jbpsverdade: Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim. Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares. Tudo isto será apenas o início das dores. (Mt 24, 6-8), como se tem ouvido ultimamente a palavra "paz", mas, entenda uma coisa caríssimo, a paz só é possível quando se tem um objetivo comum, ou seja, amor, e não existe outro senão Jesus Cristo, é Ele que nos dá a verdadeira paz, é Ele que nos ama verdadeiramente. Cada vez mais tenho a certeza de que a segunda e última vinda de Cristo está as portas. São Paulo escreve aos tessalonicenses o seguinte:
A respeito da época e do momento, não há necessidade, irmãos, de que vos escrevamos. Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão. (I Tess 5, 1-3)
A respeito da época e do momento, não há necessidade, irmãos, de que vos escrevamos. Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão. (I Tess 5, 1-3)
Buscar a paz sem Cristo é em vão. Eis o motivo pelo qual estamos vendo acontecer muitos suicídios, assassinatos, famílias se destruindo, a abominação do homossexualismo, a independência de Deus, homens que se transfiguram de mulher e vice-versa, a mulher tomando o lugar do homem, pai que mata a família e depois se mata, tudo isto é o ínicio das dores que foi profetisado por Jesus a mais de dois mil anos.
A Igreja faz a sua parte, resta saber se o outro lado irá ouvir os apelos feitos por ela.
A Igreja faz a sua parte, resta saber se o outro lado irá ouvir os apelos feitos por ela.
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ihu - Com a sua iniciativa, o Papa Francisco – fortalecido apenas pelo seu soft power
moral – poderá contribuir para lembrar a todos que o horizonte da força
é limitado e muitas vezes contraproducente, e que o realismo verdadeiro
é o da paz.
A opinião é do diplomata italiano Roberto Toscano, em artigo publicado no jornal La Stampa, 06-09-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
As grandes e nem tão grandes potências que poderiam ter um papel para
pôr fim à assustadora guerra civil síria buscam, na atual situação,
buscar os seus próprios interesses, tanto estratégicos quanto
econômicos. Mas, na realidade, todas parecem incapazes de elaborar e
principalmente implementar uma linha que não seja contraditória e, acima
de tudo, que se revele eficaz.
Isso é especialmente verdadeiro para os Estados Unidos,
onde um presidente relutante provavelmente se verá constrangido a
recorrer a uma intervenção que já se sabe que não é resolutiva, mas
cujas repercussões poderiam ser incontroláveis. Mas também é verdade
para a Grã-Bretanha, onde o Parlamento, que não se esqueceu das embaraçosas falsificações na base da intervenção no Iraque, colocou o seu próprio veto a uma participação britânica em um ataque à Síria, enquanto o presidente francês, Hollande, encontra-se deslocado, na sua linha de firmeza que o governo dos EUA
também ultrapassou, diante das dúvidas de uma opinião pública que, na
sua grande maioria, não cultiva sonhos de grandeza e, certamente, não
compartilha os entusiasmos militares e humanitários de Bernard-Henri Lévy.
A Turquia de Erdogan, que se preparou para o combate contra o regime de Assad
na convicção de que o confronto se concluiria logo com a sua derrota,
só pode optar por uma fuga para a frente e se diz pronta – mas é preciso
se perguntar com quanta convicção real – para ser parte de uma
"coalizão dos voluntariosos" se houver um ataque norte-americano.
O único dirigente a não mostrar incertezas, a não ter que fazer as contas de partida com dilemas insolúveis, é Vladimir Putin.
A crise síria, ao contrário, parece ter-lhe dado uma oportunidade para
reafirmar o protagonismo russo no cenário internacional perdido com o
fim da União Soviética. Mas, mesmo para Putin, a situação é complexa, porque, se é verdade que lhe é irresistível desafiar e provocar Washington (não apenas sobre a Síria, mas também sobre outras questões, como o caso Snowden), seria equivocado pensar que, político frio como ele é, o seu projeto seja o de um absurdo e insustentável remake da Guerra Fria.
Como sempre acontece nas guerras civis, as partes que se enfrentam há dois anos na Síria
não estão lutando pela prossecução de finalidades políticas, mas sim
pela própria sobrevivência. Indivíduos e grupos étnico-religiosos sentem
que não podem se dar ao luxo de perder. Daí a ferocidade, a queda
daquelas regras que deveriam impor limites também aos confrontos armados
mais duros. As avaliações de cientistas e especialistas militares levam
a pensar que o uso das armas químicas deve ser atribuído ao regime de Assad, mas ninguém deveria se surpreender se (como Carla Del Ponte
já defendeu há algumas semanas) fosse confirmado que os rebeldes também
as usaram em alguns casos, embora em escala reduzida permitida pelos
foguetes rudimentares de que dispõem.
Ninguém hoje na Síria tem qualquer escrúpulo, nem legal, nem moral.
Por esse mesmo motivo, soa pouco convincente a motivação que Obama,
atento para não deixar aberto o caminho para uma intervenção maciça, deu
à perspectiva de um uso da força militar contra Assad:
a punição pelo uso das armas químicas e, acima de tudo, a dissuasão
contra a repetição desse tipo de emprego. Quem luta pela sobrevivência
não é sensível à lógica racional da dissuasão.
