenção.
Existe um livro muito interessante, chamado “carta do Além”, que não
tem nada de espírita. Trata-se de um sonho de uma freira. Nesse sonho,
essa freira recebe uma carta de uma antiga amiga, que havia sido
condenada ao inferno. Depois de ler a carta, ela transcreve em um papel.
Nesse documento, a amiga diz, claramente, que Deus já tinha dado à ela,
durante a sua vida, tudo o que lhe era de “direito”, por cada ato bom
que, em algum momento de sua vida, ela havia feito.
Voltando ao sofrimento, hoje é pouco conhecido o motivo que leva o
Padre, durante o ofertório, a acrescentar uma gota de água ao vinho que
será transformado no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Essa gota de água é o nosso sofrimento, de cada homem, que
é unido ao sofrimento de Cristo, segundo nos ensina S. Paulo, como já
visto:”Agora eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e completo, na
minha carne, o que falta das tribulações de Cristo” (Colossenses 1,
24).
Quanto mais uma pessoa pode sofrer pelos outros (e por si), tanto
mais ela se aproxima de Deus por seus méritos e pela assistência de que
necessita.
Pode-se observar que, normalmente, quanto mais sofrida é a pessoa,
tanto mais ela tem Fé em Deus. O sofrimento aproxima o homem de seu
criador, assim como uma criança procura seu pai quando não consegue
resolver por si mesma algum problema.
Portanto, não devemos nos assustar com pessoas que sofrem mais do que
outras. Elas foram chamadas a uma vocação específica e muito grande.
Elas compram graças para os outros e intercedem, com seus sofrimentos,
junto ao trono de Deus.
Temos o caso de Jó, na Sagrada Escritura.
Como Jó era fiel, o demônio dizia que a fidelidade dele advinha do
fato de que ele tinha riquezas. Deus, então, permitiu que o demônio
retirasse a riqueza de seu servo Jó. E assim foi. Jó ficou pobre e, na
sua pobreza, bendizia ao Senhor seu Deus: “Deus me deu, Deus me tirou,
louvado seja o santo nome de Deus”. O demônio, ainda não satisfeito,
afirmou que ele era fiel apenas por que tinha uma família muito boa e
com muitos filhos. Novamente, Deus permitiu que o demônio atentasse
contra a família de Jó. Morreram os seus filhos, ficou apenas a sua
mulher. Esta, para provocar a Jó, dizia que ele deveria maldizer a Deus.
Jó, porém, repetia: “Deus me deu, Deus me tirou, louvado seja o santo
nome de Deus!”. O demônio continuava insatisfeito e lançou sua última
carta: retirou a saúde do grande homem que os séculos cantam e
glorificam em sua paciência. Jó, conta a Sagrada Escritura, ficou com a
pior doença da época: a lepra. No monte de sua desgraça, Jó repetia:
“Deus me deu, Deus me tirou, louvado seja o santo nome de Deus!”. Depois
de tantas provas de fidelidade, Deus restituiu a saúde, a família e o
dinheiro a Jó.
Esse é o amor filial, o amor de reverência, o amor de adoração que se
deve à Deus. Jó é um dos maiores homens do Antigo Testamento! Ele foi
grande por quê? Porque soube amar a Deus no seu sofrimento. Soube se
entregar por inteiro ao seu criador, de quem recebeu tudo sem nenhum
mérito. Agora, ele retribuía com um pouco o muito que recebera: a sua
existência.
Deus nos convida à tomarmos a nossa “Cruz” e a “seguí-lo”.
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