6 agosto 2013
Depois de participar da missa de encerramento da JMJ Rio2013, o
presidente da Bolívia, Evo Morales, regressou a seu país com novos brios
para reforçar a fundação da denominada “Igreja Católica Apostólica
Renovada do Estado Plurinacional”.
O bispo de Oruro, uma das dioceses onde se faz esse experimento, dom
Cristóbal Bialasic, adverte que o governo (de Morales) pretende dividir a
fé dos bolivianos com isso que “não é bem uma Igreja, mas sim uma
seita”.
“Sejamos sinceros – disse dom Bialsasic –, é uma seita que se começou
a formar e é promovida pelo Estado, nem tanto pelo Estado, mas pelo
governo”.
O bispo afirma que é arbitrária a maneira como se quer consolidar
esta iniciativa. O próprio Morales em 2008 qualificou a Igreja Católica
como um “instrumento de dominação”.
A estratégia do presidente boliviano é similar à medida do – em 1926 –
regime perseguidor da Igreja no México, liderado por Plutarco Elías
Calles, que nomeou o sacerdote cismático José Joaquín Pérez Budar
(Santiago Juxtlahuaca, 16 de agosto de 1851 – Cidade do México, 9 de
outubro de 1931) como patriarca da “Igreja católica apostólica mexicana”
para substituir a Igreja Católica.
Na Bolívia já se fala da imposição de um “arcebispo primaz”, o
ex-sacerdote católico Ariel Ticona, um padre que foi expulso da Igreja
Católica por mau comportamento.
Como boa parte das estratégias seguidas por Morales, esta é reflexo
de algo que já se fez na Venezuela, no Peru e no Equador: atacar a
Igreja Católica.
Em uma ocasião recente, Evo Morales manifestou suas dúvidas de que os
roubos de bens da Igreja católica na Bolívia não tinham sido cometidos
pelos próprios bispos desse país.
A imprensa boliviana qualificou de “oportunista” a viagem de Evo
Morales ao Brasil para participar da missa de encerramento da JMJ. O que
ele queria, segundo a imprensa, eram fotos com o Papa Francisco, que
ele considera um partidário da teologia da libertação.
“São atitudes lamentáveis”, considera Dom Bialasic. “É uma invenção
do governo. Dá pena porque muita gente vai se deixar levar por esse
engano”, afirmou.
A “Igreja Católica Apostólica Renovada do Estado Plurinacional” está
completamente alinhada com o regime político, que tenta impor um novo
culto oficial no país.
Fonte: Aleteia
Da redação do Portal Ecclesia.
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