Mas se as forças internas não estão dispostas a aceitar limites e as
externas estão perplexas e são presa de contradições, quais são as
perspectivas para aquele pobre país e para aquelas pobres populações? É
nesse pano de fundo que se situa a iniciativa do Papa Francisco – uma iniciativa de alto perfil moral e também midiático (a proposta do "jejum pela paz"
chamou a atenção da opinião pública e levantou amplas adesões, mesmo
para além do círculo dos fiéis), cujo sentido é o de um chamado,
dirigido a todos, à responsabilidade e à humanidade comum.
Uma mensagem alta, da qual seria um erro subestimar o sentido
político. É de se esperar que ninguém queira repetir a cínica pergunta
de Stalin: "Mas quantas divisões tem o papa?". Dentre outras coisas, se
queremos verdadeiramente ser realistas, devemos constatar que os
secretários do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) são uma recordação do passado, os papas ainda existem.
Certamente não se pode dizer que o apelo do Papa Bergoglio seja uma novidade na história da Igreja. Ao contrário, vem à mente o discurso do Papa Bento XV em que, no dia 1º de agosto de 1917, em plena Primeira Guerra Mundial,
a sua voz se elevou – em um momento em que os católicos europeus
estavam se matando reciprocamente nos campos de batalha sob as bandeiras
dos respectivos Estados – contra o "inútil massacre". Aquele mesmo
Bento XV, que, apenas três anos depois, publicava a encíclica Pacem Dei Munus (a paz como dom de Deus).
No entanto, a mensagem do Papa Francisco também é
nova, original. E o é acima de tudo pela sua figura, pelo seu modo de
expressar com uma naturalidade incomum para um romano pontífice as
verdades da mensagem cristã. Depois, há um outro elemento de extrema
importância, que nos faz lembrar os motivos pelos quais os cardeais,
reunidos no conclave, escolheram um latino-americano. Eles o fizeram
depois do fim prematuro de um pontificado, o de Ratzinger, ao mesmo tempo "europeu" e "intelectual".
Católico significa universal, e justamente ao acentuar essa
universalidade – por aquilo que é e por aquilo que diz (e como o diz) – o
Papa Bergoglio também marca no terreno da política
internacional a tentativa – eu diria urgente – para a instituição de
fugir de uma caracterização da Igreja Católica como substancialmente
europeia e intelectualmente elitista na sua cultura dominante e,
especialmente, nas suas mais altas hierarquias.
O Papa Francisco também tem do seu lado uma grande
verdade histórica, a das origens médio-orientais da sua fé, uma fé
derivada do judaísmo e que se difundiu no Oriente muito antes do que no Ocidente.
Mas aqui, para além da forte preocupação pela paz, vemos que o papa e a
Igreja tem também outra preocupação intimamente associada a ela: o
destino das comunidades cristãs do Oriente, que só
poderão sobreviver com a paz e na paz. Sem a paz, de fato, elas são
postas diante do insolúvel dilema entre o apoio a ditaduras laicas que
historicamente permitiram a sua sobrevivência e o triunfo de um
islamismo militante que as vê como corpos estranhos a serem oprimidos ou
expulsos de sociedades homogeneizadas no Islã.
O pluralismo religioso no Oriente Médio – bem que
todos devemos tentar preservar, e não só para os cristãos – só é
compatível com a paz, o compromisso, o diálogo. Certamente não com a
defesa feroz, tribal, dos próprios correligionários contra "os outros",
uma defesa que muitas vezes começa a partir de intenções defensivas, mas
que depois inevitavelmente transborda, convertendo-se em ferocidade.
Lembremos a guerra civil libanesa de 15 anos, em que os extremistas
cristãos não eram inferiores a ninguém na violência indiscriminada
(nunca devemos esquecer o massacre de Sabra e Shatila).
A incerteza dos Estados Unidos, e não só dos Estados Unidos, deriva sobretudo das duras lições da história recente que, do Afeganistão ao Iraque,
passando pela Síria, demonstrou os limites objetivos do uso da força,
também daquela usada teoricamente a serviço de nobres causas como a
defesa dos direitos humanos. É de se esperar que, com a sua iniciativa, o
Papa Francisco – fortalecido apenas pelo seu soft power
moral – possa contribuir para lembrar a todos justamente isto: que o
horizonte da força, abusivamente considerada como a única dimensão
realista diante da radicalidade das contraposições, é limitado e muitas
vezes contraproducente, e que o realismo verdadeiro é o da paz.
Fotos do dia. Jejum e oração pela Paz
Mais de 100 mil pessoas se reuniram na Praça de São Pedro, na noite deste sábado, 07-09-2013, respondendo ao apelo de Bergoglio
pela paz na Síria e no Oriente Médio. Jejum e oração numa noite
iniciada às 18h30min, com a entronização de Nossa Senhora, e que
prosseguiu com a oração do rosário e a meditação do Papa Francisco.
"Perdão e reconciliação são as palavras da paz; tornemo-nos todos, em
qualquer ambiente, homens e mulheres de reconciliação e de paz".
Foto: Afp
Foto: Ansa
Foto: Reuters
Foto: Afp
Foto: Ansa
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